NÃO FAZ muito e a imprensa internacional noticiava, fartamente, a mais assustadora impossibilidade: um homem engravidar. Ah, mas de repente vieram os anatomistas, os fisiologistas, os biólogos, os pastores, padres, etc. para demonstrar a fraude. "Não é um homem, é um sapatão metido a macho". A gravidez era inconteste. Sim, a polêmica era se "aquilo" que estava grávido era homem ou mulher. Do ponto de vista da anatomia/fisiologia o que o discurso biológico consagrou, o que a religião sacralizou, sim, era uma mulher; as práticas de gênero, o desejo, o sentimento, a 'identidade' "d'Aquilo" eram masculinos, ou seja, era um homem, as práticas de macho, a sexualidade, deste ponto de vista, heterossexual. Vida contemporânea, difícil de ser entendida, uma vez que, os paradigmas culturais, sociais, científicos ainda são os do antigo regime de gênero. Para tentarmos compreender o mundo novo que se abriu inventamos termos novos, com direito a prefixação grega, latina, deixamos a plaga da obviedade e adentramos no caótico mundo de gênero que se constituiu. Nas Universidades do mundo muito debate. Um homem cujo genital é uma vagina dá a luz a uma criança linda. Rápido gritam os mais resistentes: "Vagina, ovário, trompa, etc, isto tudo é coisa de mulher!". E até inventaram que esta é a uma determinação natural, quer dizer, a natureza assim determinou. Um homem de vagina que deu a luz a uma criança, que é casado com uma mulher, que tem mais dois filhos... Uma família linda ao que parece. Contemporaneidade, eu te consagro. Enquanto isto, taradões da teoria de gênero procuram reafirmar a guerrilha contra a heterossexualidade por meio do que elevam ao status da diferença e apontam casos como este como emblemático. Um vizinho outro dia me disse: "Porra, João, mas que nóia, mano, será que é preciso tudo isso mesmo para saber que o cara pode ter vagina e a mina pênis?". É, a teoria de gênero precisa dá alguns passos para trás se quiser sobreviver alguns passos à frente. Tenho dito!!!!
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