Farei a citação do professor Sugata Mitra, do Massachussetts Institute of Technology (MIT), leiam atentamente, por favor:
O celular foi ficando
melhor, mais barato e rápido. Se eu tivesse que fazer uma previsão, diria que
ele vai desaparecer em 5 anos [...] O que a educação deve fazer quando os jovens
tiverem o Google nas suas cabeças? Como você vai saber que um contabilista é
mesmo um contabilista ou se ele está apenas usando o Google? O significado da
educação, do diploma, terá que mudar em menos de 10 anos
VOLTEI. É uma realidade. MODÉSTIA à parte, quando
eu ensinava no Ensino Médio eu já encorajava meus alunos a reagirem contra meus
colegas professores/as. Em que precisamente: no decoreba, na relação
alun@/professor@. As aulas de geografia eram uma chatice, as de língua
portuguesa davam sono. Sem falar que todos aqueles teoremas, toda aquela
trigonometria deixava os pobrezinhos atordoados e muitos me indagavam: "Prof. João, pra que tudo isso?". Eu lhes explicava que o problema não era o
conteúdo a ser passado, mas, como era passado: as escolas ainda insistem no
velho modelo tradicional e, pior, insistem na autoridade papal dos professores,
dos pedaBOBOS e dos diretores escolares. A escola de hoje não tem atrativo,
pior, é extensão de grandes presídios. As avaliações são idiotas, imbecis. A
propósito, alguém aí já se indagou o que querem os professores e o sistema
escolar com seu sistema de avaliação? Ah, alguém muito bem intencionado, ingênuo
dirá: "Mas, ora, João, evidente:
a avaliação é para medir o conhecimento do aluno". Será mesmo?
Só para que o meu leitor tenha ideia, as técnicas pedagógicas que hoje
conhecemos têm seu começo nas técnicas disciplinares militares (séc. 18), toda
a divisão em séries, mais atualmente, em anos, tem seu começo nas técnicas militares
de aproveitamento do tempo. O sistema de avaliação por nota é admitido e
praticado ainda hoje, mas sua intenção precípua está muito além de
auferir/medir APENAS o conhecimento que o aluno adquiriu, senão, em medir, realmente,
o grau de controle que a Escola/ESTADO/SOCIEDADE conseguiu ter sobre o aluno. Quando se fala em
CONTROLE, claro, estou me referindo também a um determinado tipo de saber que é
transmitido e DISCIPLINADO nas escolas. Não é à toa que as matérias também são
chamadas de disciplinas, enfim. Concordo com o prof. Mitra que é preciso mudar os métodos de ensino. A escola precisa adequar-se às novas realidades. Comecemos por trocar os professores mais velhos, aqueles com pouca formação ou com formação inicial muito precárias. Troquemos os professores moralistas, os cristãos falidos, os vassalos do poder institucional. Libertar a escola dos métodos, das disciplinas não é tarefa fácil e não compete a um poder legal. A escola mudará, será transformada, mas esta não será obra de ninguém: a própria realidade social forçará e passará por cima de qualquer ideia contrária. Tenho dito!!!!
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