sábado, 11 de junho de 2011

Quando o barraco é necessário

Eu não sou ECONOMISTA. Nunca tive a preocupação de fazer um livro caixa das minhas despesas mensais, menos ainda, das minhas despesas diárias. Mas, eis, que de repente, vejo-me constrangido pelos atendentes da farmácia, do super-mercado, do posto de gasolina, da lanchonete, enfim. Eis, que de repente, vejo que meu poder de compra que já é reduzido pela forte CARGA TRIBUTÁRIA que sou obrigado a pagar reduzir-se ainda mais pela ESPERTEZA dos operadores de caixa dos estabelecimentos comerciais que frequento. Então, hoje saí de casa decidido a COBRAR o meu direito, a não deixar nenhum atendente de super-mercado, posto de gasolina, lanchonete, etc me passar "a perna". Centavos? Você, João, está brigando por centavos? Sim, aprendi que o dono do POSTO DE GASOLINA, do SUPER-MERCADO, da LANCHONETE briga pelos meus centavinhos na hora do troco. Pois é, dia-a-dia-, semana-a-semana, mês-a-mês fui roubado sem que me desse conta de modo tão feroz; deixei que os empresários me roubassem o já roubado poder de compra que eu possuo. Pois é, comecei minha LUTA, minha epopéia financeira, econômica pelo super-mercado BEM MAIS (caro). Quando a moça me disse: "Senhor, a sua compra custou R$ 4, 93", eu fiquei esperando que ela me ASSALTASSE pela milésima vez em 2 centavos. Ela queria que eu recebesse apenas 5 centavos de troco. Ah, não. Chega! Disse-lhe: "Estou cansado de ser roubado em centavos por este super-mercado. Quero meu TROCO completo. Dê-me 7 centavos ou 10, pois os 5 eu não aceito. Um senhor que estava na minha frente olhou para mim consternado, como se fosse eu o LADRÃO do empresário, dono do BEM MAIS. E ainda me olhou e disse: "Você ficará devendo 3 centavos". Deu vontade de lhe mandar "tomar bem no olho do cu".  Descobri que LUTAR por meus míseros centavos me fazia um cidadão melhor, um pouco mais endinheirado também. Depois fiquei sabendo de um caixa lá do super-mercado que ao final do dia, quando os caixas são contabilizados, uma grande soma de dinheiro - arrancado furtivamente pelos operadores de caixa a mando dos empresários - é enorme. 3 centavos de um, 2 centavos de outro e isto o dia inteiro em todos aqueles caixas que não param de contar... Já imaginou? Sem falar que nós perdemos centavos aqui e ali o dia inteiro, a semana inteira, o mês inteiro, o ano inteiro... Será que você conseguiria dizer o quanto já perdeu para os empresários durante meses, anos? Eu não sei, mas não foi pouca coisa. Dê-me cá meus CENTAVOS, bando de ordinários. Tenho dito!

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