segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Duas conversas e um charuto

Quando eu era um simples estudante de História na Universidade Estadual da Parahyba o assunto homossexualidade era ainda marginalizado dentro do Campus e eu fui o primeiro a forçar a barra e a produzir uma monografia sobre o assunto. Estudei os homossexuais no período da Ditadura Militar. Sofri como o diabo para encontrar material tendo que mandar buscar material em São Paulo. Bem, minha monografia foi terminada, defendida e aprovada. Estudei os homossexuais do anos 1970, os homossexuais do Lampião da Esquina e do grupo SOMOS de São Paulo. Mas, hoje em dia, com a liberdade dos PASTOS heterossexuais para a boiada homossexual passar, levantou-se a lebre de muitos homossexuais que não são politicamente engajados, de homossexuais que não se misturam com a militância e até enxergam na militância um certo odor pútrido como foi o caso de Clodovil Hernadez e do novelista e escritor Agnaldo Silva que vive ridicularizado pelos movimentos LGBT's do Brasil. Por que estou levantando este assunto. Porque em uma entrevista o novelista resolveu abrir o livro do inferno, a debochar dos movimentos homossexuais ao dizer que: "Tem um grupo gay da Bahia que diz que eu sou o inimigo número um dos homossexuais. Dizem que nas minhas novelas os homossexuais são estereotipados. Essas entidades são todas um saco, todas elas têm interesses econômicos, vivem à custa do governo ou daquelas empresas alemães que por má consciência financiam qualquer coisa". Apesar da crítica ser bastante indigesta, ácida até derreter o estômago, ele tem razão. Inventou-se no Brasil uma militância idiota, burra, que cria grilhões para prender os homossexuais que frequentam as suas entidades em IDENTIDADES que nunca foram, nem serão essências. E militância esta que arrecada do governo muitos milhões e cria hierarquias dentro do movimento que passam da imbecilidade. Será que hoje em dia ainda existe espaço para se afirmar homossexual, heterossexual, bissexual, etc? Para pesquisadores mais excelentes, para pesquisadores mais ousados estas "sexualidades" identificatórias é coisa do século passado. Hoje em dia seria mais "natural" não ser um ser sexual identificado ad eterno com sexualidade alguma vendo em qualquer sexualidade o remanso que proporciona prazer. E, neste aspecto, tem razão o novelista quando diz que ninguém aguenta mais esta militância idiota que empodera alguns marajás aposentados e empobrece e impotencializa um jovenzinho na fulô da idade. Tenho dito!

*Ajude o blogueiro a ganhar dinheiro: clique nos anunciantes



Nenhum comentário: