Campeonato Estadual de futebol é como Carnaval: tem seu ponto de partida no comecinho do ano, e nunca falha. Os clubes parecem escolas de samba
: uns mais ricos - que sempre concorrem à vitória -, e outros mais pobres - que só vão para dançar. Mas, quebrando com a regra carnavalesca, os famigerados campeonatos atravessam a quaresma, esvaziam o estoque de ovos de Páscoa, e ainda cortejam uma festinha de Dia Das Mães. É simplesmente incrível como um campeonato como o Paraibano, que tem apenas 10 times, consegue se esticar por quase esse tempo todo. Muitos defensores, mais românticos, sustentam que os estaduais mantêm os clubes menores vivos. Imagina aí quantas vezes você vai ouvir falar no Miramar no segundo semestre... A menos que seja na Copa Paraíba, torneio "inventado" para que os jogadores não criassem varizes de tanto esperar até o Carnaval - ops, estadual - do ano seguinte. E tem razão de ser mesmo. Por mais pobre e deficitário que o nosso futebol consiga ficar a cada ano que passa, nos estaduais as torcidas podem levantar suas bandeirinhas e vestir suas camisas com mais alegria. as receitas dos clubes aumentam. E a mídia - esta sim - tem mais o que explorar num estado como o nosso, em termos esportivos. Os maiores clubes daqui (Treze, Campinense, Botafogo) ainda sambam fora de época nos campeonatos nacionais das Séries C, D, E, F..., e por aí vai.
Mas, melhor ainda, é poder assistir Olaria jogar contra o Flamengo, ou Grêmio Prudente enfrentar o Corinthians na tv aberta. E a Globo e a Band mostrarem como nosso futebol é diverso e alegre! perfeito, enfim!
Eu não caio mais nessa. E não sei até que ponto as pessoas insistirão em reviver a história dos seus clubes em estaduais até que essa história seja extinta. Pior ainda, sem crítica alguma!
Nenhum comentário:
Postar um comentário