terça-feira, 5 de julho de 2011

O exame da ordem

E aí, de repente, todos aqueles gastos, expectativas, todos aqueles livros comprados ao preço mais que salgado, foi por água abaixo? E a responsabilidade MORAL do estudante de mostrar para os pais, amigos, para a sociedade que é capaz? Parece, o máximo que conseguiu numa faculdade de direito foi se transformar num rábula (advogado sem cultural). Pois é, talvez, seja este o sentimento dos pais da maioria dos estudantes de direito neste país. O exame da ORDEM comprova que o nível desejado dos formandos advogados está muito aquém, bem aquém mesmo do desejado. Os investimentos financeiro num curso de direito são, praticamente, milionários. Enfim, procura-se depois de um péssimo resultado o ou os culpados. Será a IES - Instituição de Ensino Superior - que é uma porcaria? Talvez, não. Talvez, seja os alunos que sequer aprenderam a ler, mas gozam de um status de estudante de direito em qualquer faculdadezinha particular; mas, não, talvez, o problema seja o próprio EXAME DA ORDEM que é duro demais, que faz aplicações indevidas. Enfim, o fato é um só: mais de 80% dos estudantes que necessitam passar no exame de ordem para, de fato, tornarem-se advogados no Brasil falharam, erram, foram REPROVADOS. Entretanto, eu gostaria de alertar que o péssimo desempenho não é apenas dos estudantes de direito; se o próprio CFM - Conselho Federal de Medicina - elaborasse uma espécie de exame de ordem assustar-se-ia. Será que os médicos mirins estão preparados a pelos menos fazerem uma anamnese (a conversar com o paciente?)? Vou mais longe, e os estudantes de História, Filosofia, Economia, Psicologia, Geografia, Sociologia, estão mesmo aptos a exercerem funções como professor, clínico, pesquisador, técnico? Será que um exame mais acurado, mais detalhado, sóbrio, isto é, um exame que procurasse medir as competências particulares de cada curso por instituição e região, por grade curricular não encontraria um ENORME fosso, um buraco enorme na formação destes jovens? Cá pra nós, o que ainda os governos e os educadores de todo o país não deram muita atenção é o tipo de instituição DÉMODÉ que as escolas no Brasil se transformaram. Escolas que não atendem e nem se integram a nova realidade que vivemos. Ao entrar numa universidade, numa faculdade sinto-me como que transportado para um passado muito distante, para a baixa idade média, com professores universitários reunidos em conselhos, bancadas, usando as técnicas de tortura do MALLEUS MALEFICARUM (técnicas de tortura que os padres inquisidores na idade média usavam contra prováveis bruxas, hereges, etc.). A Universidade tem de passar por uma reforma profunda, drástica, imediata. O resultado do EXAME DA ORDEM é só a ponta do iceberg. No fundo, bem lá no profundo deste mar, o problema supura e fede. Tenho dito!

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