CARTA ABERTA AO POVO DA PARAÍBA
O Governador Ricardo Coutinho, quando na condição de ex-candidato ao Governo do Estado, em 2010, usou da boa-fé de homem cristão para dizer aos prestadores de serviço e pró-tempores que os mesmos não seriam vítimas da perseguição, e que juntos, iriam construir um novo Estado próspero para todos.
Infelizmente, o que a população paraibana tem assistido no primeiro ano de gestão é o "circo dos horrores" - o terrorismo psicológico. O governo tem utilizado o Ministério Público como desculpa para jogar no meio da rua 15 mil pais de famílias - muitos deles com mais de cinco anos de serviço prestado ao Estado, na faixa de idade entre 45 a 55 anos. O exemplo mais cruel da insensatez desse governo foi impedir o acesso de um servidor ao setor de trabalho. O Senhor Francisco, de 63 anos de idade e com 23 anos de serviço prestado a Escola Estadual Luiz Gonzaga Burity, na cidade de Rio Tinto, foi impedido de trabalhar, demitido verbalmente pelo gestor da escola - chorando ao telefone, desabafou: "caso entrasse na escola iriam chamar a polícia".
Este é o governo que a Paraíba toda passou a conhecer, sem esquecer aqueles servidores que foram obrigados a trabalhar 8 horas, muitos tendo que acordar cedo aprontar sua marmita, e depois do almoço, dormir no chão frio da escola para não ter que voltar para casa duas vezes, tal atitude, causou nos servidores um desequilíbrio emocional e social, pois tiveram que se adaptar a um nova realidade, esta, cruel e desumana, nuca visto na história desse Estado. Hoje pudemos enxergar o lado tirano de quem usou a mídia para enganar trabalhador, perseguir, maltratar, e, além do mais, pagar abaixo do salário mínino durante o ano de 2011, pagou R$ 510,00, quando deveria pagar R$ 545,00.
Ainda por cima, este governo, se utiliza de uma forma de poder - o Ministério Público para oprimir os mais humildes, mesmo que a arbitrariedade tirana promova a miséria social de 15 mil pais de famílias que ficarão sem seus salários - não podendo mais pagar o aluguel, já que boa parte deles não possui casa própria; também não poderão comprar o material escolar de seus filhos no início do ano, sob a incerteza da demissão sumária, prevista e anunciada; seus nomes entrarão para listra negra dos devedores, já que a grande maioria contraiu empréstimos aos bancos em até 4 anos. Tudo isso, em virtude da má-fé do governo, que pela força da ameaça: sob a suspensão do salário dos servidores, para quem se recusasse assinar o contrato de trabalho de 11 meses, anulando o vínculo empregatício com o Estado, a anulação de uma história de vida. Truculentamente, o governador impediu que os servidores pudessem se filiar aos sindicatos e associações, burlando criminalmente um preceito constitucional.
É uma vergonha o que estamos assistindo. No início de 2011, o governador demitiu 15 mil trabalhadores, logo em seguida contratou mais 15 mil, esses, do grupo do apadrinhamento político e das conivências, e muitos deles ainda, continuam sem receber salários pelo tempo que trabalhou. No início de janeiro de 2012 usa como desculpa subalterna o Ministério Público para expulsar 15 mil servidores com significativo tempo de serviço prestado ao Estado, para contratar novos trabalhadores da base política do governo da tirania. O governo tem banalizado o serviço público, mesmo a custa do sofrimento do outro, quando manda fechar aproximadamente 120 escolas públicas sem consultar a comunidade escolar - atitude autoritária e reprovável. Sem levar em consideração os servidores que passaram tantos anos trabalhando para aquela comunidade, os mesmos serão vítimas das conveniências dos gestores de plantão, que se consideram eternos no cargo.
Por estes motivos, pedimos o apoio do povo paraibano, para juntos combatermos essa forma de governo excludente e tirânico, que se considera acima da Lei dos homens e da Lei de Deus. Participe do primeiro ato de apoio pela NÃO DEMISSÃO desses servidores públicos, dia 27 de janeiro, às 9:00 da manhã, no Parque do Povo, em Campina Grande. Maiores informações, ligar para 083-3321-7362, falar com o Professor Gilson Nunes.
O mais estranho de todo esse relato, é que o Senhor Vice-Governador Rômulo Gouveia assiste ao "circo dos horrores" - de camarote climatizado e não abre a boca. Enfiou seu discurso na mochila da subserviência e da conivência. Lembram das demissões da Prefeitura de Campina Grande, em dezembro de 2008??? Pois é, no passado quem defendia, hoje silencia.
GILSON CRUZ NUNES
Acesse o Portal do Servidor: WWW.asprenne.com.br - asprenne@gmail.com
Campina Grande, janeiro de 2012.
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