PESQUISA DATAFOLHA diz que a presidenta Dilma Rousseff (PT) caiu de 57 para 30% depois das manifestações de rua: IMPOPULARIDADE, supõe-se, mas será? Depois disto, todo tipo de análise é possível, inclusive, as que já afirmam que a sucessão presidencial foi re-ABERTA no país, na marra, pelas ruas.
Sou cético a este respeito. Se as manifestações são mesmo APARTIDÁRIAS isto significa, em tese, A MENOS que as manifestações sejam muito CONTRADITÓRIAS e beirem a ESQUIZOFRENIA COLETIVA, que não há sequer uma SOLUÇÃO para uma nova conjuntura política PRO-DIREITA ou PRO-ESQUERDA. Quer dizer, as manifestações são manifestações específicas contra DILMA, LULA E OS PT-RALHAS ou são contra e generalizadamente os políticos e o sistema político brasileiro? Prefiro crer no que disse o alcaide (prefeito) do Rio, Eduardo Paes: "QUE PARTIDO TEM IMAGEM BOA? SÓ OS QUE ESTÃO POR NASCER".
Dilma caiu? DUVIDO. Acreditar nos números destes institutos de pesquisa é o mesmo que acreditar que saci pererê foi consultar Freud por ter perdido sua perna na guerra: neurose de guerra. VERDADE, contudo, que o governo está em maus lençóis, verdade que a presidenta e seus aliados NECESSITAM agir rápido para apagar os pequenos incêndios: nas ruas e em casa; que precisa RESPONDER - por meio de GOLPES DE ESTADO - os clamores dos miseráveis, dos fracos, dos oportunistas e por aí vai.
AINDA É CEDO demais para se afirmar que a SUCESSÃO PRESIDENCIAL foi reaberta e que a presidenta é, praticamente, carta fora do baralho. É NEGAR os avanços - olha que não sou petista, nem lulista, nem dilmista, etc. - que o Brasil deu nos governos do PT mesmo com toda a corrupção que também aconteceu.
Para mim esta pesquisa DATAFOLHA é pontual e não sei se, de fato, ela tem o alcance de medir a popularidade, QUER DIZER, o governo do PT (Dilma) como um todo. Talvez, ela sinalize, é mais real crer assim, a rapidez, a emergencialidade, o combate imediato com que a presidência/PRESIDENTA agiu para RESOLVER as demandas das ruas.
PORTANTO, acho muito prematuro imaginar que DILMA é praticamente carta fora do baralho. IMAGINAR que a agenda das reformas (política, urbana, agrária, etc.) terá força SUFICIENTE para inviabilizar e DERROTAR o PT nas eleições vindouras é deixar de levar em considerações outros elementos (deploráveis) como as políticas assistencialistas do governo. O governo aí tem força, muita força e encontra receptividade nas camadas mais pobres do país: quem REAL E FATIDICAMENTE elege.
SE HOUVE, REALMENTE, UMA QUEDA, parece-me, que é muito mais acertado imaginar que é uma QUEDA PARA CLASSE MÉDIA ver. Para os que recebem BOLSA FAMÍLIA, BRASIL CARINHOSO, BOLSA CAPES/CNPQ/REUNI, etc. a história é diferente, pois suas demandas parecem ter sido atendidas não como gostariam, ao menos, como foi possível, o que já é alguma coisa.
Para terminar - e não faço aquele tipo de análise histórico-política comparando passado-presente - Dilma será reeleita, porque até 2014 parte de todo este incêndio terá sido controlado. O governo vem trabalhando incansavelmente para conseguir driblar, pelo menos, neste primeiro tempo do jogo as deficiências que o seu governo tem encontrado. Restar-lhe-á que EXPLICAR os gastos com a COPA e terá de enfrentar pequenos focos de manifestações, mas, nada que lhe atrapalhará a eleição.
É bem verdade que o governo do PT já dá sinais de CANSAÇO absoluto, que sua agenda política, econômica para o Brasil, parece-me, já deu sua contribuição, pelo menos, de momento. Mas, resta-nos mais uma vez indagar: QUEM PODERÁ SUCEDER O PT? O PSDB de Aécio Neves? O PSB de Eduardo Campos? PSDB outra vez não é voltar ao ATRASO? Tenho dito!!!!
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