VI ESTA IMAGEM ali no blog do Tião, pois faz séculos que não vou ao Centro da Capital: mal tenho para comer. Mas, quando costumava circular pelos SEBOS à procura de livros baratos, usados e empoeirados, principalmente, no antigo SEBÃO de Heriberto, quando ainda era na 13 de maio, costumava sempre passar pela GALERIA AUGUSTO DOS ANJOS e cumprimentar a imagem do nosso poeta maior. A relação do NOSSO POETA com o nosso Estado, para quem conhece a historia, foi sempre a pior relação. Augusto sequer desejou ser enterrado aqui depois de morto sendo, portanto, enterrado em Minas Gerais, terra que o acolheu. Tudo bem que a relação de reciprocidade nunca foi boa, mas agora até o seu BUSTO ter sido roubado é um pouco demais. Não respeitaram nem o grande poeta... Que terra miserável! Tenho dito.
DEBAIXO DO TAMARINDO
No tempo de meu Pai, sob estes galhos,
Como uma vela fúnebre de cera,
Chorei bilhões de vezes com a canseira
De inexorabilíssimos trabalhos!
Hoje, esta árvore, de amplos agasalhos,
Guarda, como uma caixa derradeira,
O passado da Flora Brasileira
E a paleontologia dos Carvalhos!
Quando pararem todos os relógios
De minha vida, e a voz dos necrológios
Gritar nos noticiários que eu morri,
Voltando à pátria da homogeneidade,
Abraçada com a própria Eternidade
A minha sombra há de ficar aqui!
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