A COMUNIDADE super-queer e os pós-graduados do Brasil estão mega-mobilizados para que o tal projeto de CURA GAY seja, enfim, arquivado. Foram até falar com a 'boladona' presidenta Dilma Rousseff (PT) que já escalou a petezada toda para votar favoravelmente ao arquivamento da proposta de lei do cão. OS abduzidos de Harvey Milk entendem que a homossexualidade não é uma doença e tem até os que já dizem que é uma benção numa clara mistura de que sexo e religião faz uma combinação perfeita.
TODAS AS ANTIGAS ETIOLOGIAS a respeito da homossexualidade foram vencidas na Academia. Não restou nada, nem um resíduo que pudesse reabrir os debates em torno do tema. A homossexualidade mudou de status, de opinião. Agora como expressão natural da diversidade sexual humana ela não pode sofrer as sanções que "os moralistas" desejam e clamam.
EM TESE, a homossexualidade SIM, ainda continua sendo uma DOENÇA - explico em seguida -. É verdade que a Organização Mundial de Saúde já retirou de seu código (CID) a homossexualidade; é bem verdade que os numerosos estudos apontam a homossexualidade para patamares menos nebulosos e, portanto, mais positivos e isto significa exatamente dizer que a homossexualidade e os homossexuais já podem gozar da mesma normalidade científica que os heterossexuais gozam. Mas, faço uma afirmação (homossexualidade continua sendo uma doença). Por quê? Explico.
Na verdade, a patologização da homossexualidade só foi possível por conta de um modelo bem estabelecido/triufador: o heterossexual, o modelo de Deus, o modelo pro-criativo, o modelo das instituições sociais, etc, gosto de chamar este modelo de instituição de pós-dórico. Os construtos etiológicos do passado apontavam causas de natureza orgânica como constituição/afecção da homossexualidade, geralmente, as endocrinopatias (estavam IDEOLOGICAMENTE orientadas). Verdade, todo tipo de teste fora feito para se chegar, fatidicamente, a um resultado. E não se chegou a nenhum resultado satisfatório, isto é, que tivesse o caráter universal da regra; etiologias psíquicas também foram aventadas como as que postulou Freud. Hoje em dia também desacreditadas.
Então, em que a homossexualidade pode ser considerada uma doença? SIMPLES: em política. POR BAIXO de todos estes discursos de cura, doença, etc. o que os grupos estão disputando é menos práticas sexuais, sexualidade, etc. Disputam poder. E não existe nenhuma verdade em toda esta disputa. O uso de determinados conhecimentos serve como disfarce da LUTA FRATRICIDA entre os beligerantes; o conhecimento serve como tática, estratégia para se tomar ou se conservar poder.
Simplificando um pouco as coisas: SE UM PASTOR diz que homossexualidade é abominável para Deus, que homossexualidade é uma doença ele quer dizer, EXATAMENTE, que não quer, nem pode perder o poder que EXERCE sobre estes indivíduos (e usa sua religião e o seu Deus para tais afirmações); se um MILITANTE, um PÓS-GRADUADO do contrário afirma que homossexualidade não é doença e que não sendo doença não carece de cura ele está TOMANDO um poder e constituindo um fundamento para este poder: o saber científico (pretende-se melhor que o teológico/religioso: é outra estratégia de dominação). ALGUÉM AÍ VISLUMBRA o SÓCRATES DIALÉTICO?
OU SEJA, não há VERDADE sobre sexualidade, sobre homossexualidade; HÁ ESTRATÉGIA, TÁTICAS para se tomar e conservar um determinado poder. NO FUNDO, homossexualidade é e não é uma doença; necessita e não necessita de uma CURA. Ou seja, isto vai depender de que lado você está nesta briguinha tosca de comadres.
PARTICULARMENTE temo estes profissionais queer da Academia e os EVANGÉLICOS noiados de Jesus. Eles são FRENTE e VERSO do mesmo centavo prateado com que os governos e as religiões procuram instituir as suas verdades, os seus saberes como forma de conservação e coerção de seus poderes. Temo por suas dialéticas, por suas fantásticas análises. Tenho dito!!!
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