terça-feira, 30 de julho de 2013

À deriva, bem longe!

Ai, o sossego... O descanso de quem, parece, passou por um parto... A vida mansa, saturada de futilidades... Sombra e água fresca... Viagens intermináveis, gastanças para além de qualquer contabilidade. Uma vida onde não se necessite trabalhar tanto... Que tenha para si todo o tempo do mundo para que se possa absorver toda a cultura do mundo e ser, assim, transformado em um intelectual!
Ouvi, ouço quase todos os dias as mesmíssimas ladainhas.
Mas, do contrário quem desejaria uma vida... Simples, sem descanso... Prenhe de pequenas e grandes batalhas incessantes e inexoráveis... De pequenos e grandes infernos... Cheia de monstros e novidades difíceis no futuro? Quem desejaria uma vida que só pudesse ser vivida em choupanas, longe de todo o luxo distrital possível? E quem desejará um mundo onde toda a cultura seja a cultura de seu próprio corpo? Uma cultura definitivamente afirmadora e transgressora, obediente como nunca se imaginou?
Os meus conhecidos são demasiadamente quantificáveis... Disto resultou  a medida da minha distância.