sábado, 10 de dezembro de 2011

DE NOVO: nordeste e nordestinos são ALVOS dos ataques intelectualóides de alguns brasileiros


Uma usuária do Twitter identificada como Sophia Fernandes (@SophiaOfDreams) está causando revolta na rede social desde a noite de quinta-feira (8) por ofensas à região Nordeste do país. Paraibanos rebatem a internauta e ‘nordestino’ é o assunto mais comentado no twitter aqui no estado e a hashtag #NordestinoSimSenhor é uma das mais tuitadas no Brasil. "O twitter ta virando vaso sanitário... muita merda twittando. (Oimacacos)-nordestinos-piauienses-cearenses... , saindo aqui, bjs", escreveu Sophia. As postagens da usuária, que tem mais de 36 mil seguidores, acabaram causando revolta no twitter, gerando a hashtag #orgulhodesernordestino. A palavra "Nordeste" está nos trending topics do twitter, que reúnem os assuntos mais comentados do microblog. As ofensas começaram quando Sophia comentou uma hashtag criada pelos piauienses para falar sobre termos que são usados como insultos no Piauí. "#insultopiauiense insulto é essas merdas existirem, falo mesmo...", escreveu Sophia. A maioria dos xingamentos é voltado justamente para o Piaú e Teresina, mas outros estados não escaparam. "Só os cabeça de bosta. #insultoCearense", "bahia=macumbeiros", escreveu. Diante da reação dos outros usuários, Sophia disse que estava usando a liberdade de expressão para se manifestar. "Legal, agora eu sou neo nazista, pratico xenofobia.. só porque não entendo, conheço e desprezo o nordeste". Ela ainda citou a eleição de Dilma Rousseff de maneira indireta, atribuindo a vitória da petista, que classifica de corrupta, aos nordestinos. "Querem falar de Justiça.. Justiça deve ser feita contra vocês.. que colocam em toda eleição um governo corrupto.. que só ilude vocês.. (PT)". O petista Tarso Genro é governador do Rio Grande do Sul. Para a jovem de 18 anos, suas colocações não são caso de Justiça. "O Governo Brasileiro, Ministério da Justiça, povo brasileiro no geral é estranho... trata o nordeste como fragil e intocavel". Em seu perfil, Sophia se descreve como "18 anos, taurina, GRÊMISTA". Ela tem conta também no Orkut, Formspring e Facebook - neste último, diz gostar de sites de humor negro.

Na tarde desta sexta-feira (09), Sophia Fernandes continuou as agressões aos nordestinos.

SOMOS: Resolveu divulgar vídeo cheio de ironias e críticas... Meio pastiche, mas vale a pena conferir: VEJA VÍDEO


VEJA e o ESCÂNDALO: PT usou estelionatário para desencaminhar CPI dos Correios. Escutas da PF revelam como deputados petistas encomendaram a Lista de Furnas para incriminar opositores, no auge do mensalão. Há dois anos, o mesmo falsificador tentou entregar documento forjado ao STF


No começo de 2006, a chamada Lista de Furnas quase enterrou a CPI dos Correios, que investigava o mensalão, maior escândalo do petismo. O documento elencava doações irregulares de campanha, no valor de 40 milhões de reais, a adversários do governo Lula, e serviria para mostrar que práticas escusas de financiamento não eram adotadas apenas pelo partido do presidente, mas seriam comuns a todas a legendas. Poucas semanas depois, porém, descobriu-se que a tal lista não passava de grosseira falsificação. A edição de VEJA que chega às bancas neste sábado finalmente revela como o documento foi forjado por um notório estelionatário, por encomenda de dois deputados petistas de Minas Gerais, com incentivo e apoio da cúpula nacional do partido.
VEJA teve acesso a conversas gravadas pela Polícia Federal com autorização judicial, no primeiro semestre de 2006. Elas evidenciam que o estelionatário Nilton Monteiro - preso em outubro deste ano por forjar notas promissórias - agiu sob os auspícios dos deputados Rogério Correia e Agostinho Valente (hoje no PDT) com o objetivo de fabricar a lista. Há diálogos seguidos entre Monteiro e Simeão de Oliveira, braço direito de Rogério Correia. Os dois discutem os padrões das assinaturas de figuras importantes da oposição naquele momento, como o líder da minoria na Câmara, José Carlos Aleluia, do DEM, e o então líder do PSDB, Antônio Carlos Pannunzio. Em troca das falsificações, Monteiro, além de receber pagamento diretos, exigia a liberação de recursos em bancos públicos. É o que demonstram as gravações.
Embora a Lista de Furnas tenha sido desacreditada ainda em 2006, Nilton Monteiro esteve em Brasília, há dois anos, para tentar apensar ao processo do mensalão, que corre no Supremo Tribunal Federal, um recibo em que o ex-presidente do DEM, Rodrigo Maia, assumiria o recebimento de 200 000 reais do caixa da estatal de energia. Relator da causa no STF, o ministro Joaquim Barbosa rejeitou o documento - outro óbvio embuste. Em sua visita à capital, Monteiro foi ciceroneado pelo advogado petista William dos Santos, próximo do deputado Correia e de José Dirceu, principal réu do mensalão. Na ocasião, os dois visitaram também o gabinete de Ideli Salvatti, hoje ministra de Relações Institucionais, então no exercício de seu mandato como senadora. Procurada pela revista, Ideli negou o encontro.
Leia abaixo um trecho das gravações obtidas por VEJA. O interlocutor é Simeão de Oliveira, assessor do deputado Rogério Correia:
Nilton: Vou acabar com eles tudinho. Agora, é o seguinte: você tem que me dar proteção, porque eu estou precisando. Não interessa só isso não. Eu quero aquele negócio que foi escrito no papel, que o Agostinho fez.
Simeão: Mas aí eu não vou discutir o negócio do Agostinho (ex-deputado federal petista Agostinho Valente) com você, não.
Nilton: Eu sei que você não vai discutir, mas pode saber que... é aquilo que eu preciso.
Simeão: Não, mas eu...
Nilton: São aqueles negócios que eu pedi da Caixa e do Banco do Brasil, pra liberar pra mim urgente no BNDES, lá.
Simeão:Não, isso eu não vou discutir, não.