segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Jesus não é aquele idiota que morreu na cruz

Oração lapidar: "Conhecereis a verdade, a verdade vos libertará" e uma oração fenomenal: "Eu sou o caminho e a verdade e a vida, ninguém vem ao Pai a não ser por mim". Perdesse-se tudo que há escrito na Bíblia e restassem apenas estas duas orações e nada se teria perdido. Entretanto, talvez, nada fora mais marginalmente interpretadas pela teologia do que estas duas orações. A propósito, Jesus aparece nelas despido, nu, mostrando a sua GLÓRIA a quem lhe saiba enxergar. Nas pregações dos padres, dos pastores estas GRANDIOSAS mensagens são invertidas em nome de uma moral pequena, tacanha, menor: decadente. Os padres, os pastores NÃO DEIXAM a glória de Jesus aparecer: estes padres, estes pastores envergonhar-se-iam de falar às grandes multidões se tivessem diante de si uma platéia, uma igreja LIBERTA. Alguém aí já se perguntou que significa a LIBERDADE a que Jesus faz referência e que só é possível pelo conhecimento da verdade? Alguém aí já se indagou o que significa este caminho que Jesus diz ser e que só pode ser ele e ninguém mais este caminho? Novamente, Jesus faz referência à verdade como sendo ele mesmo: "Eu sou a verdade". Talvez, um intelectual idiota, metido a moderninho e a leitor dos grandes filósofos do discurso ignorasse estas palavras de Jesus. Encontrar, pois, Jesus é uma dádiva, perdê-lo é, praticamente, impossível. A mensagem de Jesus não é esta que se prega nas Igrejas, nas pregações dos irmãos. Quando, então, a questão sobre o Pai - interpretado pelos cristãos como o Deus - vem à tona a baboseira é certa. No evangelho de João há um diálogo entre Philipe e Jesus em que Philipe pede a Jesus que lhe mostre o pai. Diz Philipe: "Senhor, mostra-nos o Pai, o que nos basta (João 14:8)" ao que Jesus lhe responde no versículo seguinte: "Disse-lhe Jesus: ESTOU há tanto tempo convosco e não me tendes conhecido, Felipe? Quem me vê a mim vê o Pai; e como dizes tu: mostra-nos o Pai? (João 14: 9)". Este diálogo põe por terra toda a teologia da trindade. Percebe-se, pois, que Jesus é muito maior e muito mais profundo do que o filho do homem, o filho do Pai. Jesus é o PAI de suas ideias. Um grande homem, um grande TRANSMUTADOR de ideias, de mentalidade. A Igreja PERVERTEU Jesus prostituindo-o. Transformou a sua morte em  uma ritualística herética, escondeu a sua vida oferecendo-nos a sua morte. De Jesus, tenho a impressão, só conhecemos a sua MORTE, de sua vida alguns poucos MILAGRES que interessa, por exemplo, às teologias da produção. Agora um DETALHE que pode passar despercebido pela maioria dos LEITORES e que nas IGREJAS a coisa ganha outra interpretação. Veja que na segunda oração de Jesus quando ele diz que "ninguém VEM ao Pai a não ser por mim" geralmente isto é dito nas igrejas desta forma: "ninguém VAI ao Pai a não ser por mim". Vem/Vai, pois, marca profundamente a personalidade de Jesus. Na primeira forma, "vem ao Pai" Jesus diz ser ele mesmo o PAI daí a admoestação que faz a Philipe; na segunda oração,  a mais popular entre os cristãos, o baixo clero, a expressão "Vai ao Pai" reforça a Fé na Trindade e faz de Jesus apenas uma criatura de Deus sem ser confundido com o próprio "deus", isto é, com o Pai. Jesus não quer salvar ninguém, isto é, salvar nos termos que os cristãos admitem a salvação: levar todos para o céu, um céu astronômico. Jesus tinha uma boa nova a dizer e disse a seu modo e incomodou muito por conta disto: empoderar as mulheres, por exemplo, para que estas se libertassem dos homens; empoderar os pobres libertando-os da dor de nada possuir, deixar com que as criancinhas tivessem grande parte em seu 'reino', isto é, em suas ideias, pois Jesus sabia que as crianças exerceriam de futuro grande papel se compreendessem suas ideias que TRANSMUTAVAM os valores de sua época. O Jesus teológico é só uma invenção que a própria teologia não dá mais conta. Tenho dito!!!!!!

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