terça-feira, 28 de setembro de 2010

Vende-se Voto!

De hipocrisia a sacanagem tudo neste país se vende, se compra, se barganha, quer dizer, quase tudo pode ser colocado no mercado, claro, menos o voto e otras cositas más. Mas, será que estar conforme? Vejamos o que diz Beth Torres, jornalista e colunista do portal de Fabiano Gomes em matéria que assina com o título seguinte: "Yes, nós vendemos voto!":

A compra de votos ainda é uma realidade dentro da Paraíba. O preço desse instrumento precioso que tem o poder de mudar a realidade do Estado e do País pode variar de R$ 20 a R$ 70, mas também pode ser comprado por uma promessa ou um emprego, uma feira, enfim, através da negociação de bens materiais que resolvem o problema de imediato, mas não interferem em nada para melhoria da qualidade de vida dos paraibanos".

Não é só o Hilário Eleitoral que é compulsivamente monótono, repetitivo, mecânico. Todas as centrais de notícias se repetem. Leia-se o "Estadão, Folha de São Paulo, Correio Brasiliense, Correio da Paraíba, Jornal O Norte, blá, blá, blá"... Todos contaminados com o mesmo vernáculo bobo: "Não venda seu voto, seu voto é a única arma que você tem para lutar". Como se pode lutar tendo por ARMA o voto? Que defesa tem o POVO que só usa sua arma a cada 4 anos, com índices de analfabetismo impressionantes, com uma imprensa parcialíssima. Aqui em João Pessoa, por exemplo, é claríssima a partidarização dos orgãos de imprensa. Como dar algum crédito ao que se escreve ou o que através deles são ventilados? Como pode o eleitor investigar a vida de seus candidatos? Indagando o que ele não fez? Todos sabem que uma reforma política no país é caso de urgência. Não é obrigando o POVO a votar que se faz um país democrático. Basta desta hipocrisia, desta imbecilidade; basta desta criminalização dos mais pobres, dos mais humildes. Todos nós sabemos que nos bastidores as barganhas políticas não beiram às bagatelas que o povo pede a seu candidato em troca de seu voto. O que dizer, então, das coligações? Dos acordões de plenário, de gabinetes? O voto popular não decide caráter de político. Não há purismo em política, isto é besteira. O que a imprensa quer nos fazer acreditar? Já não bastasse a desgraça política do país e ainda tem jornalista que delega a culpa por esta desgraça ao POVO. E diz-se: "Não venda seu voto, pois depois será pior". Deixemos de hipocrisia, repito, na República do individualismo e do capitalismo não há espaço para solidariedade política. Isto é lição do Jardim da Infância política.

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