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Jéssica desmoraliza escolar particulares e mostra que ensino público é possível
Jéssica Sena de Souza tem 17 anos e teve uma boa notícia ontem: foi aprovada em Direito na UFPB. Chama atenção o fato de ela ter estudado a vida inteira em escola pública. Filha de um cabo da Polícia Militar e uma dona de casa, Jéssica nunca teve direito nem de pensar em estudar em escolar particular. Cursinho pré-vestibular? Esse nem pensar. Estudando sozinha com os livros doados pelo poder público, Jéssica derrubou meninos e meninas que gastam até dois mil reais por mês a fim de se preparar para o vestibular. De quebra, além de Direito na UFPB, passou em Administração na UFCG. Claro. É um exemplo inquestionável de superação pessoal. Mas também é um exemplo de que é possível salvar as escolas públicas neste país e transforma-las verdadeiramente em fontes de melhoria da qualidade de vida deste Brasil. Teríamos mais Jéssicas. E menos Geo.
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Bem, sou professor universitário, sou mestre e curso doutorado. Nunca estudei numa escola particular? E daí? Sou um gênio? Posso dizer que o ENSINO PÚBLICO tem jeito? Conversa fiada de um jornalista que não entende nada do assunto. É lição do JARDIM DA INFÂNCIA e o estudante de Direito - Luis Torres - já devia saber que não se pode legislar em função das excessões. Eu sou excessão, esta garota mais uma. Mas, a regra é clara: O ENSINO PÚBLICO E O PRIVADO não prestam - cuja diferença é só em relação a assiduidade e melhores salários para os prefessores entre uma e outra escola -. O ensino no Brasil já não tem - creio eu - mais jeito, por que foi mercantilizado ao extremo: as bases da educação são moralista, elitista, preconceituosa que faz um vereador - o caso de Hervázio Bezerra - tentar constranger seus pares com desculpa gramatical. O ensino superior é PREOCUPANTE, pois no afã de lucrar mais - todo mundo sabe disto - as instituições privadas aumentam os seus quadros discentes, mas a qualidade é muito duvidosa. Milhares de estudades de direito, por exemplo fazem a prova de ORDEM e e em algumas instituições privadas é alarmante o índice de reprocação. Tem universidade que inscreve 140 alunos e sequer consegue aprovar um; outras ainda conseguem aprovar 5 ou 7%. Passar em um vestibular - e aí eu não quero tirar o mérito da mocinha - não é a grande questão. A pergunta precípua é: conseguirão os aprovados continuar na vida acadêmica? Nas universidades federais será muito difícil. Nas privadas já sabemos o resultado caso tenham como manter as mensalidades em dia. Se Luis Torres tivesse lido Ervin Goffman ele não teria jamais escrito o que escreveu e no lugar de propor mais escolas públicas teria proposto a derrubada das salas de aula!
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