sábado, 26 de março de 2011

A poesia de Sérgio Castro Pinto

Poeta paraibano, Sérgio me despertou, novamente, para a leitura de poesia. Havia perdido o gosto fazia algum tempo, quer dizer, ainda lia o velho Mário Quintana que nunca me desanimou. Assim como Dalton Trevisan, contista, trouxe-me de volta aos livros e à leitura de contos. Bom, agora são dois apenas que leio: Sérgio na poesia e Danton nos contos. Acho que o resto é defeito de enrolamento. Leia abaixo dois poeminhas engraçados, de uma profundidade bem humorada, como só os mestres sabem coser:

À companhia de água e esgotos

O hidrômetro
registra
um pingo
de minha vida
sob o chuveiro.
(no fim do mês,
engulo em seco:
taxam-me o dilúvio inteiro!)

Etílico

A vida é dose!
de gole
em gole
– com um olho
cheio
de rum
e o outro
sem rumo –,
o mundo é um porre!

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