terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Encontrando BIANCA...


Equívoco em campanha 

No final de novembro de 2010, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara acolheu representantes do MEC e do movimento GLBT, realizando balanço sobre material de combate à homofobia a ser distribuído aos alunos da rede pública do primeiro grau em 2011. Um dos audiovisuais, intitulado "Encontrando Bianca", é um verdadeiro estímulo ao homossexualismo, por mostrar um jovem gay que, depois de aparecer com as unhas pintadas na escola, exige ser chamado de Bianca, bem como quer fazer uso de banheiro feminino. Na mesma sessão, o atual secretário de Alfabetização e Diversidades do MEC disse que sua equipe passou três meses discutindo quantos centímetros a língua de uma menina poderia adentrar a boca de outra para o beijo ser considerado lésbico. Nota-se, claramente, que tal kit está muito mais para estimular homossexualismo do que combater homofobia, além de, diretamente, tornar nossos filhos e netos presas fáceis para pedófilos que rodeiam nossas escolas. Profissionais do MEC e do grupo GLBT pesquisaram nossos jovens em 11 capitais, sem que os pais soubessem, e chegaram às seguintes conclusões: 1) existem, no primeiro grau, mais garotos gays que meninas lésbicas; 2) poucos alunos sabem o que significa a sigla GLBT; e 3) os símbolos religiosos devem ser abolidos das escolas, já que as mesmas são laicas. Tais diretrizes sepultam qualquer preocupação com atos de homofobia e induzem, nas crianças, o entendimento de que ser gay, além de legal, é motivo de orgulho para sua família. No auge da palestra, o relato da afirmação de um garoto de 10 anos: "Ver dois caras se beijando é supernojento." Na sua inocência, o garoto causa indignação às dezenas de homossexuais que prestigiam a palestra do secretário de Alfabetização. Os grupos homossexuais não são fracos ou indefesos como querem parecer, pois nunca lhes faltaram recursos públicos para suas paradas, inclusive com um deputado emprestando sua assinatura em emenda ao Orçamento de 2011 com a destinação de R$11 milhões para o grupo GLBT. Já está acordado com o MEC que homossexuais serão responsáveis pela fiscalização da utilização do denominado "material didático" nas escolas, isto sem que os pais possam ter ingerência, já que estes são, segundo esses pesquisadores, os grandes inibidores da verdadeira sexualidade dos seus filhos. Como se não bastasse o festival "florido" da comissão, efusivas palmas ocorreram quando a presidente da Redtrans afirmou: "minhas melhores professoras foram justamente as prostitutas."A educação brasileira, tão mal das pernas e de notas, ainda que sob pretexto de combate a atitudes reprováveis, não pode ser atacada por grupos que cometem um mal ainda maior - no presente caso, estimulando comportamentos inadequados em quem ainda nada sabe sobre sexo. Se a proposta é saudável, basta disponibilizá-la na internet, sem necessidade de esconder dos pais seus cartazes, audiovisuais e cartilhas. Por divulgar esse absurdo material junto à imprensa, que causou mal-estar nos gays, lésbicas, bissexuais e travestis, passei a ser acusado de homofóbico, fato que me dá mais forças para buscar o impedimento de tal propaganda nas escolas, em defesa da família e dos bons costumes. Há intenção de passar a ideia de que ser gay deve ser motivo de orgulho.

Jair Bolsonaro é deputado federal (PP-RJ)

O textículo acima é do deputado federal pelo Estado do Rio Jair Bolsonaro. Nele se lê coisas meio ridículas, principalmente, o desfecho do mesmo onde se pode ler o bordão "em defesa da família, [da moral] e dos bons costumes". Difícil é entender o que se entende por familia nos dias atuais (pelo menos a que tipo de família), a que moral se refere o deputado - se a moral religiosa ou a moral capitalista - e os bons costumes que não são nada relativos. Fica muito difícil acreditar nas palavras do deputado carioca por razões que não requerem grande contra-prova de tudo aquilo que ele mesmo dissertou. Mas, o movimento dos LGBT's é muito condescendente com a sociedade, uma vez que, só por falar em HOMOFOBIA, esta não começa com uma agressão na rua como a que ocorreu na Av.Paulista em São Paulo, por exemplo. A homofobia é uma coisa muito mais amplas do que a agressão direta e covarde que assistimos em rede nacional através do também sensacionalismo da mídia. Homofobia se constitui primeiramente no exame de ecografia e a partir daí os pais e parentes do futuro imberbe a nascer começam a restringir sua existência a cores e formas que ele/ela - o natalício - ainda não pôde escolher por si mesmo; homofobia é isto, um NÃO bem grande ao menino que se interessa por brincar com as bonecas da irmã ou um NÃO enorme à menina que deseja jogar futebol na esquina de casa; é a homofobia quem inventa os preconceitos aduaneiros nas faixadas lustrosas do GÊNERO, por exemplo. Quem não conhece a famosa frase: MENINOS BRINCAM COM CARRINHO e MENINAS BRINCAM DE BONECA. Qual base científica pode sustentar esta imbecilidade? Não é à-toa que mais tarde os homens batam nas mulheres e reivindiquem  à sua agressão o produto cultural que ajudamos a montar; não é à-toa que mulheres, principalmente, das classes mais baixas aceitem o posto de escravas domésticas, mãe e patroa do lar. Parece que tudo isto não tem nada a ver com a homofobia, mas o simples fato de escolher um enxoval na cor azul ou rosa a partir daí já se começou a montar o processo homofóbico em que se diz o que o indíviduo deve SER. E assim não é de assustar que tempos depois a sociedade, através das leis sociais que a legitima, cobre para si do indivíduo, do cidadão o cumprimento às regras estabelecidas e que, em tese, deveriam ser cumpridas. Quando isto não ocorre, uma dissidência se forma e uma luta se instaura. Eis ai como a homofobia é produto nosso, porque é social.


João Cândido Tessar

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