Hoje é dia dos professor@s. Infelizmente, uma massa de gente estressada, mal paga, desencantada (WEBER) com seu ofício, desvalorizada em sua função. No Brasil não tem sentido ser professor@. Até um médico clínico, chinfrim, que receita emplastros (no máximo analgésicos e antibióticos), com mesmo nível de escolaridade, lotado no mesmo município, só para exemplificar, ganha infinitamente mais do que um@ miserável professor@. Um pedinte, destes do centro de João Pessoa, consegue ganhar bem mais com esmolas do que um professor que só tenha graduação e ensina nas escolas públicas municipais ou estaduais. Sem falar dos professores contratados que ganham menos do que os efetivos, não podem aderir - caso exista - um movimento grevista, têm de pagar INSS e ISS (imposto sobre serviços). Ao que parece, entao, é que não temos o que comemorar. Mas, vale dizer que Escola Pública virou bordelzinho de quinta para alunos favelados ou de bairros periféricos; que o que se aprende em escolas públicas não é muito diferente do que se aprende nas escolas privadas (privada é um termo que vem bem a calhar). Tem pais de alunos que pagam verdadeiras fortunas a Escolas renomadas aqui em João Pessoa. Claro, estes pais de alunos pagam para que estas escolas imbecilizem, impotencializem seus filhos evitando-lhes os choques sociais, culturais, ocultando-lhes a realidade dos olhos. Depois, estes alunos crescem e vão para as Universidades onde a realidade é igual ou pior. Universidades Privadas também continuam o processo de imbecilização de seus quadros discentes e as Universidades Públicas supuram e fedem ao diletantismo de alunos metidos a esquerdistas e aos alunos metidos a nerds da Y generation. Se de um lado os professor@s estão amarrad@s por um ofício desvalorizado, mesquinho, por outro, não podem falar muito, porque conhecimento se transformou em mercado, em mercados culturais, onde o capital intelectual é adquirido, às vezes, em mercados imundos do submundo das escolas e universidades a preço de ouro e mesmo assim sua qualidade é bastante duvidosa. Estamos vivenciando um estado de letargia profunda, silenciosa, ninguém quer atirar a primeira pedra. Tememos o desconhecido e nos abraçamos ao lobo que, embora mau, é um mal conhecido. Fica aí a certeza de que o dia dos professor@s é só mais um dia em que a imbecilização reina nas instituições do Estado e nas privadas dos QG's do mercantilismo intelectual.
Nenhum comentário:
Postar um comentário