sexta-feira, 3 de junho de 2011

Quanto vale uma passagem de ônibus de Mangabeira para a UFPB, por exemplo?

Vamos lá, então. Supondo que você saia de Mangabeira para a UFPB quanto você pagaria no busão lotado, com aquele cheiro de leite de colônia da vizinha do banco ao lado? Resposta exata: 2, 10! Supondo que você saia  do Bancários até a Vila Vicentina naquele buzão lotado, com o vizinho em pé, de braços erguidos exalando um melifluo KOUROS tipo Casa Chang, quanto você pagaria pela viagem? Resposta exata: 2, 10! Bom, você não desconfia de nada? Primeira coisa: os buzões estão sempre lotados, e se você prestar um pouquinho mais de atenção menos na saia da mocinha que vai solitariamente ouvindo uma música do mp3 (estratégia simpática para esquecer que se está em um buzão), perceberá que uma plaquinha informa o número de passageiros que devem ir sentados e em pé, agarrados feito macacos nos ferros do buzão. Bem, entre ir sentado e em pé, quanto você pagaria pela passagem de ônibus? Quem paga pra ir sentado paga o mesmo tanto de quem vai em pé, né? Você não desconfia que isto seja um desrespeito dos donos de empresas de ônibus? Bom, a capacidade de passageiros sentados e passageiros em pé nunca é RESPEITADA, na verdade, sempre sentimos que há muito mais gente sendo transportada do que de fato o buzão consegue suportar. Resultado: TEM GENTE GANHANDO ÀS NOSSAS CUSTAS. De quem é a culpa? Claro, do prefeito da capital e dos donos das empresas de buzão. Primeiro nunca o cobrador e o motorista são preparados; qualquer doente mental, esquizofrênico ou com alguma psicose orgânica PROFUNDA pode ser contratado para trabalhar. Não é à toa que tão comumente brigas de fogo são tidas nos buzões. A passagem de ônibus é um assalto, mas, claro, ninguém quer saber disto. No integração velhinhas disputam à tapas e cotoveladas a entrada no buzão assim que o ônibus pára. Lotação total e o ônibus ainda continua a admitir embarques pelo meio da rua. Chego a suar frio só em pensar que um dia eu possa carecer de novamente tomar este tipo de condução que já faz parte de um passado recente, mas, espero, definitivo. Ligo o som do meu carro enquanto percebo que os passageiros do buzão me olham e sorriem; uns fazem sinal de ônibus lotado... Ah, o sinal abriu, preciso pisar no acelerador. Tchau.

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