É DE ESMAECER... O jornalista e blogueiro Luis Torres andou aí na sua fé-zinha governista e na sua incredulidade fatídica da oposição fazendo considerações a respeito dos gastos do governador Ricardo e de sua 'confraria'. Sobrou até pra Zé Maranhão, ex-gestor. Diz o nobre blogueiro que
Deus me afaste do hipócrita que vem com a conversa de que tem gente no mundo passando fome pra o governador comer lagosta. Pra resolver a fome e outras mazelas não é preciso passar por elas. Aliás, em todos os aspectos, apenas as pessoas resolvidas na vida é que podem salvar as que não estão. [...] Acusar linguisticamente a primeira-dama de dar festas luxuosas na Granja baseado em gastos com o cardápio da residência oficial do governador é o mesmo que acusar o Papai Noel de aliciar criancinhas. Pamela não tem nada a ver com o que um governante, e neste caso específico trata-se do marido dela, deve ter na despensa pra receber autoridades. [...] Ela sofre claramente um preconceito às avessas por ser jovem, bonita e mulher do governador do Estado. Fosse ela velha, feia e com vestido de beata, usufruindo das mesmas coisas que usufrui hoje, os gastos seriam aceitáveis.
Afastar-se da HIPOCRISIA significa de algum modo CONCORDAR com as ações de um governo? É fato, ninguém precisa passar fome para se solidarizar com a fome de outrem. Entretanto, quando a fome de OUTREM é a fome de uma parcela de contribuintes de um Estado isto significa EXATAMENTE cortar GASTOS PÚBLICOS, principalmente, os fúteis que do ponto de vista da lei podem ser considerados legais, mas aos olhos da opinião pública são IMORAIS; cortar os gastos astronômicos com o cardápio significa mais recursos - NA ORDEM DOS MILHÕES - para aplicá-los em socorro de quem passa fome, daqueles que não tem nem uma PIABA para fritar. Uma criança não pode consumir todas aquelas latas de farinha láctea denunciadas em uma semana, a menos, claro, que se esteja criando um hipopótamo humano que exige muitos requintes, muitos luxos. Pâmela, imagino, não sofre ataques gratuitos. A senhora do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB) não sofreu esta "perseguição", menos ainda a mulher do ex-governador Zé Maranhão (PMDB) e de tantos outros governadores. Pâmela sem a sutileza de uma grande mulher - é apenas bonita dentro de uma quadro questionável de beleza - sempre adianta-se aos acontecimentos ou entra após os acontecimentos com a opinião boba de uma mulher de "Estado". E disto que advém as críticas que sofre. Considerada uma mulher sem noção. Ela deveria, fosse uma mulher realmente de Estado, procurar inverter o quadro de opiniões negativas por que passa o seu marido, o governador Ricardo Coutinho, mas como uma mulher tola ajuda cada vez mais a propagar a opinião de que o governador é um homem horripilante. Como quer o jornalista Luis Torres - a menos que eu esteja muito por fora dos padrões de beleza da nossa sociedade atual - Pâmela não sofre pré-conceito por ser bela e jovem, afinal, ser jovem e bela, parece, são seus únicos atrativos para os elogios já que em matéria de política ela é sempre hostilizada. Ela sofre pelos comentários grotescos que faz nas redes sociais ou em entrevistas concedidas extemporaneamente. Um último 'fato'. A imprensa não acusa LINGUISTICAMENTE ninguém. Nem sei se uma acusação linguística é possível. O jornalista que fez a consideração deverá explicar. Não acho que seja muito inteligente acusar os jornalistas de acusarem a mulher do governador linguisticamente. Só mais uma coisinha... Pessoas resolvidas na vida [...] podem SALVAR as que não estão: é a moral cristã deste governo. Arroga-se a ser o salvador quando trouxe a perdição para o Estado. Pelos seus mecanismos de interpelação, questionamento e resposta ele marca posição. É apenas um meio; todos os fins são motivos de celebração e espera ordenados tanto quanto esperados. Tenho dito!!!
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