Se existe um clássico que mantém o futebol paraibano de pé - sem qualquer exagero -, esse clássico é Treze x Campinense. Para quem vive na nossa capital, é difícil imaginar como uma rivalidade (e, acima de tudo, uma paixão) é capaz de mobilizar uma cidade como acontece em Campina Grande.
No último dia 10, estive na cidade Rainha da Borborema, e pude testemunhar tal comoção. São torcedores com as camisa dos clubes entrando em restaurantes, andando pelo shopping center, pelas ruas, carros com bandeiras, crianças vestidas com uniformes. Sinceramente, nem parece que o futebol anda tão morto por estas terras...Muitos analistas esportivos do estado atribuem a razão de o fenômeno ser tão maior em Campina Grande do que na capital, sobretudo, pela fase que o principal rival do Botafogo, o Auto esporte, tem atravessado nos últimos anos (e põe "últimos" nisso). A estiagem de títulos e a pindaíba do clube parecem não ter fim... Mas eu acrescento um fator a mais - na minha opinião, o mais importante: a cultura futebolística de cada cidade. E que se torna ainda maior, sim, pela presença de dois clubes que são os maiores rivais do nosso futebol e chamam famílias inteiras aos estádios Amigão e Presidente Vargas.
Talvez a única saída para o futebol da capital seja mesmo reaproximar o torcedor do clube mesmo. Criar alternativas de maior acesso aos jogos, como o uso de notas fiscais para adquirir entradas (procedimento adotado há varios anos), fazer mais publicidade, atrair associados e, sobretudo, desenvolver essa cultura de maior apreço pelo esporte.
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