segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

40 em 4: Kubitschek parahybano é novamente MATÉRIA de VEJA: "Dinheiro, sangue e caos"

Ai, Coutinho... Que coitadinho...


VIRA e mexe, a Parahyba está nas páginas dos grandes veículos de comunicação. Vale SALIENTAR que VEJA é um lixo e não tem MORAL para acusar ninguém, afinal, todos conhecem o passado, o presente, quiçá, o FUTURO de Veja. Mas, vamos lá... A notícia deve ser ventilada, é preciso todos saibam o que dizem sobre a PARAHYBA mesmo que tal matéria tenha as digitais mais PRÓ-FUNDAS de alguns elementos políticos paraibanos. VEJA não estaria tão preocupada com a PARAHYBA gratuitamente, evidente. Veja aí a íntegra da matéria que Veja publicou sobre o governo de Ricardo Coutinho (PSB-PB).

Dinheiro, sangue e caos
Por um dia, a quinta maior capital do país virou uma cidade fantasma. Na terça-feira passada, as mais movimentadas avenidas de Fortaleza ficaram desertas. Lojas de todos os bairros fecharam as portas. Turistas foram obrigados a abandonar as praias e se refugiar nos hotéis. O medo tomou conta dos moradores - e não sem motivo. Cenas de um linchamento de um suspeito de roubo foram parar na internet e, na televisão e nas rádios, multiplicaram-se as notícias de assaltos e arrastões cometidos por bandidos que se aproveitaram da ausência de policiais nas ruas. Do dia 29 de dezembro até a noite da última terça-feira, os policiais militares de Fortaleza ficaram aquartelados e deixaram a já conflagrada capital cearense à mercê dos criminosos. Ao darem curso a uma greve ilegal, aproximaram-se daqueles que deveriam combater. Adotaram o figurino e o comportamento dos marginais. Com o rosto coberto por capuz para não serem reconhecidos, e punidos, eles ameaçaram quem queria trabalhar, depredaram viaturas e ignoraram a ordem judicial de retornar às funções. Na sequência da greve da PM, os policiais civis da capital também cruzaram os braços. As delegacias ficaram paradas e até o Instituto Médico-Legal teve suas atividades comprometidas. Em 2011, outros quatro estados nordestinos - Alagoas, Maranhão, Paraíba e Piauí - padeceram com greves de policiais. Em comum, todos eles compartilham o fato de ser mal pagos, mal treinados e mal equipados. A bandidagem tem tirado o máximo proveito da situação. Na última década, o número de homicídios dobrou na região. Atualmente, um em cada três assassinatos cometidos no Brasil é registrado entre os nordestinos. Quando comparadas as taxas de homicídio, o Nordeste só perde para a Região Norte, onde em 2010 a taxa chegou a 37,4 assassinatos para cada 100000 habitantes. Das cinquenta cidades onde mais se mata, 37 ficam no Norte ou no Nordeste. Trata-se de um fenômeno iniciado na última década cuja raiz, afirmam especialistas, está na migração da criminalidade. "Além dos bandidos locais, quadrilhas organizadas de outros estados migraram sobretudo para o Nordeste, atraídas pelo aumento do poder aquisitivo da região e para fugir do endurecimento das polícias, principalmente a de São Paulo", afirma Carlos Alberto da Costa Gomes, coordenador do Observatório de Segurança Pública da Universidade Salvador. A fragilidade das forças policiais nordestinas é flagrante. No Ceará, onde o governo gastou 64 milhões de reais para comprar 428 viaturas modelo Toyota Hilux SW4 (cada uma custou ao Erário 150000 reais e resultará num custo de manutenção de 28000 reais anuais), o tempo de formação dos policiais do programa chamado Ronda do Quarteirão foi reduzido de seis para três meses. Na Paraíba, o governo adquiriu equipamentos de análise pericial de última geração, mas não consegue usá-los, já que não há policiais com treinamento adequado para operá-los. "Grande parte dos administradores estaduais dessas regiões teve gestões desastrosas em relação à segurança", diz o coronel José Vicente, ex-secretário nacional de Segurança Pública. Para o especialista, isso produz reflexos não apenas entre criminosos. "Quando o cidadão percebe que a impunidade reina, os conflitos resolvidos a bala tendem a aumentar drasticamente". Enquanto as políticas públicas fracassam, certas atividades privadas prosperam. O empresário Antonio Ricardo de Souza, por exemplo, dono de uma empresa de segurança, garante 70% de seu faturamento com fornecimento de cães de guarda para condomínios, lojas, empresas e até uma funerária de Fortaleza. Por um guarda acompanhado de um animal treinado, Souza cobra 4700 reais por mês. Seu negócio cresce a taxas anuais de 11%. "Os cães têm ganhado do mercado de seguranças armados por causa do medo que as pessoas têm de tiroteios", diz. O Nordeste apresentou o maior aumento do produto interno bruto entre as regiões brasileiras na última década e exibiu os melhores indicadores de redução da pobreza. Mas a explosão da criminalidade na região mostra que ele não se preparou para enfrentar esse crescimento.
Com reportagem de Júlia de Medeiros

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