WALESCA POPOZUDA estourou nas paradas de sucesso com a música "Beijinho no ombro". Um professor de filosofia resolveu pôr em uma avaliação sua para o ensino médio uma questão onde Walesca aparece como "grande pensadora contemporânea". O professor quis ser irônico? Quis provocar espanto, reação, preconceito em seus alunos? Ou simplesmente quis tirar um sarro intelectual com a cara de muita gente? Não me dou a buscar as suas intenções; prefiro tratar as consequências de seu ato. Tratar a funkeira como "grande pensadora contemporânea" é um marco do preconceito intelectual, este me pareceu já um primeiro ponto. Trazer para dentro de uma prova de filosofia do ensino médio uma música - um funk - como o professor o fez patrocinando, sub-repticiamente, preconceito intelectual já revela o proprio nível intelectual do proprio professor e este me pareceu já um segundo problema. É mais do que EVIDENTE que toda esta reação intelectual em torno da questão - sim, porque a propria questão elaborada pelo professor de filosofia é REACIONÁRIA - da música de Valeska não está dentro do status quo dominante, ela não declara, nem jura o pacto sob o qual a sociedade hodiernamente se verga. Revelando o nível em que as relações sociais contemporâneas estão - seja entre guerras acadêmicas ou entre guerras pelo melhor espaço na pista de dança - a música de Walesca sai dos TRILHOS DA IDEALIDADE (idílico moderno) perseguido pelos filhos da tradição POSITIVA - os filósofos e adjacências - e é isto o objeto dos REACIONARISMOS intelectualoides que assistimos por toda a imprensa. Tenho dito!!!!
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