Bom, todo aqueles que leem este blog sabe já de minhas posições LIBERTÁRIAS, sabem bem da minha acidez na crítica, sabem de modo igual do meu "jeitão" de escrever, no entanto, sei que mais da METADE dos meus leitores - um número muito pequeno - ainda não compreendeu o modo como escrevo, nem por que não estou partidarizado, pois bem. Mas, o assunto de HOJE não é estritamente POLÍTICO. A propósito, deixo aos meus leitores o recado: SÓ FALO DE POLÍTICA após as ELEIÇÕES, pois os ABUTRES da JUSTIÇA, os CORVOS DOS PARTIDOS, estão sobrevoando todos os espaços aéreos à procura de CARNIFICINAS. Bom, hoje vou escrever sobre um assunto meio POLÊMICO: poliamor.
O poliamor é um termo que é composto por justaposição de palavras... O primeiro termo é um prefixo grego POLI cujo significado é bastante conhecido, isto é, significa MULTIPLICIDADE, VARIEDADE mais AMOR (assim como a BÍBLIA, bastante conhecido, mas pouco, bem pouco compreendido, mas, sobretudo e fundamentalmente PROBLEMATIZADO: o que julgam ser problemas a respeito do amor não chegou nem a ser uma cócega intestinal).
CRESCEMOS sob a égide e o ditame da CULTURA MORAL BRASILEIRA, àquela vinda de OUTROS MARES, de outras plagas distantes (vale muito a pena buscar pelas "origens" de nossa brasilidade); e esta moral brasileira sedimentou-se, graças, ao primeiro padre que aqui aportou, aos engenheiros que primeiro levantaram uma capela, ao primeiro bom homem que projetou a primeira cruz na ILHA DE VERA CRUZ. Pois muito bem, aí está os primeiros passos para a nossa ACULTURAÇÃO como muitos historiadores taludos e bundões costumam "falar". FOMOS FERMENTADOS na caridade, nos pastos da PREGAÇÃO DA HUMILDADE, fomos sendo pouco a pouco inseridos nas graças do ROMANCE, pouco a pouco admoestados e, ironicamente, INSTADOS a matar os nossos INSTINTOS mais fortes - por isto mesmo que a medicina dos séculos posteriores os classificarão como doentes, invertidos, pervertidos, contra a natureza, etc. -. O CASAL EDÊNICO era o MODELO de PERFEIÇÃO, quer dizer, do ponto de vista da MONOGAMIA. Encontramos, pois, a VONTADE DE DEUS no seu casal edênico.
A MONOGAMIA, então, para o povo brasileiro, do ponto de vista MORAL, é a lei de Deus - embora que Deus não tenha deixado uma CARTA MAGNA a este respeito -. Salomão, por exemplo, o rei, tinha mais de 1.000 MULHERES entre esposas e concubinas; Ló, por exemplo, depois que a sua esposa foi feita ESTÁTUA DE SAL, possuiu suas duas filhas nas MONTANHAS, casos e casos MULTIPLICAM-SE pela Bíblia (mas, não quero polemizar a este respeito). O fato é que a MONOGAMIA não é uma INSTITUIÇÃO NATURAL, portanto, é cultural, social, etc. O POLIAMOR (a possibilidade e o desejo de amar várias pessoas ao mesmo tempo sem prejuízo emocional) é, assim, uma expressão e uma prática ANTÍPODAS ao que pressagia o AMOR MONOGÂMICO, quer dizer, não é bem um antípoda, mas deseja estabelecer-se como mais uma POSSIBILIDADE DE AMAR. Se do ponto de vista moral a MONOGAMIA é aconselhável, do ponto de vista prático, sobretudo para os homens, mas entre mulheres há índices de crescimento em ADULTÉRIOS, TRAIÇÕES, a prática depõe contra o estabelecimento, o IDEAL. Casos e mais casos de traições multiplicam-se pelas redes sociais e tanto os traidores quanto os traídos revelam nas páginas das redes sociais as suas queixas e MÁGOAS. Na MONOGAMIA, temos uma SOCIEDADE DE MAGOADOS, DESESPERADOS, RESSENTIDOS, uma espécie de BORRA e seu sentimento de BORRA; numa sociedade em que dominasse, por exemplo, o POLIAMOR, uma modalidade em que não há TRAIÇÕES, NEM TRAÍDOS do ponto de vista sentimental, emocional, sexual, a tendência era que a sociedade se ELEVASSE em NÍVEL, pois, pelo menos, no que diz respeito ao amor os RESSENTIMENTOS, INIMIZADES, PERSEGUIÇÕES, INFERNOS emocionais deixariam de existir como REGRA da RELAÇÃO. Os poliamoristas ou POLEAFETIVOS, termos sinônimos, portanto, equivalem-se, conseguiram TRANSCENDER aos aspectos mais ABJETOS de uma relação: amam livremente e deixam seus parceiros livres para amar OUTRAS PESSOAS. Entendem que SEXO é uma dimensão FISIOLÓGICA DO CORPO e que não há uma espécie de FIDELIDADE SEXUAL a ser cultivada/mantida como sinônimo de PROVA DE AMOR. Os poliamoristas/poliafetivos entenderam depressa, talvez, alguns por não suportarem as COBRANÇAS, AS BRIGAS INFINDAS E IN GLÓRIA, com seus parceiros que amar não precisa se transformar num tédio, numa LUTA CONTRA SI MESMO, contra seus instintos mais fortes. E, assim, conseguiram transformar o ódio em amor; as brigas em mais amor; os desafetos em CARINHO.
O POLIAMOR ainda causa desconforto nas boas e velhas e tradicionais FAMÍLIAS CRISTÃS; mesmo em gente MODERNINHA - como aquelas bichas high tech da igualitária sociedade pós-moderna brasileira -. INFELIZMENTE, as pessoas ainda entendem que amar rima com CÁRCERE; mas, talvez, isto tenha se dado devido a um modelo econômico chamado CAPITALISMO em que tudo se transforma em OBJETO, EM MERCADORIA; que tudo possui um fabricante, um empresário e, sobretudo, um DONO. Os monogâmicos quando FALAM cai-lhe da boca o ressentimento e o sentimento/desejo de EXCLUSIVIDADE. Não entenderam que cada AMOR é exclusivo em si mesmo e que ninguém pode MUDAR/TRANSFORMAR um sentimento que uma pessoa sente por outra senão ela própria. A existência de outras pessoas na vida de uma pessoa não faz com que ela MUDE a opinião, o desejo e a vontade a respeito das outras, nem a respeito, no caso, de "você". Cada amor, um sabor, em cada olhar um desejo seu. TODO AMOR É EXCLUSIVO, porque o sentimento e o desejo são INALIENÁVEIS. Ninguém ama duas pessoas do mesmo jeito. Ridículo é imaginar o contrário. POLIAMOR, uma grande afirmação de amar sempre!