domingo, 19 de fevereiro de 2012

UEPB: Professor Eli Brandão fala ao Blog do João, chama o governo do Estado de CALOTEIRO e o governador Ricardo Coutinho de "ingênuo"

EM uma matéria que publiquei aqui sobre a visão do senador Cássio Cunha Lima (PSDB) a respeito da LEI DE AUTONOMIA (UEPB) que garante os repasses financeiros àquela instituição o professor doutor Eli Brandão (pro-reitor de ensino de graduação) fez questão de comentá-la. Sem mais delongas, colarei seu comentário e em seguida volto para apreciá-lo.


Eli Brandão deixou um novo comentário sobre a sua postagem "UEPB: Cássio dá razão à reitora Marlene Alves, mas...": 


Como toda Lei é passível de interpretação, existe, consequentemente, a possibilidade de dubiedade. Mas não parece que foi isso o que ocorreu no caso do conflito entre o governo e a UEPB. O governador iniciou seu mandato no ano passado descumprindo a Lei de Autonomia Financeira. Para se justificar, formulou um discurso de apelo ao povo e às instituições, no qual solicitava compreensão de todos, pois o Estado estava "quebrado". Depois de um embate com a Universidade, firmou pacto público, no qual reconhecia o descumprimento da Lei, reconhecia o débito do Estado, inclusive o repasse do último duodécimo de dezembro de 2010, comprometendo-se a regularizar os repasses em setembro. A Universidade solidária à situação do Estado, confiou na PALAVRA e no DOCUMENTO do governador. “Setembro passou, outubro e novembro”, chegamos em dezembro e a palavra do governador foi jogada no ralo. Exceto se considerarmos que há certa ingenuidade do governador, que ele não compreendeu bem a Lei, que agiu assim porque está sendo mal assessorado, etc., como explicar o não cumprimento de sua palavra e o descumprimento da Lei? Doutro modo, só podemos entender que tudo isso foi caso bem pensado para usar o argumento do calote 2011 como pretexto para o golpe 2012. O texto compromisso do governo foi enviado às entidades, à reitoria, divulgado pela imprensa e inclusive no site do governo do Estado. Não há dubiedade neste ato, mas sim uma deliberada indisposição política, clara intenção de descumprir a Lei e brecar o crescimento da UEPB. É como se a UEPB tivesse que ser penalizada pelo fato de estar aplicando responsável e produtivamente os recursos públicos. Suposto que o governo estivesse diante da suposta dubiedade, estaria ele diante duas ou mais interpretações possíveis. Porque então escolheu essa e não aquela outra interpretação, já consagrada durante 7 anos pelas práticas dos governos anteriores?Claro. Prof. Eli Brandão (UEPB).


VOLTEI. Doutor Brandão, evidente, sei que o governador Ricardo Coutinho (PSB) usou mesmo de má fé e que o senador Cássio Cunha Lima (PSDB) ao dizer que a lei de AUTONOMIA DA UEPB permite entendimento dúbio ULTRAPASSOU os limites da leviandade. É público e notório o acordo, o que o senhor chama de pacto, feito com o governo do Estado. Também é fato que a UEPB ajudou a eleger este governo que aí está. Enfim, os arrependimentos são sempre bem vindos quando se tem a intenção de, através deles, construir um novo momento, um momento produtivo. De fato, acho que o senhor empregou bem o termo CALOTE. É isto que a UEPB tomou: um baita CALOTE do governo do Estado. Afinal, se o ex-governador e hoje senador Cássio Cunha Lima (PSDB) responsável por SANCIONAR a lei de autonomia daquela instituição hoje vem a público dizer que há DUBIEDADE na lei temos, no mínimo, que desconfiar dele, afinal, Cássio está amarrado por um PACTO esquisito com o atual governador Ricardo Coutinho. Em caso como este, em que se apela para o bom senso e o DIÁLOGO, nada mais reprovável. A Instituição (UEPB) não pode aceitar um diálogo neste nível. Que nível? O nível das fezes que o governo do Estado proporciona. Sempre que quiser comentar, doutor Brandão, à vontade. Daqui eu repercuto, expando a tua escrita, o teu pensamento, a tua crítica. Tenho dito!!!!

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