quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Era o que? Vitamina C

Famoso por seus casos amorosos mal resolvidos, Dado Dolabela foi detido (outra vez?) nesta quinta-feira. Desta vez ele não esmurrou a Luana Piovanni, nem esbulachou a Viviane Sarahyba. Foi detido portando maconha. Claro, ele deve ter dito que era apenas usuário, que não queria ficar doidão e, provavelmente, que a maconha era pra relaxar ao som da "Inacaba" de Schubert. O fato curioso nesta detenção é que indagado sobre onde estava a canabis (sacana!) ele não depauperou da substância e respondeu: "Tá no tubo de Vitama C no compartimento da Bomba de Gasolina!". Eta, Dio mio, ma che cosa. Nem o motor escapou! E o tenente foi logo gritando: "Teje preso você também", para o carro do cantor, ator, batedor e... Etc e tal.

Gaga e Solitária


Vou confessar que não sou (nem nunca serei) muito fã da Lady Gaga; também confesso que não sei cantar sequer um trechinho de uma de suas músicas; mais, também não sabia que a Lady Gaga tinha idéias, vamos dizer, pouco convencionais sobre sexo, sobre a própria vagina, sobre heroína, cocaína e craque.  Em entrevista a uma revista famosa (Vanity Fair) ela asseverou que prefere usar cocaína, pois esta em relação à heroína é menos perigosa, uma vez que, os efeitos da cocaína são apenas depressão, medo e solidão. Isto ela tira de letra. Bem, mas o mais curioso é que a Pop do momento disse que não faz sexo temendo perder a criatividade. Disse também que é pela vagina que se perde a energia física, o vigor, o intelectual (acabou com o Espiritismo kardecista). Acho que a Lady Gaga precisa marcar com urgência com o pastor Valdomiro Santiago, pois se ele curou uma entupida (famoso caso da "Unção da Cagada": duplo sentido em todos os sentidos) de certo que irá curar os medos e as deprês vaginais que a Pop mundial vem enfrentando. O que falta agora? A Ana Maria Braga pedir em Rede Nacional que se faça uma corrente de orações para que a Gaga liberte/libere a sua perseguida.

Olho no lancêeeeeeee...


Éeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeee... tcs... Goooooooooooooooooooooooool
Dona Dedé na posição em que o Guarda quase perdeu o apito...

Dilma Sapatão?

A chance de Dilma Rousselff vencer estas eleições já no primeiro turno é grande, pois ela, segundo as pesquisas mais recentes, dão-lhe 52% dos votos válidos. Mas, nos últimos dias na internet (lugar de ninguém e de todos, terra sem fronteiras e sem controle) são publicadas matérias em blogs, portais, enfim, noticiários de que a pretendente à cadeira presidencial é sapatão. Curiosamente, o seu tipo ex-gayrrilheiro não nos deixa passar sem desconfiança: será que ela é? Enfim, será, então, caso eleita, a primeira mulher sapatão (lésbica para o movimento) a ocupar um cargo de comando tão importante quanyo o da presidência. Foi a primeira mulher sapatão, então, a ocupar a chefia da Casa Civil, ministério mais importante do organismo presidencial. O fato é que para além dos boatos da net, apareceu uma mulher (Verônica Maldonado) que afirma ter sido o caso (de 15 anos) da Dilma. E a coisa não pára por aí. Como a Dilma a abandonou, segundo ela, (cf. http://movimentoordemvigilia.blogspot.com/2010/09/dilma-rousseff-e-lesbica-mas-nunca-quis.html) ingressou com uma ação indenizatória contra Dilma exigindo reparos (será que tipo de reparo?). Enfim, diz a ex-mulher de Dilma:

"Afinal nós tivemos um relacionamento durante mais de qinze (sic) anos, período em que deixei de trabalhar, estudar, apenas para ficar com ela. Acho que tenho direitos como qualquer outra mulher!


Mas, aí está a articulação da oposição. Sendo Dilma sapatão ela não tem condições morais para governar o país e sua candidatura é, portanto, ilegítima moralmente. É esta a intenção de trazer a sexualidade da candidata a público. O mesmo tentaram fazer nas últimas eleições para prefeito em São Paulo e o candidato, então, era o Cassab. A pergunta é: até quando estaremos medindo, valorizando as pessoas por suas preferências sexuais? Uma grande violência tem ocorrido na net contra a candidata do PT (Partido dos Trabalhadores). Quanto à sua suposta amante ou ex-mulher (não assumida por Dilma) que a Justiça se encarregue de lhe dar (ou não) razão (sentença favorável) caso assim se entenda. Mas, sendo a Dilma uma sapatão isto invalida a sua competência administrativa, intelectual? Enfim, "caminhando e cantando e seguindo a canção..."

Cigarro mata?


            


Duvido!

FRANÇA X INGLATERRA

Na França as coisas caminham ... caminham... caminham... Bem, o fato é que depois que os gays franceses resolveram instituir como prática sexual o Gouinage (sexo entre homens passivos (reação política contra os gays ativos quesó pensam em "enfiar") sem penetração: no Brasil o nome é "Quebra de louça") agora o negócio é maquilagem masculina. Na foto (à esquerda) um dos modelos que posou para o ensaio da WAD (revista masculina francesa). A moda é usar batom em forma de biquinho. Bem, parece que fica fofo, bonitinho, gute-gute, nana-neném. Já na Inglaterra as mulheres feministas resolveram adotar os pêlos. O slogan das feministas é "Deixem os pêlos do corpo crescerem e aparecerem e ao diabo com o que os outros pensam". Leitoras de Sartre, ao que tudo indica, de fato, reconhecem que "o inferno são os outros". Bem, poderia alguém imaginar que estamos vivendo um período de completa perversão (conceito psicanalítico ortodoxo, freudiânus). Homens se depilando (qualquer dia posto uma matéria  sobre a depilação feminina), mulheres peludas (como a monga do circo), que diabos está acontecendo? Depois da "Unção da Cagada" do pastor neo-pentecostal Valdomiro Santiago (Igreja Mundial do Poder de Deus) pêlos feminino nas axilas ou batom usado por homens é quase nada. 

Amor I love you...



O amor é mesmo surpreendente... Fechando os olhos, abrindo a boca o coração não sente nada.

Pantera

O movimento gay (peço vênia aos LGBT's) pode dizer de sua mais nova conquista. Depois do Rainbow (cigarro), Absolut (Vodca), do Guaragay (Refrigerante) e de tantas outras (cuecas, cintos, abotoaduras, etc) chegou o Pantera. Um luxo de fogão, toda bicha afetada, metida a Ofélia (não é Amélia, hein?, é Ofélia, culinarista) poderá preparar os deliciosos camarões-cinza, grandes, ao alho e óleo; toda bicha militante começará o dia de sua militância esfregando sua barriga no Pantera...Uma ótima pegação de cozinha. Enfim, o movimento gay é mesmo surpreendente. 

O professor pirou

A profissão mais miserável do mundo é a de professor. Todo mundo sabe que o car@ ganha pouco, faz de sua casa uma extensão de sua repartição de serviço: a sala de aula. Encontra marxistas tardios de estirpe stalinista gritando "fora FHC" nas ruas da Escola; enfrenta o conservadorismo dos pedagogos e o patrimonialismo dos direitores; como diz dona Neuza: "Faz das tripas coração para colocar juízo na cabeça de gente burra". Em São Paulo, na região do Litoral, em Caraguatatuba, um professor de Geografia resolveu acabar com as marxistas stalinistas, esmurrou a mesa professoral, mandou que uma aluna (aos berros) calasse a boca, pois já não aguentava mais seus xiliques feministas radicais, foi um auê. Além do mais, resolveu jogar as carteiras pelo ar e esmurrar a porta desafiando o patrimonialismo dos diretores da escola. Saldo? Mandou a educação para a puta que a pariu e Milton Santos que fosse cantar de geógrafo noutra freguesia. Deu no Jornal Hoje (Rede Globo) que o professor estava sobrecarregado, já havia pedido afastamento. Bem, a transformação era uma tragédia anunciada, mas pelo menos todos estão de sobreaviso... Quando o professor aparecer, podem correr, deu a louca no mestre.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Homofobia no Fundão

Não é a primeira vez que notícias de desrespeito a gays em campus universitários são registrados. Aconteceu na USP (Universidade de São Paulo), aconteceu na UFPB (Universidade Federal da Paraíba) por duas vezes: a primeira vez protagonizada por uma burocrata que ao tentar impedir dois alunos de se beijarem, levantou polêmica. A segunda vez, protagonizada pelo próprio Reitor da UFPB (Rômulo Soares Polari) que mandou cancelar uma mostra de cinema gay no Campus I. A vez agora foi do Campus do Fundão da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). O fato, ao que consta, foi protagonizado no alojamento dos estudantes masculinos divido em "Caverna do Dragão" (alojamento dos supostamente heterossexuais) e "Castelo de Cristal" (alojamento dos gays). O fato se deu em função da colagem de cartazes contra a opressão gay (no cartaz se via dois homens) ao qual um rapaz homofóbico queimou os cartazes. Em seguida gritava histericamente: "Eu já sou obrigado a conviver com um viado morando em frente, e ainda colam coisas de viado na minha porta!". O fato é que a onda conservadora começa a dar sinais de vida. Cada um que se cuide!

terça-feira, 28 de setembro de 2010

2012 já chegou primeiro em Bayeux

A notícia vem do "Bayeux em Foco". Mais uma vez, a ex-prefeita Sara Cabral, esposa do candidato a deputado federal Domiciano Cabral, colocou a sua campanha nas ruas de Bayeux.  Admitiu que será candidata, novamente, ao cargo de prefeita. Pelo visto, Bayeux está mesmo condenada ao atraso político: ou Sara ou Expedito. Já tem até quem aposte na futura eleição dela. Talvez, fosse melhor, colocar seu Marisco pra Prefeito e Unha de Véi pra vice, pelo menos, estes aí melhor de lama entendem.

Vende-se Voto!

De hipocrisia a sacanagem tudo neste país se vende, se compra, se barganha, quer dizer, quase tudo pode ser colocado no mercado, claro, menos o voto e otras cositas más. Mas, será que estar conforme? Vejamos o que diz Beth Torres, jornalista e colunista do portal de Fabiano Gomes em matéria que assina com o título seguinte: "Yes, nós vendemos voto!":

A compra de votos ainda é uma realidade dentro da Paraíba. O preço desse instrumento precioso que tem o poder de mudar a realidade do Estado e do País pode variar de R$ 20 a R$ 70, mas também pode ser comprado por uma promessa ou um emprego, uma feira, enfim, através da negociação de bens materiais que resolvem o problema de imediato, mas não interferem em nada para melhoria da qualidade de vida dos paraibanos".

Não é só o Hilário Eleitoral que é compulsivamente monótono, repetitivo, mecânico. Todas as centrais de notícias se repetem. Leia-se o "Estadão, Folha de São Paulo, Correio Brasiliense, Correio da Paraíba, Jornal O Norte, blá, blá, blá"... Todos contaminados com o mesmo vernáculo bobo: "Não venda seu voto, seu voto é a única arma que você tem para lutar". Como se pode lutar tendo por ARMA o voto? Que defesa tem o POVO que só usa sua arma a cada 4 anos, com índices de analfabetismo impressionantes, com uma imprensa parcialíssima. Aqui em João Pessoa, por exemplo, é claríssima a partidarização dos orgãos de imprensa. Como dar algum crédito ao que se escreve ou o que através deles são ventilados? Como pode o eleitor investigar a vida de seus candidatos? Indagando o que ele não fez? Todos sabem que uma reforma política no país é caso de urgência. Não é obrigando o POVO a votar que se faz um país democrático. Basta desta hipocrisia, desta imbecilidade; basta desta criminalização dos mais pobres, dos mais humildes. Todos nós sabemos que nos bastidores as barganhas políticas não beiram às bagatelas que o povo pede a seu candidato em troca de seu voto. O que dizer, então, das coligações? Dos acordões de plenário, de gabinetes? O voto popular não decide caráter de político. Não há purismo em política, isto é besteira. O que a imprensa quer nos fazer acreditar? Já não bastasse a desgraça política do país e ainda tem jornalista que delega a culpa por esta desgraça ao POVO. E diz-se: "Não venda seu voto, pois depois será pior". Deixemos de hipocrisia, repito, na República do individualismo e do capitalismo não há espaço para solidariedade política. Isto é lição do Jardim da Infância política.

Bolsa Família X Bolsa Natal

Papai Noel não é candidato na Paraíba a nada, mas tem gente que aposta na Bolsa Natal do bom velhinho. Em guia eleitoral de um dos candidatos a senador diz-se que o povo precisa comer o seu franguinho (e eu imagino que o franguinho a que se refere o candidato à reeleição seja o do PÉ SECO duro por natureza e pequeno por comodidade). Enquanto os marajás da política saboreiam um delicioso chester, que lancem as galinhas do pé seco para a turba, pro pobres. Sem ter combinado nada com Papai Noel ou com a Cuca Xirulepa, sua legítima esposa, eles oferecem pacotes de quiabo e meia dúzia de maxixes. Como diz minha vovó... Se o cara escorregar no quiabo acaba caindo com gosto no maxixe. E como ainda diz vovó, sacanamente: "Para qualquer entendedor um quiabo e dois maxixes bastam!"

Jesus, um feminista moderno?


Quem já leu o Evangelho Apócrifo de Tomé, o Dídimo, sabe que Jesus antagoniza (no assunto mulheres) com um de seus apóstolos preferido, o Simão Pedro, o que iria mais tarde negá-lo por 3 vezes. O fato é que Pedro enciumou da jovem Maria Madalena. E se dirigindo ao mestre disse-lhe:

(114) Simão Pedro disse-lhes: "Que Maria [Madalena] saia de nosso meio, pois as mulheres não são dignas da vida."

E ouvindo estas palavras de Pedro, sentenciou 

Jesus disse: "Eu mesmo vou guiá-la para torná-la macho, para que ela também possa tornar-se um espírito vivo semelhante a vós machos. Porque toda mulher que se tornar macho entrará no Reino do Céu."

Sem querer polemizar com as feministas menos radicais, sem querer tirar as esperanças das irmãs das Assembléias de Deus, das Pentecostalistas mais fervorosas, o "Reino de Deus" é coisa para homens, não para mulheres. Segundo Pedro, pois, as mulheres sequer são dignas da vida (este de fato era o pensamento corrente na época em que viveu). Mas, Jesus, o Cristo, antecipou as questões feministas e delas as mais radicais. Pois que, para algumas correntes feministas radicais, por exemplo, uma lésbica é considerada não uma mulher, mas um homem. Seria, então, Jesus um radical feminista e Madalena uma lésbica confessa, assumida para Jesus? Estaria o aprendiz de apóstolo Simão Pedro temeroso de perder os privilégios legislativos, masculinistas de então para uma reles mulher indigna da própria vida? De qualquer forma, Jesus antecipou o séc. XXI: todas as mulheres viraram machos mesmo, claro, na acepção em que Jesus emprega este termo e acabou fazendo os Pedros da vida engolirem a sua macheza ocupando-lhes de vez os lugares da vida social, antes, privilégios de alguns machos. Portanto, sem masculinização, mulheres, não há salvação! Portanto, desconfiem de pregações contrárias.

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

O He-Man da Rede Globo

Recebi um e-mail elegantíssimo de uma colega noite passada. Dois textos e ambos assinados por Arnaldo Jabor. Imaginem vocês a histeria fim de campanha de um funcionário global, togado das certezas, distanciado de todas as ilusões, cúmplice de Deus, amigo-irmão de Jesus. Um homem que escreve como fala, teatraliza, usa da arte cadente (o cinema), irmana-se a Asmodeu para falar de qualquer um. Em um dos seus textos "A verdade está na cara, mas não se impõe" a respeito do governo Lula diz,

"Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata!!! Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão nas nádegas. A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de 'povo', consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações 'falsas', sua condição de cúmplice e Comandante em 'vítima'! E a população ignorante engole tudo... Como é possível isso?"

Uma estilística pronta, toda feita, bem humorada, onde até as nádegas aparecem sem receio acenando, talvez, para dois mamas de leite, escalpeladas. Fiel, apela para todas as entendidades: razão, verdade, humildade, justiça e até para o 'povo'. Será que o Arnaldo Jabor está mesmo interessado em defender os direitos do 'povo', interessado na verdade que ele alude como certa, conhecida, mas não aceita? Será que ele nos quer fazer ENGOLIR a sua verdade, a verdade do Sistema de Comunicação poderosíssimo que ele integra e defende com sua teatralização de quinta? Jabor apela até para a VENDADA (justiça, pra não dizer outra coisa) dizendo-lhe de sua inoperância institucional. E ao dizer que Lula consegue transofrmar razão em vilã, dizer que as provas contra ele (Lula) em acusações falsas, afirma por outros caminhos que a justiça deixou de ser VENDADA pra ser VENDIDA, que a espada virou Gilete, que a razão da Justiça é psicodelismo judiciário. E sem ter para quem mais apelar, desnuda-se da máscara do humorista e privilegia, obviamente, os mecanismos de sua instrução:


A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo.

Por que o Jaborzão, o grande intelectualóide global, não senta as grandes nádegas que ele deve ter numa cadeira e procura se instruir mais um pouco? Dizer que a "A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura lulo-petismo" isto sim é ridículo. Por que ele silencia sobre a ditadura midiática, da parcialidade da Rede Globo, da grande imprensa de modo geral? Deve ser porque acredita que o FASCISMO MIDIÁTICO a que ele faz parte e ocupa uma cadeira muito importante não é tão ridículo assim... Termino com um ditado do povo que diz: "Tomate no cu dos outros é refresco". Experimenta, Jaborzão.

domingo, 26 de setembro de 2010

Querela política outra vez?

Mal terminei de escrever um texto sobre candidatos pouco convencionais neste pleito 2010, mal as letras descansaram no fundo da página e de repente me deparo com uma matéria no WSCOM (http://www.wscom.com.br) intitulada "Promotor quer fazer teste de leitura e ditado com Tiririca". E mais uma vez, tomarei a liberdade e reproduzir alguns trechos da matéria onde se lê o seguinte:

“A Revista ÉPOCA publica neste sábado (25) reportagem que revela indícios de que o candidato a deputado federal Tiririca (PR) não sabe ler nem escrever. A revista traz declarações do humorista Ciro Botelho, que escreveu um livro assinado por Tiririca, e descreve situações em que o candidato demonstrou, "no mínimo, enorme dificuldade de leitura. O promotor da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Maurício Antonio Ribeiro Lopes, anexou a reportagem a duas representações que está levando à Procuradoria Regional Eleitoral e à Corregedoria do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo. Ele declarou a ÉPOCA que a reportagem coloca sérias dúvidas sobre a alfabetização do candidato e propõe um teste: "Estou sugerindo que se faça um ditado com um trecho da Constituição e depois se peça a ele que leia um outro trecho. Se ele não conseguir fazer o teste, a candidatura poderá ser impugnada". O promotor quer testar Tiririca já na próxima segunda-feira (27)”.


E o motivo de se fazer tal teste não é omitido: 

“De acordo com as pesquisas, Tiririca pode ser o deputado federal mais votado do país no dia 3 de outubro, com potencial para alcançar mais de um milhão de votos. Com esse número de sufrágios, o palhaço pode garantir mais quatro ou cinco cadeiras na Câmara para outros candidatos de sua coligação, formada por PT, PC do B, PR, PRB e PT do B”.

O promotor abre, novamente, penso eu, uma polêmica. Bem, se uma pessoa analfabeta não está apta para concorrer a um cargo eletivo, então, baseado em que, por exemplo, defenderia o promotor que ele, do contrário, estaria apto a votar (a menos, claro, que o promotor defenda a tese de que votar seja menos importante e menos perigoso do que ser votado)? Não seria o caso, então, de interditarmo ao pleito, caçando o sufrágio aos analfabetos (algo em torno de 16 milhões de pessoas)? Mas, a preocupação REAL do promotor de justiça não estaria escamoteada, um pouco difiusa se entendermos que lugar de "palhaço analfabeto" é no circo? Por que, então, permitir que o, supostamente, "palhaço analfabeto" (Tiririca) seja votado e, acima de tudo, que seja votado por centenas, milhares de pessoas? Não estaria aí um ato autoritarista, uma herança da ditadura (1964-85) registrada na fala do promotor de querer pôr à prova, através de uma pedagogia imbecil, a razão, o conhecimento do palhaço? Afinal, a política, assim, não se guia por uma economia politicamente sedutora dos que durante séculos dominaram? Ainda não é o culto da razão? Razão esta aprendida nos bancos escolares? Mas, diga-me, por favor, onde é que se aprende a ser humorista? Onde é que se aprende a ser palhaço? Pierre Bourdieu nos apresenta em "A economia das trocas linguísticas" que falar bem, escrever bem nada tem de natural, nada tem de espetacular, pois não foi o povo quem inventou as regras da gramática, nem as sinuosidades da linguísticas e ainda, assim, foi submetido por esta tecnologia que ele em outro lugar chamou de o poder simbólico. Pois, o promotor de justiça, neste caso, querendo justificar o seu preconceito e prestar cultos à razão socrática, ao logos platônico, vicia, corrompe um preceito constitucional (Estado Democrático de Direito), derruba sem timidez a idéia de que os únicos habitates que a "Casa do Povo" pode receber são os patrões brancos e letrados mesmo quando o POVO entende, reage e se identifica com aqueles que são a sua cara.

É penetração ou punheta de corpo inteiro?

sábado, 25 de setembro de 2010

Mulher Melão e Tiririca: Política, Humor ou Fuleragem?



Em um de seus programas eleitorais nos indaga o humorista Tiririca, então, candidato a uma vaga na Câmara Federal: “O que faz um deputado federal? Na realidade eu não sei, mas vote em mim que eu te conto”. Sacada de humor inteligente, faz-nos questionar por que um humorista tão bem sucedido como ele deseja eleger-se a um cargo que, em tese, pode até atrapalhar a sua carreira artística. Talvez, assalte-nos de imediato a idéia de que sendo deputado federal a grana correrá solta, as facilidades, o prestígio, sobretudo, o poder. Talvez, imaginemos que na mente do humorista, como na mente de "O avarento" de Molière, não haja mais espaço para pensar em qualquer outra coisa a não ser no dinheiro e no poder; que o Tiririca, de repente, demonstra ser um maquiavélico no sentido pejorativo que dão a esta palavra, enfim. Mas, mais do que isto, claro, nos agita o preconceito, nos desordena a imagem poética e consagrada de que na "Casa do Povo" só os afortunados, os intelectuais, os ricos podem ocupar espaço, então, veem-nos novamente a mente a idéia de que política é coisa séria e a consequência direta, imediata disto é que pobre, humoristas, sacanas, putas, sadomazoquistas, dançarinas, etc., "não podem" candidatar-se a uma vaga em qualquer das instâncias do poder institucional. Veem-nos, novamente, aquela imagem pura, branca (racista, preconceituosa) de que o poder tem de ser alvo, limpíssimo (projeto ficha limpa atinge para além dos devedores da justiça a conduta moral ilibada excluindo todos os aqueles que não vivem segundo os preceitos morais da sociedade), portanto, negros no poder seria uma temeridade, outra vez, portanto, o conservadorismo e o moralismo. Não é à toa, portanto, que no Horário Eleitoral Gratuito (para muitos Hilário Eleitoral Pago), os políticos aqui na Paraíba gritem palavras de ordem tais como "Pela família, contra a lei da mordaça (PLC 122: Lei que penaliza homofóbicos), pela moral, pelos bons costumes", enfim, o reprodutivismo moral aceito, mas que na seara da intimidade o vale tudo é descoberto pelas mídias, pelas informações, por um simples aparelho celular com câmera. Será que já não nos basta os exemplos, a truculência com que se tratam políticos adversários de modo tão incivilizado; será que já não nos basta a falta de propostas, e mais do que simples propostas, ações, efetividade nas ações? Não sorrir de nós o humorista de modo muito inteligente quando diz que "não sabe o que um deputado federal faz" e mais do que sorrir, com seu humor inteligente, não nos faz pensar sobre as armadilhas do preconceito, do moralismo? E o que dizer, então da Mulher Melão? Uma mulher dançaria que, de uma forma ou de outra, presa e liberta das correntes moralistas, criticada por universitários de direita e de esquerda, graça dos marmanjos, dos donzelões por conta de seus melões (seios fartos) hoje é candidata a deputada estadual pelo Estado do Rio. É lícito que uma mulher, a Mulher Melão seja eleita? Então, perguntamo-nos todos: o que uma mulher como a Melão poderá fazer pelo coletivo? E a pergunta é: alguém no Brasil quando sai candidat@ pensa no coletivo? Então, o que dizer de figuras eminentes como Fernando Henrique Cardoso (prof. Doutor em Sociologia, famoso por suas obras intelectuais), Fernando Collor de Mello (outro Fernando), Itamar Franco, etc... De Prudente de Moares a Lula, por todos os reveses que a política brasileira já passou, enfrentando dois regimes ditatorias (Vargas e os Militares a partir de 1964) e agora um fascismo midiático,  por que, então, imaginamos que a política tem de ser de cabresto, que a democracia tem de ser branca, machista, sexista, moralista em seus fundamentos? Claro, as vozes reacionárias dirão que lugar de Melão é na feira e que humorista tem de ficar na televisão fazendo-nos sorrir com piadas sem graça enquanto os rumos políticos, econômicos do país devem estar nas mãos de quem se preparou para isto, novamente, o poder e o saber institucionalizados inventando e legitimando mecanismos, estratégias de consolidação de si mesmos. Fizeram-nos crer que só existe um tipo de saber e só através deste é que podemos realizar nossos projetos. Bem, para terminar, e só para registrar, ouvi de um professor universitário, colega meu, que Tiririca, Mulher Melão e aqui na Paraíba os candidatos Cabrito, Calaço dos Correios, Gilson Ferreira e outras personalidades engraçadas não deveriam chegar ao poder, pois eles não saberiam o que fazer. Claro, este amigo preferia candidatos mais comprometidos com a coletividade como o Severino Cavalcanti, Fernando Henrique Cardoso, Antônio Carlos Magalhães (que Deus o tenha) e o Senhor do Bonfim que o acompanhe. Amém!




É Política ou Futebol?

Os últimos acontecimentos desta eleição 2010 tanto em nível estadual (Maranhão X Ricardo) como em nível federal (Serra X Dilma) está causando. A grande imprensa todos os dias chuta a bola para o escanteio enquanto a pancadaria em meio de campo é a tônica. Depois do último escândalo envolvendo a ministra chefe da Casa Civil (Erenice Guerra), o que lhe custou a "cabeça", agora foi a vez do barraco promovido pelos eminentes desembargadores do Supremo Tribunal Federal (STF). Nem lá na Suprema Corte este jogo político (Ficha Limpa X Ficha Suja) surtiu algum efeito com a desculpa que o eminente ex-ministro Eros Grau estava aposentado e, portanto, o então ministro presidente não se sentindo um "déspota esclarecido" fechou um julgamento sem resultado e sem prazo para finalizá-lo; a menos que, o presidente Lula nomeie às pressas um novo ministro para ocupar a vacância deixada pelo, então, ministro Eros Roberto Grau, teremos um desempate. Bem, meus amigos, o fato é que a confusão é geral. Maranhistas não se entendem com Ricardistas, Serristas não se entendem com Dilmistas, os ministros da Suprema Corte de Justiça também racharam e foram 5 para cada lado. Cá para nós, isto não lembra uma partida final de Vasco e Flamengo duelando por mais um título do brasileirão? Enquanto isto, nós, os brasileirinhos, vendo tudo isto acontecendo e nós aqui na net "dando milho aos pombos". Tomara que ao final a TV Blobo não nos brinde com imagens dantescas, com sangue escorrendo na tela.




Política X Verdade


O jornalista Agnaldo Almeida publicou no portal de política de Fabiano Gomes (http://www.politicapb.com.br/) uma matéria intitulada "As pesquisas na hora da verdade" e eu vou tomar a liberdade de reproduzir um trecho aqui que diz que 

"Aqui na Paraíba os leitores já começam a perceber que a hora da verdade está chegando. Há informações de que os responsáveis pelas próximas pesquisas estão botando o pé no freio, baseado naquele princípio de que não dá pra enganar a todos durante todo o tempo."

Evidente que o jornalista não tem a preocupação de indagar o que a verdade é, pois seria muita filosofia para um portal de notícias políticas. Mas, podemos nós, os leitores, indagar-nos, pelo menos, qual a natureza da "verdade" que Agnaldo Almeida faz alusão. Verdade que os portais políticos escondem, não arriscam a levantar o tapete a fim de que possamos descobrir a FICHA SUJÍSSIMA que ele esconde. A verdade, ao que me parece, é só uma: voto compulsório (a justiça eleitoral arrumou um termo mais JUSTO: obrigratório) que antagoniza com a liberdade popular da democracia (princípio da liberdade, princípio da contradição); pedem para que o eleitor se conscientize das mazelas políticas do Estado, dos maus políticos, e na contramão nos obrigam a votar, compulsoriamente (obrigatoriamente); pedem para que analisemos a vida pregressa de nossos candidatos quando o que chamamos POVO sequer saber distinguir Tomé de Bebé; pedem para que não negociemos o nosso voto, mas nada fazem com as negociatas de gabinete dos partidos políticos, dos conchavões, das coligações, dos usos e abusos da máquina pública tão evidente; criminalizar, pois, o voto do mais humilde, do mais pobre PODE, pois negociar  o voto nesta instância é ilegal, mas fechamos os olhos quando o assunto é a negociação dos partidos, do troca-troca político-partidário cujo fim único é o próprio interesse. Bem, a verdade é esta Agnaldo. A verdade é que o negócio do pobre é criminoso e o negócio do rico é político!






 

A política se Traveste

Fernanda Benvenutti diz no horário eleitoral que é uma "cidadã travesti e uma profissional da saúde". Se ganhar a eleição para deputada estadual terá a oportunidade de dar voz às MAIORIAS silenciadas já que ela mesma diz no seu guia eleitoral que representa "a voz de todas as bandeiras". Enfrentará uma forte oposição sexista, caso seja eleita e, talvez, não consiga aprovar nenhum projeto, a menos, claro, que tenha um grande poder de barganha na AL e, neste caso, tanto com os aliados quanto com os adversários. Sinceramente, seria bastante interessante ter uma mulher como Fernanda Benvenutti na Câmara Estadual.  O mal de Fernada, talvez, seja estar do lado de uma representação política indiferente aos projetos que ela defende/rá. O que Fernanda Benvenutti poderá esperar de uma bancada governista patriarcalista, coronelista, caso José Maranhão seja re-eleito? Bem, que pelo menos seja aprovado na Assembléia, caso de sua vitória, um projeto que dê oportunidade inicial das travestis da Paraíba se hormonizarem. Hormônios gratuitos para todas as travestis distribuídos nos postos de saúde e nas clínicas médicas do Estado da Paraíba. Já terá valido a pena e o Estado já terá devolvido, em parte, a contribuição tributária compulsória a que todo cidadão/cidadã e as travestis, em particular, são obrigadas a pagar.