domingo, 4 de agosto de 2013

Odes para uma tradição cansada: até Gilvan Freire tem seu dia de Lourdes Sarmento

NÃO SEI se o último texto do ex-deputado Gilvan Freire é reflexo da onda de protestos moralistas que acossou o país, mas se for imagino que até a "direita" agora tenta um novo golpe ideológico: oferecer reflexões esquerdistas no campo mesmo da própria direita. De qualquer forma, Gilvan Freire se mostra afinadinho com os ideais de uma nova classe de revolucionários - a classe média brasileira e alguns partidos de esquerda -. Em um trecho diz Gilvan comentando o caso Veneziano:

Não faz mal que existam ações ou condenações de homens públicos e gestores nessa ruína moral desmoralizante em que se transformou o setor público no país inteiro. Se o povo soubesse o que acontece nos bastidores da administração pública e o grau de perversiamento do Tesouro, não só enxotava a pau a maior parte dos mandatários políticos como, possivelmente, os lincharia e os esquartejaria, tamanho o banditismo que incrustou-se na máquina estatal

VOLTEI
O que, talvez, não saiba Gilvan - a propósito, como todo o pessoal de esquerda - é que O POVO sabe. Mas, o "banditismo" que "incrustou-se na máquina estatal" tem os meios legais, bem como, a administração da violência constitucional para brecar qualquer tentativa de insurreição. Gilvan continua:

Houvesse uma revolução irada contra todos os que se locupletam do dinheiro público, na forma direta de alcance ou mediante conluio de autoridades que se omitem e se favorecem, haveria o fuzilamento coletivo de gente bacana de todos os poderes. Se pelos meios pacíficos não for possível afastar os ratos de onde são armazenados os queijos da população (dinheiro da educação, saúde, segurança e outros importantes programas sociais), ai não tem jeito: é desarmar as ratoeiras que não funcionam, porque muitas são cuidadas por outros vadios, e partir para o cacete, que é ainda arma poderosa para eliminar gabirus.

VOLTEI TRAVEZ
Palavras tão bem colocadas, mas de teor político tão pobre... É muito mais uma espécie de regurgitação ideológica do que propriamente reflexos de suas ações pessoais. Gilvan esqueceu de colocar uma pergunta e de respondê-la: após a revolução quem governaria os Paços Estatais Brasil a dentro? Deveríamos crer que os "revolucionários de prontidão" são tão ou mais humanos do que os nossos irmãos cristãos? Tenho dito!!!!

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