quinta-feira, 29 de agosto de 2013

A tormenta: nossa patética civilização e as RELAÇÕES DE PODER

ESTOU REALMENTE ARRASADO faz alguns dias e os motivos são desimportantes, mas tem algo a ver com o que  vou "discutir" neste texto. As pessoas ANDAM DEMASIADAMENTE À FLOR DA PELE. Quero dizer, exatamente, que qualquer palavra que não esteja no seu script cotiano já lhes parece uma ENORME OFENSA. "A novidade", no entanto, é que para que você sobreviva entre lobos e cordeiros desta nossa patética civilização você precisa ora comportar-se como um cordeiro entre cordeiro e lobo entre lobos. Jamais use em qualquer situação - mesmo que você esteja seguro de que não vai ofender ninguém - palavra do tipo: idiota, imbecil, câncer, deboche, gargalhada, etc. Use sempre o "bom tom", afinal, você é um indivíduo civilizado e as pessoas te cobrarão isto. Já aí se assiste a mais um circo em que os palhaços cobram sempre e engenhosamente gravidade, seriedade. Bom, talvez, vocês não estejam entendendo nada. Vou direto ao assunto. 
Assim que comecei a ler os portais de notícia - aqui mesmo de João Pessoa - dou de cara com uma "arenga" entre o ex-prefeito da capital Luciano Agra (PEN) e o secretário de saúde do Estado Waldson de Sousa. Troca de farpas e ajustes gramaticais dão o tom do "debate". Para idiotas - licença da má palavra - a guerrinha entre eles poderia ser lida ao nível da subjetividade, da pessoalidade. Não, não é. Vá mais fundo, mais distante, tenha coragem de encarar o escuro das baixíssimas altitudes. O que aparece na superfície engana. É um instrumento fraco, inclusive, que não resiste a uma rápida análise mais fundamentada. Eles brigam pelo PODER fazendo uso de seus poderes, dos lugares de poder onde se acha cada um situado. É uma guerra. As características de subjetividade, pessoalidade aí que se apresentam são falsas, perigosamente, falsas. Lançam mão de todo tipo de ações. Ações que procuram agir sobre as ações do outro (clássica oração de Michel Foucault para caracterizar o que ele chama de RELAÇÕES DE PODER e para ele QUALQUER RELAÇÃO é relação de poder) não estão desinteressadas e o interesse é DOMINAR ou manter o domínio. Mas, o ridículo nisto tudo é que as ações não são PURAS; elas estão recheadas, sortidinhas dos PIORES VALORES cristãos: a ofensa, a antipatia, a dor, a angústia, o respeito ou desrespeito, enfim. O que ofende são menos as PALAVRAS (Foucault também ensina que AS PALAVRAS NÃO CORRESPONDEM ÀS COISAS), mas a ação que se superpõe a ações de outro retirando dela ou as esvaziando de seu conteúdo moral, dominador, etc., é sempre diagnosticada como perigosa, insubordinada, ofensiva, desrespeitosa. Para quem numa disputa pretende GANHAR A QUALQUER CUSTO e ver, assim, de uma hora para outra suas ações sendo "enterradas" - mesmo que por uma subjetividade - por alguma outra ação subjetiva (de descrédito ou desrespeito por parte do outro) significa o começo do fim: aqui está, então, o motivo de cobranças de respeito ou o sentimento de está sendo ou foi ofendido (baixeza dos instintos ou instrumento ilegal da moral rsrs). Isto é traduzido na superfície das relações (o que parece ser) como OFENSA, DESRESPEITO e o termo que você quiser dotar para significar. Este é um bom exercício intelectual para quem quiser começar a entender um pouco de Foucault, isto é, começar a perceber estes pontos frágeis que muita gente usa para poder continuar dominando ou gerindo bem o seu próprio domínio. Abaixo você mesmo pode conferir o "debate" via twitter entre o ex-prefeito Luciano Agra e o secretário de saúde do Estado Waldson de Sousa. Não esqueça de esquecer o APARENTE (o que parece ser ofensas, etc) para focar-se no que realmente importa: a relação de poder. Tenho dito!!!!

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

sábado, 10 de agosto de 2013

Uma militância apodrecida e uma viadagem esfalecida: onde será que foram parar as velhas loucas de antigamente?

APÓS 1969 o mundo não seria mais o mesmo. 1969 é um ano bastante emblemático para os gays, lésbicas, travestis, enfim, para os LGBT's de um modo geral. 1969 se transformou numa data limítrofe. Quero dizer, exatamente, é a data em que todo o esplendor das bichas loucas de antigamente se encerrava para dar lugar a uma espécie homossexual ressentida, cheia de direitos e deveres, cheia de orgulho, cheia de vontade e tendência para o normal: é o período de sua politização. Muitos intelectuais que estão ligados ao (s) estudo (s) da (s) homossexualidade (s) são coesos em afirmar que 1969 é um ano libertador para os homossexuais. Mas, este é um entendimento ressente, fruto de concepções políticas bastante deprimentes. Com boas razões poderíamos indagar se a partir de 1969 os homossexuais não entravam numa malha discursiva bastante conservadora e  o que parecia ser o mote de sua liberação/libertação não transcendia muito a mais um grilhão e jaulas de ferro. Comparando a "bicha louca" com o homossexual de Estado (higienizado de seus ademanes e perturbações de toda ordem) o que encontramos é um processo de decadência em que a bicha louca é levada ao processo de normalização. 
Os grandes intelectuais que se dedicaram a estudar a homossexualidade, seduzidos por ideias de democracia absolutista (perdoe-me o palavrão), foram forçados a delinear, a esboçar a fragilidade homossexual, a sua condição forçada de anormal, a procurar inverter um discurso de ordem, a situar homossexuais  nas mais baixas esferas da sociedade, isto é, foram obrigados a também, por comparação tosca, a inventar lugares abjetos para então localizar aí os homossexuais... Eis o que eu chamo de processo intelectual de vitimização homossexual. Os grandes intelectuais inventaram pois uma fisiologia para um olhar e uma tradição para uma compreensão. Os homossexuais estavam desde aí, então, fadados a serem vistos a partir de um fisiologismo intelectual que partia de uma ordem moral e axiológica dominante para denunciá-la da maneira mais ressentida possível naquilo que eles inventaram como frágil e desprotegido: o homossexual.
HOJE QUALQUER IDIOTA recém chegado aos bancos universitários reproduz determinadas máximas político-científicas criadas por estes grandes intelectuais. São os herdeiros de uma cultura intelectual geralmente inquestionável. 
Isto, pois, parece ser reflexo do que acontece na Rússia atual. A imprensa internacional anuncia a falta de compromisso do governo russo com a agenda LGBT e de sua conivência a todo tipo de constrangimento a homossexuais como a despeito dos vídeos que estão sendo produzidos por neonazistas daquele país e divulgados pelo Youtube. O governo russo sancionou uma lei que proíbe a divulgação, o alardeio, a propaganda de relações sexuais (leia-se, de sexualidade) não heterossexuais, ou seja, dentre tantas a homossexualidade se acha inclusa. Os ativistas gays na Rússia estão descrentes quanto a uma forma de penalização aos agressores dos homossexuais, uma vez que, o próprio governo foi quem primeiro anunciou uma lei contrária às manifestações homossexuais. Bom, diante de um caso como este, quem no mundo inteiro não diria que os homossexuais russos estão sendo humilhados, enxovalhados, maltratados, tendo seus direitos cerceados e penalizados por um crime que não cometeram? Todo o nosso piedoso humor cristão entra em cena com seus mil tentáculos científicos para denunciar a crueldade dos dominantes. Somos levados a acreditar que estamos vivendo em uma sociedade, em uma civilização e que num tal  grau de desenvolvimento humano ações "bárbaras" como estas já deveriam ter sido extintas (moral do humilhado). Somos levados a pensar e a compartilhar de ideais civilizatórios como ideais que teletransportam o animal ao social e dota-lhe, por isto mesmo, de grandezas humanas inquestionáveis. Mas, parece, está cada vez mais próximo o dia em que todas estas fanfarrices e meninices do conhecimento chegarão, enfim, ao seu fim. 
OS HOMOSSEXUAIS não são apenas vítimas, o lado frágil dessa luta que necessita de ajuda e compaixão. Os homossexuais um dia foram aquele lado mais cruel e aterrador que, real e fatidicamente, ameaçou o discurso de ordem. Mas, assim que foram cooptados pelos ideais democrata-absolutistas, a ver na desordem um crime contra a ordem, a aceitar direitos e a cumprir deveres entrou para um período que se poderia chamar de a grande madrugada silenciosa. Os homossexuais ainda podem virar o jogo se começarem a quebrar primeiro as imagens que foram forjadas para os aprisionar nesta figura ridícula de indivíduos frágeis, medrosos e humilhados, etc; segundo se sacarem a velha bicha louca de antigamente como referência "apocalíptica" para um novo Stonewall in. Tenho dito!

domingo, 4 de agosto de 2013

Odes para uma tradição cansada: até Gilvan Freire tem seu dia de Lourdes Sarmento

NÃO SEI se o último texto do ex-deputado Gilvan Freire é reflexo da onda de protestos moralistas que acossou o país, mas se for imagino que até a "direita" agora tenta um novo golpe ideológico: oferecer reflexões esquerdistas no campo mesmo da própria direita. De qualquer forma, Gilvan Freire se mostra afinadinho com os ideais de uma nova classe de revolucionários - a classe média brasileira e alguns partidos de esquerda -. Em um trecho diz Gilvan comentando o caso Veneziano:

Não faz mal que existam ações ou condenações de homens públicos e gestores nessa ruína moral desmoralizante em que se transformou o setor público no país inteiro. Se o povo soubesse o que acontece nos bastidores da administração pública e o grau de perversiamento do Tesouro, não só enxotava a pau a maior parte dos mandatários políticos como, possivelmente, os lincharia e os esquartejaria, tamanho o banditismo que incrustou-se na máquina estatal

VOLTEI
O que, talvez, não saiba Gilvan - a propósito, como todo o pessoal de esquerda - é que O POVO sabe. Mas, o "banditismo" que "incrustou-se na máquina estatal" tem os meios legais, bem como, a administração da violência constitucional para brecar qualquer tentativa de insurreição. Gilvan continua:

Houvesse uma revolução irada contra todos os que se locupletam do dinheiro público, na forma direta de alcance ou mediante conluio de autoridades que se omitem e se favorecem, haveria o fuzilamento coletivo de gente bacana de todos os poderes. Se pelos meios pacíficos não for possível afastar os ratos de onde são armazenados os queijos da população (dinheiro da educação, saúde, segurança e outros importantes programas sociais), ai não tem jeito: é desarmar as ratoeiras que não funcionam, porque muitas são cuidadas por outros vadios, e partir para o cacete, que é ainda arma poderosa para eliminar gabirus.

VOLTEI TRAVEZ
Palavras tão bem colocadas, mas de teor político tão pobre... É muito mais uma espécie de regurgitação ideológica do que propriamente reflexos de suas ações pessoais. Gilvan esqueceu de colocar uma pergunta e de respondê-la: após a revolução quem governaria os Paços Estatais Brasil a dentro? Deveríamos crer que os "revolucionários de prontidão" são tão ou mais humanos do que os nossos irmãos cristãos? Tenho dito!!!!

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Amor à vida: a defesa da homossexualidade na novela do horário nobre

A SUTILEZA com que foi tratada a agenda gay ontem na novela foi um escândalo. De repente, o vilão foi posto de lado, havia um assunto muito mais importante e de maior URGÊNCIA a tratar: a homossexualidade. Um gay "traído", sobrevivente do ARMÁRIO dando chiliques heterossexuais de machão corneado; a revelação de um pai que jogou nos braços do filho uma "mulher da vida" para que o filho não herdasse a "danação eterna", não envergonhasse com seus ademanes o seu nome, o nome de sua família. De repente, tudo vem à tona. Tudo ridiculamente preparado para que uma "forma/possibilidade" de fazer sexo, amor, de comportar-se pudesse ser compreendida pelo grande público daquela noite brasileira.
De repente, as EMOÇÕES À FLOR DA PELE. A melhor defesa - por isto mesmo a mais vergonhosa -, na minha opinião, da teledramaturgia brasileira em prol da homossexualidade. O vilão gay "gritando" para os familiares que se achava ANORMAL e a mãe bondosa aceitando seu filho de braços abertos, dizendo que ele não era ANORMAL. A avó materna cita até seus vizinhos gays como uma forma de demonstrar a "naturalidade" e a "normalidade" de se ser gay mesmo na idade que ela tem - o velho pode compreender o novo, a "novidade" -. Até o filho do vilão tantas vezes HUMILHADO pelo pai abraça-o e garante ter sido aquele abraço o primeiro realmente sincero do pai quando, na verdade, poderia ter jogado na cara do pai todas as humilhações porque já passara. CENAS DE UM FORTE APELO CRISTÃO, comoventes.  
Ficou mesmo para o pai do vilão (FÉLIX) - Antônio Fagundes (Dr. César) - o trabalho de personificar a decepção e o ódio a homossexualidade (a virilidade estava em alta), a unidade sintética de todos os valores contra a homossexualidade. Um rompante que a sua senhora (personagem interpretada por Susana Vieira) se indaga se é verdadeiramente com um "homem deste século" com quem conversa, com um médico, um homem supostamente esclarecido. 
COMPREENDIDO por quase todos os lados, o gay pôde respirar mais aliviado. Aberta, na verdade, escancarada a porta do ARMÁRIO, parece, é esta mesmo a mensagem, pelo menos, uma delas, o homossexual pode viver a sua verdade, quem é de fato. O discurso, então, muda um pouco o tom de afirmação, de orgulho, de tolerância, compreensão para entrar em perspectivas metafísicas.
Enfim, os gays já podem dormir um pouco mais aliviados... A Globo cumpriu com o seu papel social. Melhor do que um beijo como a grande defesa foi a formação de uma nova mentalidade. Tenho dito!!!

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Silas Malafaia, o PAPA Francisco, os gays e a sua paixão e a transexualidade

SEI MUITO BEM qual é a opinião dos PÓS-GRADUADOS  a respeito do pastor Silas Malafaia (Assembleia de Deus Vitória em Cristo do Rio de Janeiro); e não é nada boa. Bom, devo dizer da minha profunda admiração por este sargentão do cristianismo carioca. Tenho apreço pelos posicionamentos heroicos, ações quase agônicas, do pastor. Do outro lado, evidente, os pós-graduados e suas teorias doidonas, superiores como a teoria de gênero (gender studies), a teoria queer (queer theory), etc. QUALQUER IMBERBE CRIATURA que procurar aventurar-se pelos magnânimos trabalhos dos pós-graduados em matéria de gênero e sexualidade será levado a uma conversão intelectual. E sobre alguns "temas" há enormes pedras que não devem ser removidas. Não me delongarei mais neste ponto.
O fato é que o pastor Silas Malafaia resolveu atacar o PAPA Francisco. Afirmou:

Faltou ao Papa a firmeza de dizer que a prática homossexual é pecado. Uma maneira subjetiva e covarde de não assumir uma posição firme que a Bíblia não negocia

É EXATAMENTE NESTA HORA que os pós-graduados saem em defesa dos homossexuais, da sua salubridade, da sua naturalidade e da sua completa normalidade nos dias atuais. O PAPA parece ter se esquivado do tema, isto é, esquivou-se a considerá-lo em suas dimensões mais complexas tanto teológica, quanto cientificamente. Malafaia cobrou uma posição teológica mais positiva do PAPA que não veio. Daí dele dizer que o PAPA Francisco, ao que pareceu, deu os primeiros sinais de que o "lobby gay" dentro da própria instituição (Igreja Católica) estaria surtindo alguns efeitos. Na opinião científica, claro, dos pós-graduados, Malafaia é um retardado que faz uso da Bíblia para se promover e promover o ódio aos homossexuais (homofobia). A luta entre Malafaia e os pós-graduados é IDEOLÓGICA.

OS GAYS e a sua PAIXÃO

PORTANTO, a defesa homossexual ou da homossexualidade - chamemo-la assim em respeito aos pós-graduados que estudam o tema - chegou a uma dimensão muito profunda. Tão profunda que, guardada as devidas proporções, podemos dizer que o significado da CRUZ para o cristão tem o seu correlato na INJÚRIA sofrida por gays medida pela qual o pós-graduado monta seu circo analítico. Como diz um grande estudioso, Didier Eribon:

No começo, há a injúria. Aquela que todo gay pode ouvir num momento ou outro de sua vida, e que é o sinal de sua vulnerabilidade psicológica e social. "Viado nojento" ("sapata nojenta") não são simples palavras lançadas en passant. São agressões verbais que marcam a consciência. [...] uma das consequências da injúria é moldar a relação com os outros e com o mundo. E, por conseguinte, moldar a personalidade, a subjetividade, o próprio ser de um indivíduo (Eribon, 2008: 27)

VOLTEI
"Injúria" como sinal de VULNERABILIDADE PSICOLÓGICA E SOCIAL, mas também como artífice da subjetividade (esta é uma visão muito limitada a meu ver, pois é preciso considerar o rompimento e a coragem homossexual em relação a ordem do discurso vigente). Um ser que sofre em detrimento de sua condição sexual (sua paixão). É uma mensagem demasiadamente SEDUTORA, que nos envolve, que age, realmente, na nossa CONSCIÊNCIA com fortes APELOS CRISTÃOS. A injúria está para os homossexuais como a cruz para Jesus. Eis aí uma vitimização e mais do que isto... Um verdadeiro domínio. Que sabe escavar mais fundo, quem é bom psicólogo, quem tem uma boa visão e é fisiologicamente escalado percebe logo as armadilhas discursivas que o pós-graduado (o grande cientista bondoso, desinteressado) arma. Retirando o homossexual às portas do inferno lança-o nos calabouços, nas perpétuas grades do seu fazer científico. O homossexual já não é nem doente, nem endemoniado, mas uma vítima da SOCIEDADE, pelo menos, da parcela heterossexual. É o pós-graduado o autor de sua "salvação".

TRANSEXUALIDADE

O GOVERNO FEDERAL (Ministério da Saúde) resolveu por meio de portaria baixar para 16 anos o processo de readequação ou de redesignação sexual. A portaria prevê que uma equipe multiprofissional esteja unânime na decisão. Os menores terão que ter a autorização dos responsáveis para dar início ao seu processo. 
Decisão muito acertada, a meu ver. Só falta agora parlamentares se mexerem e aprovarem uma lei que facilite o acesso gratuito de transexuais a hormônios femininos (estrógeno). Afinal de contas, elas pagam todos os impostos que qualquer um de nós.