OUVI algumas críticas a respeito do que se chama de FUNK OSTENTAÇÃO. Na verdade, a voz do morro nunca é ouvida e quando param para ouvi-la é de um perímetro moral abominável. Ouvi algumas pessoas afirmarem que os "neguinhos pobretões estavam dando uma de gostosos ostentando o que não tinham; favelados que eram". Como sempre, dou muito pouca importância aos taradões da Academia que tecem suas considerações ANTES TEREM OUVIDO e REFLETIDO, sobretudo, REFLETIDO muito antes de vomitarem suas verborragias intelectualóides.
NUNCA TINHA OUVIDO falar em funk ostentação. O termo OSTENTAÇÃO guarda um valor muito negativo para os religiosos e os intelectuais, ou seja, para os piores estratos sociais. Essa gentinha aí é muitíssimo perigosa. E por que um valor negativo? Os religiosos querem SALVAR A ALMA dos miseráveis, mas a OSTENTAÇÃO (as posses e o culto do material) é o que leva à morte, portanto, é o salário do pecado: a danação; os intelectuais querem SALVAR A CONSCIÊNCIA e a OSTENTAÇÃO (uma espécie de má consciência, de ideologia capitalista) perverte o trabalhador e, portanto, evita a REVOLUÇÃO, ou em termos outros, a SALVAÇÃO.
OSTENTAR na visão cristã é debochar da FORTUNA FUTURA (a salvação), o reino de Deus; é entregar-se aos valores deste mundo e negar o reino de Deus (como se verá no vídeo que postearei abaixo, ostentação e mundanismo combinam bem); Ostentar para a cultura intelectual mais de esquerda significa manter uma certa cultura material e simbólica em que, nesta cultura, quem OSTENTA o faz em detrimento da EXPLORAÇÃO do outro (a velhíssima luta de classes), porque tem o domínio dos meios de produção material e simbólica. Os religiosos e os intelectuais invertem a ORDEM DOS VALORES da OSTENTAÇÃO emprestando-lhe suas faces mesquinhas e ressentidas. Mas, deixando um pouco esta esquisitice teórica que nasceu no séc. XIX na Alemanha e ganhou o mundo... O FUNK OSTENTAÇÃO pode ter uma leitura menos comprometida com os padrões cristãos e intelectuais da análise...
Recordo-me quando o grupo LEVA NOIS lançou o seu "melô da mulher maravilha" na Academia havia gente que debochava e ria; o hit "é o pente" também provocou cócegas intelectualóides nos pós-graduados. Recordo-me que em uma sala de aula lotada eu consegui fazer uma ANÁLISE destes "produtos musicais" que desbancou todo mundo: foram tomados por um silêncios aterrador. Tais músicas refletem, a seu modo, o que é a MODERNIDADE enquanto conceito, enquanto teoria e os pós-graduados nem haviam dado conta, porque os seus ouvidos estavam virados pra Chico Buarque. Mas, nem os intelectuais se dão ao trabalho de fazer uma análise mais séria, menos ainda os religiosos: eles não discutem a possibilidade de perder seus campos de domínio. Não vou delongar nisto. Na verdade, precisarei de outro post para terminar tudo o que tenho para dizer... Por hora, deixo vocês com dois exemplares do FUNK OSTENTAÇÃO e peço abrir bem os olhos e a desafiar a fisiologia do OUVIDO. Volto depois para continuar a análise. Tenho dito!!!!
OSTENTAR na visão cristã é debochar da FORTUNA FUTURA (a salvação), o reino de Deus; é entregar-se aos valores deste mundo e negar o reino de Deus (como se verá no vídeo que postearei abaixo, ostentação e mundanismo combinam bem); Ostentar para a cultura intelectual mais de esquerda significa manter uma certa cultura material e simbólica em que, nesta cultura, quem OSTENTA o faz em detrimento da EXPLORAÇÃO do outro (a velhíssima luta de classes), porque tem o domínio dos meios de produção material e simbólica. Os religiosos e os intelectuais invertem a ORDEM DOS VALORES da OSTENTAÇÃO emprestando-lhe suas faces mesquinhas e ressentidas. Mas, deixando um pouco esta esquisitice teórica que nasceu no séc. XIX na Alemanha e ganhou o mundo... O FUNK OSTENTAÇÃO pode ter uma leitura menos comprometida com os padrões cristãos e intelectuais da análise...
Recordo-me quando o grupo LEVA NOIS lançou o seu "melô da mulher maravilha" na Academia havia gente que debochava e ria; o hit "é o pente" também provocou cócegas intelectualóides nos pós-graduados. Recordo-me que em uma sala de aula lotada eu consegui fazer uma ANÁLISE destes "produtos musicais" que desbancou todo mundo: foram tomados por um silêncios aterrador. Tais músicas refletem, a seu modo, o que é a MODERNIDADE enquanto conceito, enquanto teoria e os pós-graduados nem haviam dado conta, porque os seus ouvidos estavam virados pra Chico Buarque. Mas, nem os intelectuais se dão ao trabalho de fazer uma análise mais séria, menos ainda os religiosos: eles não discutem a possibilidade de perder seus campos de domínio. Não vou delongar nisto. Na verdade, precisarei de outro post para terminar tudo o que tenho para dizer... Por hora, deixo vocês com dois exemplares do FUNK OSTENTAÇÃO e peço abrir bem os olhos e a desafiar a fisiologia do OUVIDO. Volto depois para continuar a análise. Tenho dito!!!!
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