domingo, 31 de julho de 2011

CRÔNICA DO DOMINGO: Dilma e Zé Maranhão, um casamento da tormenta, as alianças do inusitado

E aí, depois de perder as eleições do ano passado, triste, quase depressivo, o ex-governador oligarca, coroné político da Parahyba, ex-amigo e aliado do atual governador meio sanguinário da Parahyba Ricardo Coutinho (PSB), Zé Maranhão, apostava, quem sabe, a sua última grande cartada na amizade recente com a  presidente Dilma Rousseff (PT) ou na sua "histórica" amizade com o ex-presidente Lula. Mas, parece, deu tudo pra trás mesmo. O coroné Zé que cantava vitória pela imprensa marrom parahybana, que o IBOPE lhe garantia vitória certa já no primeiro turno, que lhe dava a vitória ainda no segundo turno, que debochava em programas políticos locais do atual governador Ricardo Coutinho, teve de engolir os sapos, costurar os bolsos, curtir a derrota sozinho, enfiado no fundo de uma sala, solitário, imaginando como teria sido possível ao grande oligarca da Parahyba perder as eleição majoritária para governador. Logo ele que já tinha sido governador 3 outras vezes, senador, que tinha todos os prefeitos nas mãos e um sistema de comunicação poderoso a seu favor, que tinha a máquina estatal a seu favor e prometia mundos e fundos e tinha o apoio do presidente pop-star Lula pedindo voto para sua pessoa. Bem, perdeu as eleições e o tino. Zé isolou-se, como ele mesmo disse, partiu para as sombras para trocar as PENAS já que passarinho só troca penas no escuro. Os companheiros tentaram interceder junto à presidenta Dilma para o coroné emplacar um Ministério, mas deu errado. Segundo a imprensa nacional, em um encontro regional com a presidenta Dilma, o atual governador da Parahyba, Ricardo Coutinho, teria dado a presidenta um dossiê contra o ex-governador Zé Maranhão que dentre outras coisas, dizia o tal dossiê que, ele teria atolado o Estado da Parahyba em dívidas, comprometido mais de 50% da receita corrente líquida do Estado com folha de pessoal. Dizem, a presidenta "bufou", fez cara de mal-amada e fechou-se toda. Daí por diante, os cargos que o PMDB nacional conseguia arrumar para Zé Maranhão não lhe agradava mais. Pobre Zé... Hoje, rebaixado a inimigo político de Ricardo Coutinho, pelejando no próprio partido com o deputado federal Mané Junior para ter consenso em torno de seu nome para disputar a prefeitura de João Pessoa. Zé, na sua megalomania política, asseverou que "Foi a nossa bancada federal, majoritária na Parahyba quem decidiu reivindicar uma posição para a Parahyba. Nunca corri atrás de ninguém e nem pedi a ninguém para ser indicado a qualquer cargo, até porque não aceito qualquer cargo". O oligarca Zé Maranhão é um homem sensível; é evidente que ele não aceitaria qualquer cargo. Ele é um grande político, homem de muita verve política; imagina se uma presidência na Caixa Econômica ou a presidência da Embratur iria agradá-lo. Como se diz: a incompetência é a mãe da empáfia. Tenho dito!

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