quarta-feira, 7 de novembro de 2012

LUCIANO CARTAXO: A surpresa para evitar POLARIZAÇÕES KKKKKKKKK


QUEM IMAGINARIA  que o prefeito eleito Luciano Cartaxo (PT) escolheria o ainda reitor da Universidade Federal da Parahyba (UFPB) para coordenar a transição de governo municipal, hein? O que quis evitar Cartaxo e o que quis desenhar? Terá o reitor participação direta em seu governo ou fora escolhido para evitar brigas de foice dentro do PT e seus aliados? Vai saber... Foi um golpe de MESTRE como é o reitor da Universidade (mestre). Evitou com o próprio Polari as polarizações políticas dizendo que pela técnica todos serão salvos. Tenho dito!!!!

Como nasce mais um político PLACEBO: nos bastidores dizem que a candidatura de Pedro Cunha Lima a deputado federal em 2014 já é certa KKKKKKKKK


Se os prospectos futuros estiverem certo mais um político placebo nascerá e repetirá, fidedignamente, a trajetória do pai: o senador Cássio Cunha Lima (PSDB). O menino em questão já arranha um violão tangendo algumas modinhas melosas, tipo aquelas do Cartola, veceja, como o poeta Ronaldo Cunha Lima e estuda direito para se formar tal qual o pai. Pois é, Cássio não tem mais Romero que agora é prefeito eleito; não terá mais Ruy como deputado, pois segundo se comenta, tentará emplacá-lo como senador para substituir o religioso Cícero Lucena e, talvez, ele próprio saia candidato ao governo do Estado. Parece, tudo se fecha: para assegurar o domínio dos Cunha Lima e a preservação da "Oligarquia" poética de Campina Grande: nascerá mais um político ******. Tenho dito!!!!

UEPB: Uma governadoria MALDITA, uma deputação DEPRAVADA, uma INSTITUIÇÃO prestes a ser FEDERALIZADA


AS FORÇAS OPOSICIONISTAS ao governo do Estado da Parahyba devem reagir às acintosas declarações do deputado estadual Tião Gomes (PSL) da bancada de sustentação do governador Ricardo Coutinho (PSB). Segundo o insignificante deputado Tião Gomes (PSL) a UNIVERSIDADE ESTADUAL DA PARAHYBA (UEPB) poderá QUEBRAR o Estado da Parahyba (como um copo d'água provocou o GRANDE DILÚVIO UNIVERSAL). Segundo o tribunal de contas do Estado (TCE) a UEPB custou ao governo do Estado em 2012 a importância de R$ 228.715.066,32  e custará para o orçamento de 2013 exatos R$ 348.345.405,00. A fala do deputado não nos deixa dúvida dos planos do governo Ricardo Coutinho para a UEPB

O pior é que essa despesa aumenta geometricamente, ano a ano. Vai chegar um tempo em que o ICMS arrecadado mensalmente pelo Estado só cobrirá as despesas com a UEPB. É preciso dar um basta nisso para o bem da Paraíba [...] O ensino superior é obrigação da União. Com esse dinheiro gasto na UEPB, o Estado poderia investir no ensino fundamental. Esse sim é obrigação dos Estados e precisa receber mais investimentos [...] A federalização seria a maior obra, o maior presente que a presidente Dilma daria aos paraibanos. Não precisa ser de imediato. Podemos pensar num prazo para que o assunto seja definitivamente resolvido

As forças espúrias e as canalhices estão agindo... Têm intenções de CEIFAR a nossa universidade. O alarme já foi soado... A UEPB resistirá: tenho certeza disto. Tenho dito!!!!

O ENEM: Provas que geram muitíssimas discussões: não se mata uma questão sem abrir uma enorme discussão, afinal, ciências humanas não são EXATAS, nem mesmo as EXATAS são KKK


NÃO NEGO, antemão, que o ENEM deste ano surpreendeu-me; surpreendeu-me positiva e negativamente. Bom, o lado positivo: a sua organização e a ação imediata em focos de prováveis incêndios; o nível da prova muito bom. Negativamente, algumas questões nos testes de ciências humanas e suas tecnologias deixaram um pouco a desejar pelo continuísmo do ensino e exigência da resposta. Tudo bem, alguém dirá, mas isto é um teste para o ensino médio, nada de problematizar quem nasceu primeiro "se o ovo ou a galinha". Mesmo assim, em ciências humanas questões OBJETIVAS são sempre uma temeridade e, quase sem exceção, geram o conflito. Numa questão de filosofia, que prestigiou o filósofo Maquiavel podia-se ler o seguinte

Questão: Não ignoro a opinião antiga e muito difundida de que o que acontece no mundo é decidido por Deus e pelo acaso. Essa opinião é muito aceita em nossos dias, devido às grandes transformações ocorridas, e que ocorrem diariamente, as quais não escapam inteiramente o nosso livre-arbítrio, creio que se pode aceitar que a sorte decida metade dos nossos atos, mas [o livre-arbítrio] nos permite o controle sobre a outra metade.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe, Brasília: EdUnB, 1979 (adaptado).

Em O Príncipe, Maquiavel refletiu sobre o exercício do poder em seu tempo. No trecho citado, o autor demonstra o vinculo entre o seu pensamento politico e humanismo renascentista ao:

A) valorizar a interferência divina nos acontecimentos definidos do seu tempo.
B) rejeitar a intervenção do acaso nos processos políticos.
C) afirmar a confiança na razão autônoma como fundamento da ação humana.
D) romper com a tradição que valoriza o passado como fonte de aprendizagem.
E) redefinir a ação politica com base na unidade entre fé e razão.


Comentário da questão: Bom, as primeiras orações do trecho acima adaptado da obra de Maquiavel gerariam já uma primeira dúvida na cabeça de um aluno bastante aplicado na matéria: "Deus e o caso são a mesma coisa, isto é, num mundo dominado por Deus existe mesmo o acaso?"... Nesta lógica a que se refere Maquiavel - do pensamento que o antecede - Deus tem domínio sobre o acaso? Isto é importante porque desfez a lógica da questão e o próprio pensamento de Maquiavel - pensamento político, portanto. Bom, de "Deus e Acaso" rápido temos termos como "Sorte e Livre Arbítrio (?)" este último, então, instituído pelo próprio Deus.  O fato é que Maquiavel desejava um novo modelo de governança não mais pautado especificamente por um pensamento, digamos, religioso (Deus). Mas, neste caso, Deus é explicação, é sistema, é verdade e não ACASO. Portanto, temos uma explicação do mundo, especificamente, do mundo político: Deus. É a este pensamento - segundo Maquiavel - não muito filosófico ou realista a que se devia resistir. A alternativa B era a que o ENEM 2012 gostaria como RESPOSTA, mas ela é muito mais ampla como grifei em vermelho a letra D. O rompimento com um modelo de pensamento, portanto, é o que "institui", ou o que pelo menos assegura a existência de um pensamento divergente: sua pedagogia.

Outra questão também me chamou muito a atenção. Outra questão de Filosofia

Questão:
Texto I
Anaxímenes de Mileto disse que o ar é o elemento originário de tudo o que existe, existiu e existirá, e que outras coisas provem de suas descendências. Quando o ar se dilata, transforma-se em fogo, ao passo que os eventos são ar condensados. As nuvens formam-se a partir do ar pro filtragem e, ainda mais condensadas, transformam-se em água. A água, quando mais condensada transforma-se em terra, e quando condensada ao máximo, transforma-se em pedras.
BAURNET, J. A aurora da filosofia grega. Rio de Janeiro: PUC-Rio, 2006 (adaptado).
Texto II
Brasílio Magno, filósofo medieval, escreveu: "Deus, como criador de todas as coisas, esta no principio do mundo e dos tempos. Quão parcas de conteúdo se nos apresentam, em face desta concepção, as especulações contraditórias dos filósofos para os quais o mundo se origina, ou de algum dos quatro elementos, como ensinam os Jônios, ou dos átomos  como julga Demócrito. Na verdade, dão a impressão de quererem ancorar o mundo numa teia de aranha."
GILSON, E.; BOEHNER, P. Historia da Filosofia Cristã. São Paulo: Vozes, 1991 (adaptado).

Filósofos dos diversos tempos históricos desenvolveram teses para explicar a origem do universo, a partir de uma explicação racional. As teses de Anaxímenes  filósofo grego antigo, e de Brasílio, filosofo medieval, tem em comum na sua  fundamentação teorias que:

A) eram baseadas nas ciências da natureza.
B) refutavam as teorias de filósofos da religião.
C) tinham origem nos mitos das civilizações antigas.
D) postulavam um principio originário para o mundo.
E) defendiam que Deus é o principio de todas as coisas.


Comentário da Questão: Nesta questão a sutileza é linguística.  Anaxímenes era um filósofo pré-socrático. Deus ou Deuses para ele, certamente, deveria ser uma "coisa" absurda: a razão devia fundar a certeza e destruir a religião (mitologia). Pois bem, portanto, neste aspecto, ao que parece, e, como é muito evidente, Deus para Anaxímenes não podia ser o princípio do cosmo (mundo), pelo menos, não na acepção religiosa de Deus: a luta da matéria contra a super-estrutura (o espírito). Será mesmo que não? O ar está para Anaxímenes como Deus para Basílio Magno, isto é, Ar e  Deus reduzem-se a uma ideia genésica, principiesca, originária. Os termos entretanto confundem-nos. Mas, também nos esclarece: há um PRINCÍPIO INTELIGÍVEL que funda ou fundamenta ou ainda origina o COSMO: no fundo, pouco importa em si mesmo o nome que lhe demos, a propósito, o nome que lhe atribuímos "define" a data de sua fundação como nome institucional, não como princípio inteligível ou a crença de que é este princípio a causa inteligente fundadora do cosmo: Deus ou Ar. A questão, portanto, que o ENEM 2012 gostaria que você respondesse seria a letra D, mas, evidentemente, a letra E é a mesma letra D vista por outros "lados".

Por fim, outra questão que me chamou atenção fora esta 

Questão: Para Platão, o que havia de verdade em Parmênides era que o objeto de conhecimento é um objeto de razão e não de sensação, e era preciso estabelecer uma relação entre objeto racional e objeto sensível ou material que privilegiasse o primeiro em detrimento do segundo. Lenta, mas irresistivelmente, a Doutrina das Ideias formavam-se em sua mente.
ZINGANO, M. Platão e Aristóteles: o fascínio da filosofia. São Paulo: Odysseus, 2012 (adaptado).

O texto faz referencia à relação entre razão e sensação, um aspecto essencial da Doutrina das Ideias de Platão (427 a.C.-346 a.C). De acordo com o texto como Platão se situação de ante dessa relação?

A) Estabelecendo um abismo intransponível entre as duas.
B) Privilegiando os sentidos e subordinado o conhecimento a eles.
C) Atendo-se à posição de Parmênides de que razão e sensação são inseparáveis.
D) Afirmando que a razão é capaz de gerar conhecimento, mas a sensação não.
E) Rejeitando a posição de Parmênides de que a sensação é superior à razão.



Comentário da Questão: Talvez, a questão que menos pudesse gerar dúvidas, mas será mesmo? Para Platão as coisas passíveis de mudança, as da ordem do sensível, não eram confiáveis; apenas aquelas capazes de serem inteligibilizadas, isto é, tomadas e dominadas pelo intelecto, pela razão, aquelas que estão fadadas a ser sempre o que parecem ser, na linguagem metafísica de Platão, o que são (sua  imutabilidade, sua verdade), estas sim, portanto, são merecedoras de confiança, de fé, portanto, passiveis de razão: de serem inteligíveis, verdadeiras e mais do que isto: CONHECÍVEIS. Até aqui, então, o aluno que fez a prova do ENEM já encontraria a resposta desejada. Mas, aprofundando-nos um pouco mais... Como saber das "coisas do mundo" senão pela sensação que esta nos causa? A sensação não é o primeiro móvel, isto é, aquele que instiga o pensar? Não é ela o meio pelo qual somos tangidos pelas cordas do pensar, pela razão? Afeta-nos - que sensação! - até hoje este modelo de pensamento (Platônico)... Tanto que ainda hoje em questões como estas do ENEM 2012 Platão continua com a RAZÃO e Parmênides apenas com a SENSAÇÃO nos causando uma forte sensação de que Platão é mesmo o nosso herói. Portanto, a questão que o ENEM 2012 gostaria que você respondesse seria a letra D, mas um pouco mais fundo é a letra C que seria a nossa glória... Glória para um povo cansado de sofrer em busca das verdades encontrando apenas suas sensações. 

AS REPRODUÇÕES DE UM ENSINO E UM APRENDIZADO INDESEJÁVEIS E INDESEJADOS: É-NEM MELHOR FAZER KKKKK. Tenho dito!!!!