O CONHECIMENTO, o saber se transformou em um narcótico de luxo. Os "noiados" da SUPERIOR ACADEMIA trabalham, asceticamente, para que, aquilo que não são eles mesmos, sobreviva. O saber, assim, atingiu o status da religião. O conhecimento é, pois, aquilo que não deve perecer, é aquilo pelo qual se deve lutar, tomar, manter, inverter, no limite, e fim de tudo, conservar, porque disto depende a própria vida: é um escracho. No entanto, para saber é preciso entrar num jogo de forças políticas e a máxima aqui, talvez, seja saber perder para quem sabe poder ganhar. A grande arma deste jogo? Claro, o método! Mas, é também preciso estar partidarizado, familiarizado, ter aprendido bem a "arte da guerra" política. Também é preciso ser ÉTICO e ter o coração cheio de bondades inconfessáveis, ou seja, é preciso ter um estrangeiro em seu interior. O saber, pois, única esperança do oprimido, esteio de caçadores. O sábio político - leia-se, o pós-graduado - está muito bem apto a identificar o sofrimento de outrem e diagnosticar-lhes as causas, bem como, propedeuticamente elaborar um tal remédio. É uma espécie de BRUXO MODERNO que faz misturas incríveis em um caldeirão de feitiçarias imaginário e chama isto de Ciência. Mas, antes de tudo, tal política, tal religião, é uma sedução para o qual muitos não têm como "resistir" a este canto de Sereia. Engolidos, como um Jonas em sua FEBRE, terminam seus dias - forçosamente escrevendo textos - no ventre de uma "Baleia". Regurgitados de tão feio VENTRE passam a cumprir o ofício de determinações que lhes são completamente estrangeiras.
A política dos pós-graduados, todos sabem, é admoestar, pelo menos, fazer ver a CRUELDADE de povos dominantes... Destilar veneno! Não era este o ofício de Jonas rumo a Nínive, capital da Assíria? Para tal não fora PREPARADO? Não é aqui, pois, onde o saber reduz-se à ciência e assimila as suas características de revelação? Também não é aqui que cada pós-graduado reduz-se a Jonas para enunciar, como Arauto, as cenas de uma determinação estrangeira? Os sábios políticos modernos reduziram todas as ações - e aqui conseguiram triunfar - a determinações políticas. Feito isto nada lhes podia - todas as ações - escapar. O sábio político moderno pode "descansar" na sua paz de guerra.
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