Da pra tu? rs
sábado, 26 de fevereiro de 2011
Luciano Agra e as más línguas
Acabei de ler no Blog do Dércio - dou sempre os nomes porque odeio enganação - que o prefeito Luciano Agra passou em frente ao aeroclube do Bessa - hoje as 11:46m - e avistando o presidente da instituição baixou o vidro do carro e o agrediu verbalmente, bem como, fez gestos obscenos - eu imagino que tenha dado dedo, um gesto infantil, mas, enfim, para alguns casos é, de fato, um alívio -. Já faz alguns dias que existe toda esta confusão a respeito da desapropriação daquela área do aeroclube e eu resolvi não me manifestar a respeito, quer dizer, não tomei partido de ninguém. Nem dos que estão do lado do POVO do Bessa que deseja virilmente um parque com a tese de que serviria a muito mais gente - compreendo! -, nem do lado daqueles que defedem a instituição - única - no Estado a servir os apaixonados por aviação, etc. O fato é que se de um lado há uma confusão INSTITUCIONAL, de outro, há os partidários de ambos os lados e a mídia NERVOSA no meio atacando para todos os lados. Atacar o prefeito de João Pessoa como fez Dércio - perdão, colega, mil perdões, mas acho que qualquer oposição tem limites funcionais -, não acho que se deva fazer. Agora parece que querem crucificar o homem. Sinceramente, também não vou com a cara do Luciano Agra - acho-o com cara de ditador, olhos que depõem contra si mesmo, olhos militares, tipo, a cara do Castelo Branco, enfim -. Um governo, sabemos, não satisfaz a todos e às vezes não satisfaz à maioria. Não acho DIGNO em crucificar o cara. Se errou, beleza, há justiça para resolver. Enfim, odeio dizer isto, mas OPOSIÇÃO no Estado da PARAHYBA é inimizade congênita, até parece a eterna luta de Esaú e Jacó. Ao que parece, é que se birra, achincalha, por puro RESSENTIMENTO - desculpa mais uma vez Dércio, MAS é o que transparece -. PENSO do seguinte modo: oposição não pode ser situação em nenhum dos lados, na verdade, oposição se faz quando não se é partidário - claro, algumas bestas irão dizer que estou louco mesmo sem nunca terem se indagado qual é, de fato, o papel de uma real oposição num sistema político em neste caso, num sistema político pseudo-democrático como o nosso -. E quando o partidarismo toma conta já sabemos qual é o resultado. Fica aí a minha reflexão.
CONTOS DA CIDADE BAIXA
O ORÁCULO
Tu não sabes, ó, estrela d’alva, mas eu pus o teu nome na minha criança. E dela fui pai sozinho. Gerei, geraste. Tudo, enfim, aconteceu. Nada há mais que possamos fazer. O bebê está farto, corado, uma belezura sem tamanho. É Mário Rafael o seu nome como o teu nome. Tem loura cabeleira, olhos claros, maçãs avermelhadas, lindos lábios; tem braços delicados, andar galopante, nariz empinado, uma princesa no andar. Tem a delicadeza das aves e a esperteza das onças, é lindo, sóbrio, atraente, figura fulgurante, brilhante como só tu, ó, estrela da manhã. Quando em vez, o infeliz se solta pelas ladeiras e sobe e desce e pula e ri... E já ninguém pode segurá-lo, pois força não há. Pois faça o que se faça, haja o que houver, a sina de um cabra é marcada onde ele próprio não sabe que é. Dois dias, pois, então, passou sumido Mário. Terreiros, capoeiras, mangues e lagos, ladeiras, esquinas, bares, cabarés; ninguém o viu, ninguém o tocou, ninguém o escondeu, ninguém o denunciou. Nem nos hospitais, nem nas delegacias, nem nos galpões, nem nas hospedarias, ninguém soube de Mário, nem eu que sou o pai. Hoje, pois, recebi o teu recado. Mário foi morar na estrela; foi galopando nu dorço dum cometa, foi caçar a mãe que lhe causava delírio. Deixou-me, pois, amargurado, só, fodido. Levou meu rum e meu batom, meu blush e minha escova preferida. Hoje perdi-te, ó, Mário, ó, estrela, mas amanhã as portas das rameiras voltarão a abrir e eu mergulharei na luz vermelha como dantes: calado, cismado e infeliz!
(João Cândido Tessar in: Contos da Cidade Baixa)
A Parahyba SITIADA
O secretário chefe da casa civil, o professor historiador Lúcio Flavio, admitiu que se a greve dos policiais militares e DEMAIS categorias for mesmo executada o governador Ricardo Coutinho (PSB) poderá CONVOCAR as FORÇAS ARMADAS para fazerem a segurança do Estado. Ou seja, estamos praticamente SITIADOS. Vergonha! O que custa ao governador num tete-a-tete conversar com as categorias no lugar de mandar os seus mastins napolitanos para tentar meter medo nos policiais e demais? Pedir mais 30 dias para quem já vem pedindo um simples diálogo pessoal com o governador é uma falta de respeito e um DESCASO não apenas com aqueles que reivindicam melhores garantias salariais, mas com a população a quem se cobra uma forte carga tributária. Pois bem, fica aí demonstrado a INGERÊNCIA do governador da Nova Parahyba. Como já disse alguém: as ditaduras começam brandas.
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