Outro dia escrevi uma matéria sobre o ex-apresentador Rafinha Bastos em que ele fazia piada com a APAE: " CHATO PRA CARALHO: Rafinha Bastos fez piada com APAE e deve desembolsar mais 200 mil merréis". Então, um leitor, ao que parece, INDIGNADO resolveu fazer o seguinte comentário sobre o meu post e sobre outro comentário neste post em que diz o seguinte:
Robert Souza disse...
Ridículo. Texto fraco, sem argumentos concretos, só achismo. Tanto o
autor do texto como o comentarista são hipócritas. O que não lhes agrada deve
ser censurado. E daí que é a APAE? Ela está acima do bem e do mal? E daí que é
uma cantora de segunda filha de um sertanejo? E daí? Não gostou? Não veja.
Recomende negativamente. Mas proibir? Ah, façam-me o favor. Ok. Vocês deveriam
mudar-se para a República Islâmica do Irão.
Voltei. Pra começo de conversa não sei onde o Robert Souza viu apelo de
CENSURA no meu texto, mesmo, no comentário de outro leitor; o texto que escrevi
também não se pretende nem forte, nem fraco, é apenas um texto de opinião. No
meu post digo claramente que a piada do Rafinha Bastos do ponto de vista
político é bastante perigosa. Qualquer leitor MEDIANO entenderia, evidente.
Mas, há pessoas que preferem - por razões diversas - mirar-se na virilidade bem
humorada de um ex-apresentador que para sobreviver NECESSITA realizar tais
práticas. Ninguém está pedindo censura no país, quer dizer, pelo menos eu. O
fato é que quando se começa práticas de repúdio - disfarçadas com um humor
fraquinho, daquele tipo que ninguém sente a força e o poder - é preciso que
alguém denuncie. A piada sobre a APAE, claramente, coloca-nos em um cenário
entre o rapazinho NORMAL (super-inteligente) que faz piada com os ANORMAIS (os "mongas"). Rafinha diz ter internado seu pênis na APAE depois de usar um
preservativo com efeito RETARDANTE. O "efeito retardante" remete-nos diretamente e sem
rodeios para o que, talvez, Rafinha Bastos imagine que exista na APAE:
"RETARDADOS mentais". Isto é tão elementar... Veja que não é difícil, então, de começarmos a puxar mais
coisas: a eterna luta entre a razão e a loucura, entre a racionalidade e a
irracionalidade, entre o equilíbrio e o desespero e nós sabemos o que os racionais
fizeram com os irracionais, os loucos, os desequilibrados: para quem não tem
POUCA CULTURA, evidente, é a quem me refiro. Evidente, Rafinha não é o CRIADOR do
pré-conceito; é apenas o meio por onde ele passa, por onde ideias que não são
genuinamente suas expandem-se, ganham força, exercem um determinado poder,
circulam, provocam o riso, o deboche, a exclusão que é a natureza deste tipo de
humor. Para terminar... Nalguns CASOS a proibição deve ser sim francamente
admitida... Não devemos proibir o assassinato ou isto é pré-conceito demais
para os liberais do humor? Devemos permitir o estupro ou será muita caretice
imaginar o contrário? Tenho dito!!!!
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