sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

O ofício do cientista humanista, do historiador libertador


Um velho barbudo alemão uma vez escreveu que “a religião é o ópio do povo” e, desde então, isto foi ventilado, divulgado, comentado, tornado emblema de libertação política, social, cultural, científica. Assim, se visto de longe, parece que a única coisa a entorpecer “o povo” é a religião com suas fadas, duendes, semi-deuses (Jesus Cristo), santos e, por fim, falando em relação ao Ocidente contemporâneo: Deus. Outro velho, não menos barbudo, mas brasileiro, uma vez disse e um jornalista escreveu, eternizou, que o “sertão vai virar mar e o mar vai virar sertão”**: profecia ou jogo contextual de determinada situação histórica? O fato é que o mundo fora dividido entre mocinhos e bandidos, entre deuses e demônios, entre revolucionários e reacionários, entre homens e mulheres, adultos e crianças e, nestas divisões, alguém levou a pior. É, portanto, ofício do cientista humanista consciente LUTAR por causas justas e contra as injustiças sociais, políticas de um “povo” que encontrou na religião a sua redenção. Todo o estabelecido deve ser questionado, deve ser desmistificado para que A VERDADE possa aparecer. É, assim, que para uma elite intelectual ler Marx é sinônimo de boa consciência para que nunca se deixe enganar pelas letras de Tati Quebra Barraco ou do Mc Copinho. Um cientista humanista está sempre a postos, sempre preparado para LUTAR contra as opressões, as injustiças sociais, a deflagrar uma guerra contra os PODEROSOS. O cientista humanista, o historiador libertador só ainda não chegou a “virar” uma possível terceira margem de rio. Isto seria espetacular.

** O sertão vai virar mar: de sangue, de corpos mortos, de muito sofrimento e dor;
** O mar vai virar sertão: esvaziamento das tropas litorâneas a fim de combater os camponeses "rebelados"


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