quarta-feira, 29 de outubro de 2014

VEJA que botar pra moer e Dilma quis amaneirar o discurso

Serão 4 anos para enfiar o "pé na jaca" por parte da oposição. A mídia direitista não dará um segundo de "paz" à presidente Dilma. Fará OPOSIÇÃO nos mínimos detalhes. Indo buscar os prolegômenos de VEJA a respeito de Dilma encontro no seu canal de EDUCAÇÃO uma matéria fazendo crítica ao discurso "empolado" da presidente, discurso do dia de ontem. No discurso Dilma faz a seguinte consideração SEMÂNTICA:


Verdade que DIURNO não significa a mesma coisa que DIUTURNO embora ambos os vocábulos guardem do ponto de vista etimológico a mesma raiz. VEJA critica Dilma por ela "tentar" abrilhantar o seu discurso quando poderia ter sido mais razoável mesmo arrogante ao que se supõe. No entanto, a crítica que VEJA faz, faz ao povo brasileiro e menos a presidente Dilma Rousseff. Afinal, poucos são aqueles que CULTIVA a "última flor do lácio" - a língua portuguesa -. VEJA reage não ao português do "negro e o bom branco da nação brasileira" como queria Oswald de Andrade, mas ao POVO BRASILEIRO que elegeu a contragosto dos ideólogos da DIREITA mais uma vez um quadro do PT, em tese, de posição esquerda, por isto mesmo, SINISTRA aos ideais de políticos da outra classe. É só por isso que o MENOR DETALHE é alvo de crítica... De outro modo, esqueceu também o seu crítico - o crítico de VEJA - de analisar a questão de LINGUÍSTICA da fala da PRESIDENTE fitando-se, assim, apenas na Nomenclatura Gramatical Brasileira, sobretudo, da prosódia. A grande questão é: "Quem estabelece o padrão NORMATIVO de uma língua?"... Isto merece um bom debate e poderíamos começar pela ECONOMIA DAS TROCAS LINGUÍSTICAS de Pierre Bourdieu. Tenho dito!!

Pronominais



Dê-me um cigarro
Diz a gramática
Do professor e do aluno
E do mulato sabido
Mas o bom negro e o bom branco
Da Nação Brasileira
Dizem todos os dias
Deixa disso camarada
Me dá um cigarro






terça-feira, 28 de outubro de 2014

A vaca, Pâmela Bório e o ABOIO

Como passei demasiadamente tempo afastado de todas as querelas políticas deste Estado soube só agora que a primeira ou, talvez, ex-primeira dama Pâmela Bório resolveu deixar a condição de vaca para alçar voos mais intempestivos. O fato é que ela não apareceu mais ao lado do governador Ricardo Coutinho (PSB), sobretudo, neste pleito. Ouvi uma gravação de uma briga entre Pâmela e Ricardo em que Ricardo afirmava que Pâmela poderia conhecer ipsis litteris "um doido". Em postagens recentes nas redes sociais Pâmela aparece DESAFIADORA, eleva o TOM e parece querer deflagrar uma GUERRA. Contra quem? Vamos aguardar... 

Postagem de Pâmela


segunda-feira, 27 de outubro de 2014

Os bobos da corte e os sabidos do nordeste

Li e ouvi de tudo a respeito da vitória de Dilma e da derrota de Aécio. Da BOLSA que caiu até à suposta 'imbecilidade do povo nordestino'. Tudo servia para explicar, pelo menos, consolar os psdbistas, os acionistas de centro direita, os vanguardistas de VEJA, Sistema Globo e Estadão. Mas, nada, nenhuma análise por melhor que tivesse sido elaborada nem de perto conseguiu atingir o cerne da questão e levantar, realmente, a grande LEBRE BRANCA do problema. Será que os nordestinos chegaram a um nível de aproveitamento POLÍTICO melhor que os intelectualizados e bem cultivados sulistas (paulistas e paulistanos)? O fato é que os nordestinos parecem ter entendido que em POLÍTICA não cabe nenhum romantismo, nenha expectativa, nenhuma espécie de HISTÓRIA POSITIVA, dos grandes feitos, de grandes homens se tais feitos e grandes homens não lhes significar nada. Talvez, aprenderam que nestas querelas político-eleitoreiras o melhor mesmo - na grande dimensão do PIOR - foi ter reelegido Dilma. Não porque o PT e a sua forma de GESTÃO seja a melhor, mas, talvez, por ser a menos PIOR e por - sob o prisma de alguma dimensão - acalantar alguns centímetros do enorme sofrimento deste povo. A grande pergunta, talvez, que o nordestino tenha se feito foi esta: "Quem ficou mais pobre, no Nordeste, nestes últimos 12 anos de PT"? A resposta parece ser bastante evidente e o resultado aí está expresso com a vitória de Dilma. É verdade que grandes grupos midiáticos, defendendo seus próprios interesses, gostariam de ter um governo de DIREITA novamente, que atendesse os seus clamores. Ainda não foi desta vez. É verdade, não há mal algum que este extrato social venha à rua defender seus interesses, que façam uso dos mais sórdidos mecanismos de PRODUÇÃO DA VERDADE para ludibriar uma população, um povo que sobrevive, culturalmente, determinado pelos ditames da INDÚSTRIA CULTURAL. Contudo, nem toda a artilharia intelectual deste extrato social foi capaz de reverter a situação de seu protegido candidato Aécio Neves (PSDB). Os Petistas também souberam manejar bem suas armas. O lamentável nisto tudo é perceber que GERAÇÕES INTEIRAS continuam sobrevivendo das expectativas de POLÍTIOS HEROIS, na crença de que um GOVERNO - qualquer que seja ele - significará MUDANÇA em sua condição de SUJEITO. Lamentável perceber que ainda somos os mesmos: pequenas peças no grande tabuleiro em que só alguns jogam o jogo da morte. Xeque mate! Tenho dito.

domingo, 26 de outubro de 2014

Enfim, chegamos ao fim: Derrota de Cássio e Aécio. Vitória de Dilma e Ricardo

Há muitas possibilidades de análise para explicar a derrota de Cássio Cunha Lima (PSDB) e a vitória de Ricardo Coutinho (PSB). Talvez, a análise mais fácil seja aquela que começa a ganhar espaço pelas redes sociais, pela crítica mais boba e dos menos inteligentes. Há também aquele outro tipo de análise romantizada, ideológica, aquele tipo que encara a política como um instrumento de mudança global, nacional, regional e mesmo local. É o tipo de análise mais progressista, mais pró povo, mais fraca e também a mais franca. Espera-se que os candidatos reeleitos, especificamente, Ricardo Coutinho para o governo do Estado e Dilma Rousseff para a presidência da República consigam ALEITAR os mais fracos desta República, deste Estado. No fundo, nem ganhamos, nem perdemos absolutamente nada. A mesmice ou o que nos vendiam como MUDANÇA só caberia, de fato, em relação à MUDANÇA, caso conseguíssemos transcender, não apenas pela alternância de governo ou de modelos de gestão, para uma nova sociedade, uma sociedade sem Estado, sem este Direito disciplinar, sem estes poderes locais, regionais, nacionais, globais que nos caçam, nos vigiam, nos mantem sob controle. É improfícua qualquer outra discussão, qualquer outro debate em qualquer outra direção. Qualquer outro debate sem que seja neste nível reduz-se à mera especulação ideológica, à marcas ideológicas de formas de governo. No fundo, tanto faz Ricardo ou Cássio, Dilma ou Aécio. O que os diferencia não é a sua sigla partidária. Os partidos estão partidos não por acaso. Eles guardam os múltiplos interesses, mas dentro do mesmo PADRÃO ideológico, da mesma expectativa de poder. Do ponto de vista GENÉTICO do poder uns podem ser considerados progressistas e outros conservadores. E é assim que se comporta o eleitor... Ora demasiadamente conservador - conforme as circunstâncias e os interesses - ora progressista respondendo, assim, às seduções pluripartidárias de nossa realidade política. Só há uma verdade à qual todos nós devemos nos render: por trás das aparências não há nenhuma essência e, como vimos, o sujeito é feito na caminhada. Ressurgem das cinzas de seus próprios discursos Dilma e Ricardo. Aécio e Cássio saem deste pleito um pouco mais pobres. Na Paraíba forma-se um novo líder dos pobres e oprimidos, um neomessianismo começa. Cabe aos fortes retirarem-se para a sua montanha. Tenho dito!!!!