Apesar de não gostar, de não enxergar a menor importância no FENART eu me solidarizo com aqueles que gostam, fazem e não poderão fazer, nem ter o FENART este ano porque o governo do Estado assim o quer. Pois bem, repercuto aqui o texto do mestre Fuba, ex-vereador, mas é melhor qualificado como ativista cultural. Quem quiser que
leia!FENART JA!
17 de Maio de 2011 - 12h13
É impressionante a falta de compromisso que existe na Paraíba. Não precisa ir muito longe nem tão pouco disfarçar o passado com justificativas inverídicas e contraditórias. Quando o Governo quer, faz! Em meados de 2009, quando ainda na gestão do Governador José Maranhão, foi anunciado que não aconteceria o Festival Nacional de Artes (Fenart), o coletivo cultural do então Prefeito e hoje Governador Ricardo Coutinho, caiu de pau em cima dos gestores da cultura do Estado, mobilizando artistas e ativistas culturais para um grande protesto em torno da realização deste importante evento. Obviamente, como produtor e agente cultural, apoiei todas as manifestações em favor da realização do mesmo, chegando até a me indignar e me alinhar ao cordão das reinvidicações. O assunto, por diversas vezes, foi amplamente bombardeado em jornais, sites, redes sociais, programas de rádios e televisão, cobrando a importância da realização do evento. A pressão chegou ao plenário da Câmara Municipal solicitando do então Presidente da Funesc, Maurício Burity, o seu posicionamento. Vários parlamentares intercederam pressionando de todas as formas em favor do Festival. Foram marcadas audiências, debates, protestos e o governo, com todas as dificuldades, soube escutar e se responsabilizar por todos os seus atos. Vale, no entanto, lembrar que Maurício Burity, aliás, uma grata revelação como gestor daquela Fundação, assumiu no final de maio, praticamente no meio do ano, e era impossível começar a sua gestão realizando um evento de grande porte como o Fenart. Justiça seja feita! Assim, o Fenart aconteceu em 2010, e se não foi o esperado por uns pelo menos não deixou nada a desejar para outros. Aconteceu e foi muito bom para a Paraíba. Em seguida veio a bomba! O dinheiro de um dos patrocinadores, mas especificamente do Minc, falhou no repasse. Artistas e fornecedores reclamaram o não pagamento de cachês e o Governo mais uma vez foi penalizado. É bom lembrar também que o Festival aconteceu em ano eleitoral, e pela Lei, não se pode utilizar dinheiro público em época de eleição. Foi essa a principal razão do Ministério da Cultura não fazer o repasse. Acontece, porém, que o dinheiro proveniente do Ministério da Cultura, no valor de 354 mil, foi disponibilizado desde o dia 04 de Janeiro e já se encontra nos cofres da atual gestão. Ora, se temos uma rubrica específica para o Festival, inclusive com todos os contratos devidamente anexados, por que o Governo até hoje não pagou o restante dos fornecedores que trabalharam para o Festival? Onde se encontra a emenda do então Senador Roberto Cavalcanti de 600 mil reais destinados à Fundação? E o dinheiro que Luciano Cartaxo conseguiu, no valor de 500 mil com o Ministério de Turismo para realizar a reforma do Espaço Cultural? Se existe dinheiro em caixa, é só colocar a cabeça pra funcionar, formatar projetos e trabalhar com unhas e dentes para que o Festival aconteça pelo menos até o final do ano. É só querer! Seria uma boa oportunidade de o Governo começar a por em prática as promessas de campanha e sair do marasmo em que hoje se encontra nossa cultura. Boa oportunidade também para o artista paraibano quebrar o silencio, reivindicar seu espaço cada vez mais restrito e confuso, e tentar pelo menos arranjar uma forma de divulgar seu trabalho, já que o festival é reconhecidamente um evento nacional. E então gestores? O que esta faltando? Fenart Já!
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