Que o Campeonato Paraibano de futebol é um dos mais longos dos calendários estaduais, isso todo mundo já está cansado de saber. Enquanto Santos, Internacional, Brasiliense, Cruzeiro, Bahia de Feira de Santana e outros clubes festejam seus títulos conquistados ontem, os times paraibanos ainda estão longe - mas muito longe - de conhecer o campeão por estas terras.
O fato de os clubes paraibanos não participarem da série A do Campeonato Brasileiro de futebol não exige o uso do estadual como pré-temporada, como acontece sobretudo nas regiões Sul e Sudeste. Mas não é esta a grande razão de termos uma competição tão esticada.
A presidente da FPF (Federação Paraibana de Futebol), Rosilene Gomes, de tão acostumada a gerir nosso futebol - está no comando desde 1987! -, tornou-se praticamente um "patrimônio" do esporte por aqui. Como tudo no Brasil, o país do arrumadinho, os dirigentes do futebol local a reelegem repetidamente, inclusive com apoio da CBF (já que os presidentes das federações têm votos nas decisões desta entidade, e a citada senhora é da trupe de Ricardo Teixeira). E o futebol, este, infelizmente, é apenas instrumento dos interesses desses grupos.
Contudo, após o episódio de pancadaria no jogo entre Botafogo e Treze, no dia 8 do corrente mês, e a decisão (bastante partidarista a favor do Botafogo, que entrou com liminar na Justiça desportiva contra o Galo) pela suspensão do jogo que este último faria contra o Campinense, no clássico da Borborema, parecem estar acabando com a paciência dos torcedores com a "Era Rosilene". No referido imbróglio, o trezeano Vavá saiu a comemorar o gol "metralhando" contra a torcida botafoguense. E como aqui tudo é razão para baixaria, a guerra entre os jogadores se instaurou dentro de campo. Contudo, o jogo suspenso que ocorreia na última quinta-feira, está remarcado para esta quarta (22).
Para tentar amenizar a barra, Rosilene participará de um amistoso de futebol feminino entre Brasil e Chile - preparatório para o Mundial da Alemanha que começa a partir do dia 26 de junho -, em Maceió, num gesto de apoio ao esporte feminino no país.
Mas por aqui, na província da Parahyba, o único apoio é mesmo ao amadorismo e ao escândalo.
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