sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

Pra ser jornalista tem que ser "dortô": o jornalismo é apenas uma cadeira do curso de História

TODO mundo sabe, pelo menos, imagino que saiba, que o JORNALISMO,  aquela forma de jornalismo mais ACADÊMICA é, na verdade, uma CADEIRA do curso de História. Entretanto, a maioria dos jornalistas, pelo menos, dos jornalistas que estão na imprensa escrevendo DEIXAM transparecer a completa ignorância de que são portadores. Tem jornalista confundindo FATO HISTÓRICO com opinião de boteco: do ponto de vista METODOLÓGICO é um deus-nos-acuda. Pessimamente mal formados nas Universidades GUARDAM um rei na barriga, EXIGEM agora a LEGALIDADE de uma profissão - a de jornalista - que, em tese, não se justifica muito. A profissão de Historiador aguarda na FRENTE para ser legalizada e até agora nada, a profissão de psicanalista do mesmo modo. Em tese, qualquer idiota pode fazer um levantamento de fontes históricas sem nunca ter estudado a história acadêmico-intelectualizada, a história política e escrever um verdadeiro TRATADO político-metafísico de Aristóteles aos contemporâneos naquela condição de história positivista. Repare aí nas manchetes dos jornais, nos jornalistas que mantém blogs na rede se o tipo de HISTÓRIA que praticam não a história tradicional do séc. XIX. São positivistas, supuram e fedem ao positivismo: discípulos incondicionais do velho Comte. Evidentemente, há uma parcela mais bem INFORMADA, mais bem FORMADA, que baixaram a crista e foram, de fato, estudar História, não letras, porque tem gente aí que acha que basta o jornalista ler os clássicos da literatura francesa e já está pronto para escrever sobre a realidade mambembe do povo brasileiro. O que dá a impressão é que exigem o reconhecimento de uma profissão por puro ORGULHO, talvez, queiram como os clínicos ser chamados de doutores, como os delegados são chamados de doutores. Ter um diploma de jornalista servirá para que? Claro, alimentar o BRIO daquele que seguramente dirá do alto de sua intelectualidade acadêmica: eu sou jornalista "dipromado": li os clássicos, li alguns tratados sociológicos, algumas coisas de economia e biologia, li também alguns romances de Machado de Assis e muitos tratados filosóficos sobre ética, estética e metafísica. Os jornalistas, na verdade, são personagens parnasianos. Tenho dito!!!!

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