O povo da Parahyba rosna, faz rom-rom, torce a cara para o des-governo do Estado; os estrebuchadores midiáticos tentam fazer a grande combustão pela mídia alcoólatra; todo mundo lamenta, inclusive, os secretários do governo mais um escândalo; uma gente burra imagina que lamentar é agir, que entristecer vai adiantar; ah, se nós encarássemos a política como o último dia de nossas vidas que delírio não seria?! A política não é o único caminho para os grandes escândalos: onde há poder há escândalos, gente renitente, insistente, gente burra e gente feliz, gente meretriz, gente do riso "fácil", de memória curta, de memória genial. Se fôssemos adolescentes o suficiente para enfrentarmos a polícia na rua, como fazemos com nossos pais em casa, este Estado, este país, este mundo, santo Cristo, que seria? Não, somos adultos e pedimos calma, fazemos passeatas em busca de paz; obedecemos aos padres, aos pastores, aos líderes religiosos que governam do seu púlpito a alma do infeliz. Tolerância é uma palavra que deveria ser extinta da nossa convivência; tolerar o vizinho chato, o seu pequeno filho chato para manter uma paz armada? Antes, pois, deflagrar a guerra! Como tudo isto é custoso, como tudo isto faz mal ao nosso fígado! À luta, camaradas. Aos escarnecedores, nossa pilhéria e nossa bofetada; aos prevaricadores de toda ordem, puxemo-los o tapete; revoltemo-nos que já não nos resta mais nada. Uma revolta não em nome de uma Santa Inquisição, de uma Santa Moral religiosa; uma revolta pela vida, pelo simples prazer de lutar; amar a luta, o próprio destino como luta, amar o inimigo que nos permite lutar. Enfrentá-lo, vencê-lo, triunfarmos sobre seu corpo febril, arrasado, mas nunca morto: dependemos do inimigo para sobrevivermos com alguma dignidade. Chega destes discursos mansos, chega da proteção dos tribunais, das leis, do Estado; tudo isto é uma grande farsa, uma enorme mentira, uma treda ilusão. Pobreza não se vence em Igreja; felicidade só surge como única forma de vencer a opressão. A felicidade nada mais é do que o sentimento de que uma RESISTÊNCIA foi vencida, de que uma batalha foi ganha. Fim na educação medíocre que nos ensina o temperamento da célula e de suas divisões; fim aos longos discursos dos historiadores e de suas tramas; isto tudo é enrolação. A vida não é amanhã, a vida é hoje, presente, é agora. Resista a cada momento e supera-te a cada instante. Que o aluno diga não ao professor e o fiel gargalhe do sacerdote; que o povo da Parahyba no uso de suas atribuições - legítimas atribuições inclusive - faça cair a lei e os homens de Estado; que os legalistas tremam diante da força da turba; que os fracos que ocupam o poder central sejam reduzidos a cinzas. Fim à ralé, a este gente medíocre e fraca. Tenho dito!!!!
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