SEI MUITO BEM qual é a opinião dos PÓS-GRADUADOS a respeito do pastor Silas Malafaia (Assembleia de Deus Vitória em Cristo do Rio de Janeiro); e não é nada boa. Bom, devo dizer da minha profunda admiração por este sargentão do cristianismo carioca. Tenho apreço pelos posicionamentos heroicos, ações quase agônicas, do pastor. Do outro lado, evidente, os pós-graduados e suas teorias doidonas, superiores como a teoria de gênero (gender studies), a teoria queer (queer theory), etc. QUALQUER IMBERBE CRIATURA que procurar aventurar-se pelos magnânimos trabalhos dos pós-graduados em matéria de gênero e sexualidade será levado a uma conversão intelectual. E sobre alguns "temas" há enormes pedras que não devem ser removidas. Não me delongarei mais neste ponto.
O fato é que o pastor Silas Malafaia resolveu atacar o PAPA Francisco. Afirmou:
Faltou ao Papa a firmeza de dizer que a prática homossexual é pecado. Uma maneira subjetiva e covarde de não assumir uma posição firme que a Bíblia não negocia
É EXATAMENTE NESTA HORA que os pós-graduados saem em defesa dos homossexuais, da sua salubridade, da sua naturalidade e da sua completa normalidade nos dias atuais. O PAPA parece ter se esquivado do tema, isto é, esquivou-se a considerá-lo em suas dimensões mais complexas tanto teológica, quanto cientificamente. Malafaia cobrou uma posição teológica mais positiva do PAPA que não veio. Daí dele dizer que o PAPA Francisco, ao que pareceu, deu os primeiros sinais de que o "lobby gay" dentro da própria instituição (Igreja Católica) estaria surtindo alguns efeitos. Na opinião científica, claro, dos pós-graduados, Malafaia é um retardado que faz uso da Bíblia para se promover e promover o ódio aos homossexuais (homofobia). A luta entre Malafaia e os pós-graduados é IDEOLÓGICA.
OS GAYS e a sua PAIXÃO
PORTANTO, a defesa homossexual ou da homossexualidade - chamemo-la assim em respeito aos pós-graduados que estudam o tema - chegou a uma dimensão muito profunda. Tão profunda que, guardada as devidas proporções, podemos dizer que o significado da CRUZ para o cristão tem o seu correlato na INJÚRIA sofrida por gays medida pela qual o pós-graduado monta seu circo analítico. Como diz um grande estudioso, Didier Eribon:
No começo, há a injúria. Aquela que todo gay pode ouvir num momento ou outro de sua vida, e que é o sinal de sua vulnerabilidade psicológica e social. "Viado nojento" ("sapata nojenta") não são simples palavras lançadas en passant. São agressões verbais que marcam a consciência. [...] uma das consequências da injúria é moldar a relação com os outros e com o mundo. E, por conseguinte, moldar a personalidade, a subjetividade, o próprio ser de um indivíduo (Eribon, 2008: 27)
VOLTEI
"Injúria" como sinal de VULNERABILIDADE PSICOLÓGICA E SOCIAL, mas também como artífice da subjetividade (esta é uma visão muito limitada a meu ver, pois é preciso considerar o rompimento e a coragem homossexual em relação a ordem do discurso vigente). Um ser que sofre em detrimento de sua condição sexual (sua paixão). É uma mensagem demasiadamente SEDUTORA, que nos envolve, que age, realmente, na nossa CONSCIÊNCIA com fortes APELOS CRISTÃOS. A injúria está para os homossexuais como a cruz para Jesus. Eis aí uma vitimização e mais do que isto... Um verdadeiro domínio. Que sabe escavar mais fundo, quem é bom psicólogo, quem tem uma boa visão e é fisiologicamente escalado percebe logo as armadilhas discursivas que o pós-graduado (o grande cientista bondoso, desinteressado) arma. Retirando o homossexual às portas do inferno lança-o nos calabouços, nas perpétuas grades do seu fazer científico. O homossexual já não é nem doente, nem endemoniado, mas uma vítima da SOCIEDADE, pelo menos, da parcela heterossexual. É o pós-graduado o autor de sua "salvação".
TRANSEXUALIDADE
O GOVERNO FEDERAL (Ministério da Saúde) resolveu por meio de portaria baixar para 16 anos o processo de readequação ou de redesignação sexual. A portaria prevê que uma equipe multiprofissional esteja unânime na decisão. Os menores terão que ter a autorização dos responsáveis para dar início ao seu processo.
Decisão muito acertada, a meu ver. Só falta agora parlamentares se mexerem e aprovarem uma lei que facilite o acesso gratuito de transexuais a hormônios femininos (estrógeno). Afinal de contas, elas pagam todos os impostos que qualquer um de nós.