Li e ouvi de tudo a respeito da vitória de Dilma e da derrota de Aécio. Da BOLSA que caiu até à suposta 'imbecilidade do povo nordestino'. Tudo servia para explicar, pelo menos, consolar os psdbistas, os acionistas de centro direita, os vanguardistas de VEJA, Sistema Globo e Estadão. Mas, nada, nenhuma análise por melhor que tivesse sido elaborada nem de perto conseguiu atingir o cerne da questão e levantar, realmente, a grande LEBRE BRANCA do problema. Será que os nordestinos chegaram a um nível de aproveitamento POLÍTICO melhor que os intelectualizados e bem cultivados sulistas (paulistas e paulistanos)? O fato é que os nordestinos parecem ter entendido que em POLÍTICA não cabe nenhum romantismo, nenha expectativa, nenhuma espécie de HISTÓRIA POSITIVA, dos grandes feitos, de grandes homens se tais feitos e grandes homens não lhes significar nada. Talvez, aprenderam que nestas querelas político-eleitoreiras o melhor mesmo - na grande dimensão do PIOR - foi ter reelegido Dilma. Não porque o PT e a sua forma de GESTÃO seja a melhor, mas, talvez, por ser a menos PIOR e por - sob o prisma de alguma dimensão - acalantar alguns centímetros do enorme sofrimento deste povo. A grande pergunta, talvez, que o nordestino tenha se feito foi esta: "Quem ficou mais pobre, no Nordeste, nestes últimos 12 anos de PT"? A resposta parece ser bastante evidente e o resultado aí está expresso com a vitória de Dilma. É verdade que grandes grupos midiáticos, defendendo seus próprios interesses, gostariam de ter um governo de DIREITA novamente, que atendesse os seus clamores. Ainda não foi desta vez. É verdade, não há mal algum que este extrato social venha à rua defender seus interesses, que façam uso dos mais sórdidos mecanismos de PRODUÇÃO DA VERDADE para ludibriar uma população, um povo que sobrevive, culturalmente, determinado pelos ditames da INDÚSTRIA CULTURAL. Contudo, nem toda a artilharia intelectual deste extrato social foi capaz de reverter a situação de seu protegido candidato Aécio Neves (PSDB). Os Petistas também souberam manejar bem suas armas. O lamentável nisto tudo é perceber que GERAÇÕES INTEIRAS continuam sobrevivendo das expectativas de POLÍTIOS HEROIS, na crença de que um GOVERNO - qualquer que seja ele - significará MUDANÇA em sua condição de SUJEITO. Lamentável perceber que ainda somos os mesmos: pequenas peças no grande tabuleiro em que só alguns jogam o jogo da morte. Xeque mate! Tenho dito.
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