Não chamem uma mulher de puta, pois isto ofende uma mãe de família. Não chamem uma normalista de vadia, você irá pegar briga com o magistério. Nunca diga que é melhor ser o filho da outra, afinal, o ideal de mulher-mãe é Maria, mãe do Crucificado; se bem que o velho Mário Lago já dizia que o ideal de mulher mesmo era a sua 'Anália', melhor dizendo, AMÉLIA com todo respeito que o radical da palavra dita e com todos os defeitos da moral. Em João Pessoa os vereadores resolveram brincar de inquisidores. Um projeto da quase extinta vereadora Sandra Marrocos proíbe que o poder público municipal contrate bandas de forró e demais que não faça um elogio da mulher: um feminismo às avessas. Chamar mulher de "piriguete" ou vagabunda não pode. Afinal, a mulher é qualquer coisa que transcende os contextos urbanos e vai embrenhar-se nos campos hiperbóreos. O compositor agora deverá ORAR e VIGIAR para não ser PUNIDO. Quem gosta de de Amazan, Tom Oliveira, Aviões do Forró... Esqueça. Certamente, estes artistas já devem figurar no INDEX da prefeitura. A propósito, o projeto da vereadora Sandra Marrocos prevê a CRIAÇÃO de uma CENSURA PRÉVIA e um show determinado. No mundo fantástico destas práticas legalistas a mulher bem que figurará como santa e inatingível, mas como toda carne trêmula ela continuará pelos becos a fora desta cidade como uma doce rameira que alivia as taras venéreas de um pai de família. Tenho dito!!!!