sábado, 16 de outubro de 2010

PIMENTAS, MEU AMOR

Quase ninguém sabe, mas agora vou confessar: sou amante de pimentas. Aprendi a comer pimenta quando muito pequeno e herdei da mamãe este gosto, este desejo, esta vontade. Entretanto, não entendia por que quando comia pimenta quase que imediatamente eu me sentia feliz, sério, brotava uma felicidade, um bem-estar, uma vontade de sorrir do nada. Vontade de abraçar, de beijar, etc (talvez, a sensação de ter usado alguma droga ilícita). Então, aí depois de tantos anos consumidor de pimentas resolvi pesquisar. Cara, descobri um mundo. Sabe aquele mito de que pimenta faz mal a quem tem hemorróidas, que pimenta demais é veneno, que pimenta é isto, é aquilo e tal? Bem, vamos ver o que descobri. A primeira coisa é que pimenta tem propriedades que eu vou chamar propriedades do humor: possui vitamina A e C, só por isto já valeria a pena, né? A vitamina A é essencial à visão e combate os radicais livres e a vitamina C um poderoso auxiliar para os dentes e ossos além de dar uma forte resistência aos vasos sanguíneos. Além do mais, talvez, isto explique sempre o meu bom-humor, pois a pimenta ajuda na liberação de noradrenalina e adrenalina que são responsáveis pelo nosso estado de alerta. Mas, a melhor coisa é a sua substância, o alcalóide capsaicina  que caracteriza a pungência da pimenta. Quando a boca, a língua entra em contato com esta substância ela faz com o cérebro entre em alerta dizendo que a boca corre perigo, então, o cérebro começa a liberar endorfinas que permanecem por um bom tempo no corpo banhando-lhe de morfinas o que causa a sensação de bem-estar, de alegria e até de euforia feliz. Vale ressaltar: quando mais ardida a pimenta, mais provoca no cérebro a sensação de perigo e, assim, mais endorfina no corpo, mais morfina, mais sensação de prazer, enfim. Eis por que eu sempre fico nas nuvens na hora do almoço. Acabei descobrindo na teoria o que já sabia na prática. 

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