Já diz a música que "Bandido é bandido e mané é mané", velho Bezerra da Silva e sua sapiência dos morros. Nesta história da PEC 300, quem vai ficar com a pecha de bandido? O ex-governador Zé Maranhão (PMDB) ou o atual governador Ricardo Coutinho (PSB)? Ao que parece, o emblema fica mesmo com o ex-governador, uma vez que, tudo fora feito de modo escuso visando, apenas, recrudescimento do seu curral eleitoral. Contudo, porém, todavia, entretanto, alimentou ainda mais as esperanças de uma categoria que arrisca sua vida nas ruas e, usa, de truculência, não raras vezes, com os pobres que são, hodiernamente, criminalizados pelo simples motivo de serem: pobres, mas esta não é a tônica deste post. A pec 300 dava mais dignidade ao policial pracista, de rua, e aos demais, bem como, assegurava uma melhor condição de trabalho por parte da categoria, pelo menos, no que tange ao bucho cheio. Sem isto, como acreditar que as coisas irão mudar?
O fato é que a PEC 300 não será mais paga e o policial que sonhava poder viver com um pouco de dignidade e sem sobressaltos financeiros terá de amargar ainda mais. Nisto tudo, é claro, o governador atual, Ricardo Coutinho, tem menos culpa, porque quem inventou de sancionar uma lei irresponsável como esta sem ter fundos para garantir a sua legitimidade foi o ex-governador Zé Maranhão. Enfim, a lei é imprópria, ilegítima e estava sob uma condição vedada na época de sua edição (campanha eleitoral). Ficam aí as minhas condolências aos soldados que, de toda a corporação, são os mais rasos e, por isto mesmo, os que mais sofrem com os desgovernos de alguns indivíduos!