De repente, duma hora para outra, depois de algum tempo o casal entra em crise. O mais frágil da relação vai acusar o mais forte: "Você não me ama, você só quer sexo comigo". Reinicia todo o projeto de humanidade que não deu certo, no diálogo. O sexo sempre foi o lobo mau da relação: querer apenas sexo é coisa de gente baixa, fracassada, perdida na vida, frustrada porque não se deu bem no amor. O amor, por outro lado, é o ideal, é a verdade do casal, é a salvação da humanidade, é a harpa de Orpheu que toca dentro de casa para animar o belo casal, é a certeza da benção de Deus. Pois é, mas eis que de repente aparece uma nova modalidade: o carinha quer só mesmo é comer a goibadinha da ex-eva paradisíaca, lambuzá-la toda com o seu mel, com a sua seivinha natural. Que @ "outr@" da relação não seja mais do que papel higiênico: descartável depois do uso. Assim, recomeça-se por outras vias o grande processo civilizador que parece ter dado certo, mas fracassou. As antigas formas: namoro, noivado, casamento andam tão em moda como as saias-balão que as senhoras muito bem comportadas do Império Brasileiro usavam para esconder mais do que depressa as suas pudicas vergonhas. Há ainda aqueles indivíduos que sonham com o namoro e faz disto, praticamente, o projeto de suas vidas; almejam passar de fase - como nos games modernos! - e estagiar no noivado: mostra orgulhoso o pneu d'ouro e diz se sentir feliz com a nova fase. Próximo, então, ao casamento: o game-over. Mas, eis que as coisas mudaram um pouco e @S antig@s lerd@s do amor romtâncio despertaram. Fingem que amam, mas só pensam em gozar, no prazer, em baixar as calças uns dos outros e mandar "ver". É um saco aquelas brigas insistentes de namorados, os mil ardis para descobrir o namorad@ fujão, pulador@ de cerca - ai, as intempéries do amor! -. De outro modo, parece que em cada encontro, - ai, o rendez-vous! - sonhamos com o prometido: desta vez, eu pesco, eu caso, mas eis a surpresa: o amante da noite anterior não ligou, não mandou mensagem, esqueceu até do que rolou. O ficante moderno parece ser o produto de um aborto - o amor que morreu antes de acontecer - com o desejo de liberdade - que disfarça para parecer que é livre. No fundo, o ficante moderno matou o amor e como PENA para este crime deve levar nas COSTAS a vida inteira este defunto. O amor é o que assombra o ficante e lhe relembra o seu assassinato. Tenho dito!
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