As últimas declarações do novelista Agnaldo Silva CAUSARAM arrepios na Comunidade Gay. Antes de tecer meus comentários farei a citação da tuítada do novelista, em seguida, citarei os comentários do lobby gay, então, passarei a comentá-los.
Agnaldo Silva disse sobre os super-herois Comics saírem do armário:
Até nas histórias em quadrinhos?! Os gays precisam urgentemente voltar para os armários. Um pouco de discrição faz bem pra saúde, gente!
Lobby Gay:
Aguinaldo Silva nem parece aquele que por tanto tempo esteve por trás do primeiro jornal gay da história, Lampião, que circulou durante os anos 1978 e 1981
VOLTEI. Estou inteiramente de acordo com o novelista Agnaldo Silva; abro totalmente DIVERGÊNCIA ao comentário do Movimento Gay. As razões que me induzem a concordar com o novelista dizem respeito ao grau de DOMÍNIO que o indivíduo permite em relação à sua vida íntima quando diz para qualquer pessoa que é gay. Dizer-se gay significa em última análise empoderar as outras pessoas, a criar uma espécie de verdade SEXUAL, de gênero, a seu próprio respeito¹. Então, a pergunta que devemos nos fazer é se existe uma verdade sexual, de gênero. Para os que acreditam que Agnaldo Silva COSPE no prato que comeu, digo: entendo diferente. São pelas mesmas causas que Agnaldo ainda luta e é ainda em nome das mesmas causas que o novelista deseja que os gays voltem para os armários. É preciso ser PATOLOGICAMENTE IDIOTA para não compreender isto. O fato de uma pessoa dizer que é gay não deve criar uma verdade sobre ela, nem autorizar terceiros a falar em nome dela. Mas, o que faz o movimento gay? Mitologiza a sexualidade, solidifica o que é fluído, naturaliza o que é não tem nada de natural. É a isto que Agnaldo Silva reage. Foi com o "Crô" que Agnaldo Silva reagiu a um modelo HETEROSSEXUAL de masculinidade que o movimento gay adotou e anda apregoando: basta abrir as revistas gays do Brasil ou os concursos de Mister Gay e vocês verão do que estou falando. A propósito, basta consultar os livros que narram a luta dos homossexuais nas décadas de 1970 até o início de 1980 que se verá isto. É contra esta estapafúrdia ideia de tornar verdade o que não é verdadeiro, o de naturalizar o que não é natural que Agnaldo reage. O movimento gay tem muitos interesses e, certamente, o melhor e o maior deles não é defender o direito de pessoas civis gays, mas de arrebanhar quadros para uma política mesquinha e gozar do erário público, administrado por poucos. Agora se o movimento gay reage contra o novelista que tem um HISTÓRICO de luta, evidente, é porque reage a interesses feridos e não pela CAUSA GAY. Tenho dito!!!
¹ Muita gente se indagará, então, como é que ficam os direitos dos homossexuais. Darei apenas um exemplo: por que o casamento civil deveria ser adjetivado, isto é, qualificado numa forma? Os homossexuais devem lutar, pelo menos, é nisto que acredito, pela LIBERDADE DE CASAR CIVILMENTE, tirando a restrição, o termo GAY de sua luta. Qualquer pessoa, em tese, eis a grande luta, deveria poder casar com quem lhe desse na telha nem MOSTRAR antes O CRACHÁ de sua sexualidade. O direito de propriedade, de herança, etc. devem contemplar INDISTINTAMENTE os casais independente de suas sexualidades. A propósito, a sexualidade dos casais sequer deveriam estar em pauta em um assunto como este, posto que são garantias legais, não sexuais.
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