segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Junto e Misturado: Assim não rola

Todo mundo imagina que as MINORIAS são face de uma mesma moeda. Ledo engano! E isto fica demonstrado através dos grupos, ou melhor, dos movimentos sociais - indígena, mulheres, homossexuais, negros - aqui na Paraíba. Pois é, já está dando o que falar o fato do governador Ricardo Coutinho (PSB) ter criado uma secretaria que acumulasse tantos problemas. Na cabeça do governador, talvez, como na cabeça de todo mundo, se passe a idéia de que sendo todo mundo PEQUENO (minoria), então, uma secretária resolveria o problema de todo mundo. Aí é que tá o erro.  O movimento de mulheres negras (PB) diz que tá tudo errado, uma vez que, na instância nacional estes movimentos são separados, porque apresentam problemáticas bastante específicas e uma secretaria não daria conta de atender a todas as demandas específicas de cada grupo ou movimento. De fato, isto faz sentido. O movimento do espírito lilás (MEL) parece que está mais preocupado com a questão das verbas, dos repasses, do tutu, money. O secretário do MEL (Luciano Bezerra) disse temer isto, uma vez que, o movimento de mulheres conta com apoio de recursos federais através da secretaria nacional que atende esta demanda, já o movimento gay não conta com este "a mais", portanto, deve ser compensado pelo Estado (traduzindo: O MEL teme que os recursos não sejam dado de modo igual a cada grupo, o que seria, em tese, uma discriminação). Enfim, o problema todo é GRANA. A SECRETÁRIA desta pasta - Secretaria da Mulher e da Diversidade Humana - é Iraê Lucena (PMDB). Cá pra nós... O que Iraê Lucena entende sobre movimentos sociais, especificamente, sobre as demandas LGBT's? Terá ela feito um cursinho de primavera para poder atender sensivelmente às bichas que chegarão lá no seu gabinete? E a luta histórica dos negr@s? O que ela sabe sobre, por exemplo, a história da África? Um cursinho de verão? Quem não sabe que ela hoje ocupa esta secretaria por que se bandeou no segundo turno das últimas eleições para o lado de Ricardo Coutinho por puro ressentimento a Zé Maranhão que não lhe foi tão cortês? É justo uma pessoa como Iraê Lucena - nada pessoal - ter a titularidade duma pasta como esta? Por que não colocar um técnico, um estudioso ou vários como adjuntos? Não seria bem mais producente do que encarar uma pasta como esta apenas pelo lado político? O que Iraê Lucena, por exemplo sabe sobre homofobia? O que o movimento homossexual diz? É preciso um técnico, várias pessoas que dedicaram suas vidas profissionais a este mister, que não se deixe pressionar por partidarismos ideológicos de grupos gays, lésbicos, feministas, etc. Naturalmente, Iraê Lucena não é a pessoa mais preparada, bem como, não seria a pessoa mais indicada para ocupar esta pasta. Mas, isto traduz, INCONSCIENTEMENTE (?), o desprestígio com o que governador Ricardo Coutinho tratou a questão vendo nesta secretaria - da forma que ela foi inventada - mais como um sossega leão, um cala a boca aos grupos organizados. É preciso exigir do governador Ricardo Coutinho mais atenção, bem mais sensibilidade. Tratar as questões dos movimentos sociais - já citados no início deste post - apenas como uma questão de indicação a aliado político revela bem o DESCOMPROMISSO com questões fundamentais que interessa a milhares de pessoas que, de uma forma ou de outra, sofre pela desatenção e desgoverno de muitos políticos muito mais interessados e mirando outros escopos. Fica aqui o meu repúdio ao governador Ricardo Coutinho. 

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