FAZ UM TEMPINHO que publiquei um texto aqui no Blog do João a respeito de uma "tendencia" sexual que anda se espalhando pelo mundo: o gay zero. Como expliquei antes, faço-o novamente. Gay Zero é uma "sexualidade" em que dois homens - sejam homossexuais ativos ou heterossexuais - relacionam-se sexualmente e afetivamente sem a NECESSIDADE do intercurso anal, ou seja, ninguém come ninguém. Como venho recebendo muitos e-mails e alguns comentarios a este respeito resolvi voltar ao tema. DE FATO, essa "nova sexualidade" é incompreendida tanto por heterossexuais ao estilo John Wayne, como por homossexuais. Isso lembra muito a esquizofrênica realidade em que vivem os bissexuais que não são aceitos nem por homossexuais, pois os consideram bichas enrustidas ou em eterna dúvida, nem por heterossexuais que não os veem com bons olhos ou como doentes dos nervos. O FATO É QUE durante séculos no ocidente realizamos toda uma obra de engenharia discursiva sobre o sexo. O que nos causa enormes problemas ainda hoje era para os gregos ou romanos clássicos algo tão natural - o relacionamento entre dois homens, por exemplo -, como o relacionamento entre um homem e uma mulher. Até mesmo o tipo de relacionamento que nos causa ansia de vômito hoje em dia - a pederastia, a pedofilia - encontrava entre os clássicos sua razão de ser. A nudez que cobrimos como a nossa maior conquista civilizatoria é entre os NATIVOS, por exemplo, quase que uma ofensa. Soube de uma filha de uma amiga minha que viu o irmão nu e até hoje não conseguiu largar a psicanálise. Uma indiazinha no alto xingu convive com a nudez e jamais necessitará de tratamentos psicoterápicos INTERMINÁVEIS. Lembro agora o medium Francisco Cândido Xavier - o velho Chico Xavier - numa entrevista histórica num programa chamado PINGA-FOGO - acho que da antiga TV TUPI - em que ele afirmava as potencialidades da alma em relação ao sexo e que predizia já lá no início dos anos 1970 as grandes transformações - que prefiro chamar transições - em materia de sexualidade que a humanidade teria de passar e, assim, corrigir grandes erros do passado. Voltando, portanto, ao tema central deste texto, os homossexuais não encaram com bons olhos este tipo novo de relacionamento sexo-afetivo entre dois homossexuais ativos, pois que suas mentes necessitam do intercurso anal para satisfazerem-se revelando o quão bitoladas estão, presas a formas fixas e pouco suscetíveis às transformações. Do mesmo modo os heterossexuais que sentem verdadeiro nojo muito embora vivam relacionamentos homoafetivos com velhos camaradas da escola primaria, com o melhor amigo não conseguem entender desta forma. Há inúmeras maneiras de dois homens - heteros ou homos - relacionarem-se. Uns vivem suas homoafetividades sofridamente e amparados não raras vezes em suas crenças de que aquele tipo de relação é apenas uma amizade muito forte escondendo de si mesmos o proprio sentimento que os governa, e outros fazem de suas homoafetividades verdadeiras camisas-de-força vivendo numa especie de limbo moral do qual não conseguem fugar. Acho importante para quem tiver curiosidade a mais ver este vídeo aí em baixo em que Chico Xavier fala sobre a necessidade de transformação da sexualidade humana. Tenho dito!!!
Um comentário:
Muito bem mister joão não gostei desse trehco "Uns vivem suas homoafetividades sofridamente e amparados não raras vezes em suas crenças de que aquele tipo de relação é apenas uma amizade muito forte escondendo de si mesmos o proprio sentimento que os governa". Os héteros g0ys como eu lutam justamente contra isso, VAMOS E ESTAMOS QUEBRANDO OS ARMÀRIOS, nada de str8 acting!!
Agora, sair do armário implica assumir-se como efetivamente é, e não ficar querendo se enquandrar em preceitos e esteriótipos de comportamento criados pelos gays normativos, e nem muito menos continuar na antiga política de fingir ser héterossexual, nos moldes tradicionais do termo, apenas para satisfazer o ego dos héteros normativos.
Não há nada de sofrido na minha sexualidade, se existia isso neste sentido, existia antes de me tornar forte e encarar o mundo de FRENTE.
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