terça-feira, 29 de novembro de 2011

BAFÔNICO: novelista Agnaldo Silva solta as cachorras no movimento gay brasileiro KKKKKKKKKKKK

OS MILITANTES gays do Brasil criticam muito o personagem gay de Fina Estampa do novelista e escritor Agnaldo Silva: o Crô. Eu até já escrevi aqui, quase em tom pressagioso, sobre o Crô. Pois é, a briga agora de Agnaldo Silva, VELHO MILITANTE, fundador, na verdade, da militância gay brasileira, é em defesa do seu personagem Crô. Você deve, então, perguntar-se: por que o Agnaldo está em pé de guerra com os militantes? O motivo é apenas um: o personagem gay de Agnaldo, Crô, é uma BICHA AFETADA, AFEMINADA, ESCANDALOSA, FECHOSA, AFRESCALHADA. Tudo que o MOVIMENTO GAY BRASILEIRO não deseja é ter uma BICHA como o CRÔ como porta bandeira do movimento homossexual. Por que não? Veja o que diz Agnaldo Silva: "Tem gay ATIVISTA dizendo que Crô presta um desserviço à "causa" por ser pintoso! Socorro Santa Madame Satã! Ah, fala sério ô viado!". Antes que algum evangélico ou católico desavisado imagine que Agnaldo está chamando pelo SATANÁS quando fala em Madame Santã, explico: Madame Santã foi um homossexual que ficou famoso por suas habilidades com a capoeira e com a navalha, bem como, sua coragem em enfrentar quem quer que fosse. Bom, o fato é que os homossexuais afeminados, afetados, afrescalhados incomodam os homossexuais militantes, pelo menos, uma ala da militância. Por quê? A explicação mais simples que posso dá segundo o pensamento propalado desde a década de 1970 e, talvez, seja este pensamento a unidade sintética de uma época [é o seguinte: diz Celso Cury (jornalista famoso naquela década, porque escrevia a famosa coluna do meio num jornal paulistano;. diz Cury em entrevista à Revista Nova: "Vejo a mudança (...) Embora o gênero BICHA ainda dê cartaz por aí - digo a BICHONA bem saidona, o homossexual PINTOSO -, essa é uma RAÇA EM EXTINÇÃO. Por quê? Justamente porque a MENTALIDADE das pessoas está mudando. Há tempos atrás (SIC), por pura necessidade de identificação, quem era homossexual exibia sua condição. Desmunhecava, e pronto. HOJE NÃO, o preconceito está diminuindo, não é preciso mais exteriorizar o que o cara é: aliás, apenas o que ele, ou ela, são, na cama. Pois o resto é igual". Agora fica mais FÁCIL entender a reação do novelista e EX-MILITANTE Agnaldo Silva. A bicha afetada, desbundada, desmunhecada era na década de 1970 o que OUSAVA, DESAFIAVA, TRANSGREDIA às leis do sexo, do gênero: embaralhava, amarrotava, caotizava as relações sexuais e de gênero. A bicha, portanto, era o indivíduo político de CONTESTAÇÃO. Brincava e debochava da masculinidade, transgredia suas normas e no lugar da ordem estabelecia a DES-ORDEM. O Crô, como eu disse antes, em outra matéria, é aquela bicha militante, a bicha política, a bicha transgressora, afetada, desmunhecada, afrescalhada, desafiadora. Esse tipo de BICHA suja os projetos contemporâneos do MOVIMENTO GAY BRASILEIRO que visa muito mais a uma HIGIENIZAÇÃO/PADRONIZAÇÃO das formas: bicha afetada não pode, o cara pra ser VIADO tem que ser macho heterossexual.Como diz o texto do Celso Cury já no final "NÃO É PRECISO MAIS EXTERIORIZAR O QUE O CARA É". Este é o projeto do Movimento Gay: colocar o viado, a bicha no lugar do heterossexual, fazer do viadinho transgressor um machão idiota, obediente às leis do gênero e da sexualidade normativa. É a ISTO a que Agnaldo Silva reage quando diz que: "Deixei de ser ativista porque, quando olho para uma pessoa, gay ou o diabo a quatro, o que eu vejo é apenas isso: uma pessoa. Cada pessoa é uma pessoa. Não existe isso de igualar as pessoas por raça, sexo, religião ou preferência. Eu sou eu, você é você, somos únicos". O que Agnado diz, claramente, é que NINGUÉM pode falar em nome de ninguém como PRETENDE O MOVIMENTO HOMOSSEXUAL falar em nome dos HOMOSSEXUAIS. Cada gay que fale por si, de si se quiser, se desejar. É contra esta massificação, é contra esta IDEOLOGIA DE REBANHO que a velha bicha militante REAGE e eu com ele. Tenho dito!!!!

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